O poder da previsão: como a IA está mudando o jogo na economia comportamental

A sinergia entre tecnologia e intuição humana nas decisões econômicas

A inteligência artificial tem o potencial de multiplicar a eficiência de qualquer sistema e exponencializar os resultados dos negócios. Por esse motivo, a tecnologia tem se mostrado cada vez mais presente no cotidiano das organizações.

Apesar dos inúmeros benefícios obtidos com o uso da inteligência artificial, a percepção humana para algumas atitudes do cliente ou cooperado é única e difícil de ser mimetizada pela IA. Nesse quesito, aliar a economia comportamental com a inteligência artificial pode ser uma ótima maneira de trazer um olhar mais humanizado e menos racional para o entendimento do comportamento do consumidor.

Neste artigo, vamos entender melhor qual é a relação entre inteligência artificial e economia comportamental, o impacto da tecnologia na tomada de decisões e a busca por dar humanidade às novas ferramentas. Aproveite a leitura!

Afinal, o que é economia comportamental?

A economia comportamental é a junção da economia com áreas como psicologia, neurociência e outras ciências sociais. O objetivo dessa disciplina é compreender o comportamento humano diante de decisões econômicas.

Enquanto a economia tradicional enxerga o homem como um ser puramente racional, a economia comportamental aposta na irracionalidade. Embora a economia comportamental reconheça a irracionalidade humana, ela postula que essa irracionalidade segue padrões previsíveis.

Um exemplo simples deste conceito é o ato de se checar as notificações no celular. Por mais que seja feito inconscientemente, esse hábito é regular. Portanto, torna-se previsível que, ao longo do dia, você irá conferir seu aparelho com a chegada de notificações.

Pesquisas de mercado e hábitos dos consumidores

Em outras palavras, a economia comportamental acredita que as decisões econômicas são influenciadas por hábitos e gatilhos mentais. Realizar pesquisas de mercado pode ajudar a compreender essas práticas de consumo, para aprimorar as estratégias de marketing da organização.

Pesquisas de satisfação e de hábitos de consumo são ferramentas valiosas para compreender a jornada de compra do cliente e suas preferências. A partir das respostas obtidas, é possível desvendar o comportamento do consumidor e sua jornada de compra. Com esses resultados, fica mais fácil cumprir as expectativas dos clientes e até aumentar o número de vendas.

Inteligência artificial e a falta de humanidade

Um grande problema da inteligência artificial são seus limites de compreensão. A tecnologia enfrenta dificuldades em entender qualquer figura de linguagem que aborde um tom figurado ou ações que fujam de uma lógica específica.

Dada a complexidade e a imprevisibilidade do comportamento humano, a IA por si só encontra dificuldades em prever com precisão as ações individuais. Dessa forma, a inteligência artificial necessita da ajuda de conceitos preditivos do comportamento humano para conseguir monitorar um processo de compra, por exemplo.

Características humanas que não podem ser mimetizadas pela IA

A importância da humanidade é indiscutível e alguns elementos humanos não podem ser substituídos pela inteligência artificial. Boa parte da dificuldade de compreensão da IA para alguns aspectos existe por conta de características únicas humanas, que não podem ser mimetizadas pela tecnologia.

A complexidade de emoções e pensamentos torna alguns processos criativos, interpretação de situações e tomada de decisões restritos ao ser humano. Isso porque características como intuição, empatia, adaptação a novos cenários e senso de ética são exclusivas das pessoas.

O encontro da IA com a economia comportamental

A união da inteligência artificial com a economia comportamental pode sanar algumas limitações da tecnologia. A disciplina consegue guiar a IA para compreender melhor os comportamentos e a complexidade sentimental humana.

Por meio do conceito da irracionalidade previsível, a inteligência artificial pode entender e prever com mais eficiência o processo de compra dos consumidores. Portanto, a economia comportamental complementa e apresenta uma nova visão às tecnologias de IA.

Prevendo comportamentos e personalizando experiências

Tendo adquirido esses novos conhecimentos sobre o comportamento humano, a inteligência artificial torna-se capaz de prever as atitudes de compra dos indivíduos. Dessa maneira, fica mais fácil criar experiências personalizadas para clientes e cooperados.

Tornar a jornada de compra do consumidor personalizada aumenta o número de vendas e fideliza clientes. A experiência do consumidor é algo muito valorizado hoje em dia pelos clientes, e contar com a IA para aprimorá-la é uma ótima aposta.

Impacto na tomada de decisões

De acordo com Daniel Kahneman, psicólogo ganhador do Prêmio Nobel de Economia pelo seu trabalho sobre economia comportamental, os seres humanos não têm como competir com a inteligência artificial quando o assunto é tomada de decisões.

Em termos de processamento de grandes volumes de dados e identificação de padrões, a IA pode superar a capacidade humana, mas a tomada de decisões que envolvem julgamentos de valor e criatividade ainda é um domínio humano.

Devido a pré-conceitos, vícios de decisões intuitivas, atalhos do cérebro, inconsistências e imprevisibilidades humanas, as escolhas feitas pelos indivíduos acabam sendo imprecisas. Por isso, a IA, que apresenta uma análise puramente racional, acaba tomando decisões melhores nesses cenários.

Economia comportamental e IA: decisões mais precisas e humanizada

Imagine unir o poder decisório da inteligência artificial com as habilidades humanas de compreensão e interpretação de situações. É isso que a união da economia comportamental e da IA pode oferecer.

A inteligência artificial com um olhar treinado para o comportamento do consumidor pode auxiliar na tomada de decisões mais assertivas, seguindo sua natureza lógica, mas com um viés humanizado.

Conclusão: economia comportamental na era da IA

Ainda que a inteligência artificial seja uma ferramenta muito útil para as organizações, existem alguns dilemas, como o comportamento do consumidor, que ela não consegue decifrar. Pelo menos não sozinha.

Unindo a IA à economia comportamental, a tecnologia se torna capaz de compreender e prever os hábitos de consumo dos clientes, tornando as decisões mais assertivas e criando experiências de compras personalizadas.

O uso da inteligência artificial para a assimilação até de comportamentos humanos demonstra como a tecnologia tem mudado a rotina das organizações. Pensando nessas transformações que a IA tem causado, o InovaCoop desenvolveu o e-book Como a tecnologia está redefinindo a sociedade e transformando os negócios cooperativos, confira!

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