Para cada ato voluntário de doação de sangue até quatro vidas são salvas. Apesar da equação parecer simples, os desafios ainda são grandes, principalmente na sensibilização e fidelização de novos doadores, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, 1,8% da população doa sangue com regularidade. O percentual ainda é baixo se comparado com índice ideal estimado pela própria OMS, de 3 a 5% da população, para suprir as necessidades de sangue e outros componentes sanguíneos de um país.
Para reverter essa estatística, as cooperativas agropecuárias de Luís Eduardo Magalhães: Cooperfarms (Cooperativa dos Produtores Rurais da Bahia), Unibahia (Sociedade Cooperativa Unibahia) e Cooproeste (Cooperativa Agropecuária do Oeste da Bahia), a de crédito, Sicredi MS/TO, e a de transporte, Cootransf (Cooperativa de Transporte São Francisco), renovaram nesta quarta-feira (28), durante a feira Bahia Farm Show, mais este compromisso com a comunidade regional. Com o apoio institucional da Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (Hemoba) e da prefeitura municipal de Luís Eduardo Magalhães, o segmento cooperativista fez o lançamento da campanha de doação de sangue e cadastro de medula óssea: Doar Faz Bem.
Este é o terceiro ano consecutivo que as cooperativas abraçam a causa, que integra o programa nacional Dia de Cooperar Dia C - uma agenda estratégica do cooperativismo brasileiro com o objetivo de executar a responsabilidade social, colocando em prática os valores e os princípios cooperativistas por meio de ações voluntárias. Na Bahia, o Dia C tem o apoio e incentivo do Sistema OCEB.
Em 2018, o Doar Faz Bem coletou 350 bolsas de sangue, um acréscimo de 100 bolsas em relação à campanha anterior. Para este ano, a meta é atingir 500 bolsas, entre os dias 17 a 20 de setembro de 2019. Segundo o presidente da Cooperfarms, Marcelo Kappes, o Dia C reforça o compromisso das cooperativas por uma sociedade mais justa e com melhores oportunidades para todos. “Essa campanha de doação de sangue converge com os objetivos do cooperativismo que é unir pessoas, de estar próximo e de fazer o bem”, defendeu ele.
Para a coordenadora da Hemorrede da Fundação Hemoba, Letícia de Freitas Santos, a iniciativa é “um ato de solidariedade que proporcionará a manutenção e o atendimento das demandas de hemocomponentes do oeste baiano e regiões circunvizinhas”, disse. Segunda ela, as características etnológicas da população do oeste diferem das demais do Estado e isso é uma vantagem, pois “a população da região favorece a coleta de grupos diferentes com tipos sanguíneos negativos e raros, que podem abastecer a nossa rede estadual”, detalhou Letícia.
Para o secretário de saúde de Luís Eduardo Magalhães, que de antemão já confirmou o apoio da pasta na execução da campanha, a ação é uma atitude nobre, pois tem a missão de salvar vidas. “Aqui em Luís Eduardo Magalhães temos sempre dificuldade de realizar cirurgias e procedimentos devido à falta de sangue, muitas vezes, indo buscar em Barreiras para que o paciente não entre em óbito. Essa é uma ação muito nobre, eu só posso dar os parabéns por todo esse projeto e o envolvimento de todos”, destacou o secretário.