O Dia de Cooperar deixou resultados profundos em Paragominas (PA), município que sediou a grande celebração do cooperativismo paraense em 2015. A ação social beneficiou mais de 3mil pessoas. Dos 1.452 voluntários, surgiram vários empreendimentos cooperativistas no município. Um deles é a iniciativa pioneira em geração de energia sustentável, a Cooperativa Brasileira de Energia Renovável (Coober). Na última semana, ocorreu a assembleia de constituição da Coober, que tem apoio institucional da Confederação Alemã de Cooperativas (DGRV), do Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Pará (OCB-PA), da Secretaria do Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) e da Prefeitura Municipal de Paragominas.
Segundo o presidente e idealizador da Coober, Raphael Vale, o Dia de Cooperar foi determinante para incentivar a formação de negócios criativos e sustentáveis. “Paragominas tem o selo de município verde no Pará, que respeita o meio ambiente e que estimula práticas sustentáveis. O Dia de Cooperar veio corroborar em muito neste sentido, abrindo as portas para uma nova visão de mercado: o cooperativismo, que se mostra como uma opção visionária de negócio e colaborativa”.
Em um primeiro momento, a energia produzida será apenas para a autogestão dos 22 cooperados. A ideia inicial será a implantação de uma usina que fará a distribuição para cada residência. O local da usina ainda está sendo definido. O investimento para a obtenção de tecnologia será na faixa de R$ 0,5 milhão. A previsão de inauguração é até o final de 2016. “Nosso objetivo é produzir a energia que cada um consome. Somos um grupo de amigos que tem a visão de um mundo diferente que terá a produção descentralizada de energia e de uma forma renovável, como hoje é Alemanha. Cerca de 30% da energia produzida pelos alemães é de fonte renovável. Eles estão entre os dois maiores países produtores de energia solar do mundo”, afirma Raphael.
A cooperativa está em fase de planejamento. Após a formalização legal da Coober, os cooperados farão uma análise técnica para definição de qual linha energética será trabalhada. São três possibilidades: produção fotovoltaica, utilizando os raios solares; A biodigestão, gerando energia através de biodigestores e a produção eólica. Existe ainda a possibilidade de se combinar uma produção híbrida, captando energia solar e eólica.