Métricas para mensurar impacto social, ambiental e de governança das cooperativas foram priorizadas
O Sistema OCB promoveu o encontro do Grupo de Trabalho ESGCoop, realizado em Belo Horizonte, nesta terça-feira (24). O evento reuniu representantes do cooperativismo e especialistas para debater os indicadores globais de sustentabilidade, que devem nortear o futuro das cooperativas no Brasil. Marcou também a importância da construção de uma estrutura robusta e organizada para a mensuração de impactos ESG, de forma a permitir o posicionamento competitivo e sustentável das cooperativas no cenário global.
A programação se desenrolou em formato de workshop, focado na priorização de indicadores ESG universais para o cooperativismo. O evento seguiu uma metodologia que partiu de uma visão geral acerca dos desafios e oportunidades ESG no planeta e no Brasil, até uma abordagem específica do projeto, com destaque para a relevância de definir evidências universais de mensuração das atividades desenvolvidas e da participação de cada um dos presentes no processo de reflexão e debate.
A primeira dinâmica abordou a problematização de temas específicos, guiando os grupos para uma reflexão sobre questões essenciais para o cooperativismo brasileiro, por meio de perguntas direcionadas. Em seguida, os grupos discutiram e apresentaram as principais questões ESG, trazendo à tona diferentes perspectivas. A segunda dinâmica focou na priorização dos indicadores, com o uso de critérios que consideraram a aplicabilidade universal a todos os ramos do cooperativismo.
Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, compartilhou as iniciativas que o Sistema OCB vem promovendo para engajar as cooperativas com a agenda ESG. “A reunião foi muito positiva. Foi marcada pela intercooperação e troca de conhecimentos entre os participantes. Discutimos estratégias e completamos a primeira etapa de definição dos indicadores qualificados do cooperativismo, com o intuito de compilar informações que possam refletir o impacto econômico, social e ambiental das cooperativas", explicou.
Ainda segundo a gerente, a ideia é transformar dados sobre as ações das cooperativas em relatórios claros e estratégicos, que possam ser utilizados em negociações e planejamentos, tanto em nível nacional quanto global. Para Débora, com esse esforço de coleta de indicadores qualificados, será possível alcançar o rating ESG do cooperativismo. "Até o final do Ciclo 2025, teremos em mãos o primeiro relatório de impacto social do cooperativismo brasileiro, que irá refletir a força do setor em promover um desenvolvimento sustentável", complementou.
O ESGCoop é uma solução do Sistema OCB que mapeia boas práticas e indicadores específicos, além de formar lideranças comprometidas com a sustentabilidade, tendo como intuito o desenvolvimento e a implementação de soluções alinhadas aos critérios ESG do cooperativismo.
No 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo, realizado em maio deste ano, foram estabelecidas diretrizes para comunicar à sociedade sobre os impactos positivos das iniciativas ambientais das cooperativas. No âmbito da agenda ESG, foram definidas ações como a promoção da educação ambiental entre cooperados e colaboradores; o aprimoramento das lideranças com foco em gestão e tomada de decisões baseadas em dados; a implementação de programas de sucessão nas cooperativas; e a realização de estudos que comprovam os benefícios e impactos sociais que a atuação das cooperativas traz às comunidades onde estão presentes.
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