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Iniciativa busca recuperar instituições de ensino devastadas pelas chuvas no estado
O cooperativismo brasileiro continua atuando para ajudar na reconstrução do Rio Grande do Sul. A Casa Cooperativa de Nova Petropólis é uma entidade sem fins lucrativos dedicada à promoção do cooperativismo por meio da educação. E, em decorrência das recentes crises climáticas no estado, que afetaram mais de mil escolas estaduais e deixaram milhares de estudantes sem suporte, a entidade criou o projeto Adote uma Escola.
A iniciativa faz parte do projeto Recupera Coopera RS e surgiu como uma alternativa de solidariedade e reconstrução, com o objetivo de transformar a devastação provocada pela tragédia em uma força positiva, e provar que a união e a solidariedade são ferramentas poderosas de superação. Por isso, a Casa Cooperativa está convocando cooperativas, empresas e indivíduos solidários a se unirem em prol da reconstrução das escolas.
Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, o projeto é mais do que uma resposta a uma crise, é uma demonstração de como o cooperativismo e a solidariedade podem fazer a diferença em momentos difíceis. "Juntos, podemos garantir que as escolas do Rio Grande do Sul se recuperem e continuem a oferecer um futuro brilhante para todos os estudantes", disse.
As formas de contribuição são diversificadas e permitem que todos participem conforme suas possibilidades. Doações financeiras podem ser feitas diretamente às escolas ou por meio da Casa Cooperativa. Além disso, são aceitos recursos físicos, como equipamentos de informática, mobiliário, livros, materiais de construção e uniformes.
Saberes cooperativos também são bem-vindos: após a restauração das escolas, esses conhecimentos poderão ser compartilhados por meio de oficinas, palestras e atividades educativas, fortalecendo a resiliência e o bem-estar da comunidade escolar.
Saiba mais sobre o Adote uma Escola e se cadastre como uma cooperativa interessada em contribuir. Após o preenchimento do formulário, a Casa Cooperativa entrará em contato para dar continuidade ao processo.
Se você representa uma escola impactada pelo desastre climático, pode preencher o formulário para solicitar ajuda.
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Enimpacto reforçou esforços em prol da promoção de desenvolvimento regional e sustentável
O Sistema OCB marcou presença na 22ª reunião do Comitê de Estratégia Nacional de Economia de Impacto (Enimpacto) e, também, na inauguração do Sistema Nacional de Economia de Impacto (Simpacto), em Brasília, nesta quinta-feira (20). O intuito da Enimpacto é promover um modelo econômico que busca por soluções para problemas sociais e ambientais e, ao mesmo tempo, geração de renda, emprego, bem-estar e desenvolvimento regional.
A Economia de Impacto é um modelo que visa não só o lucro, mas também a geração de benefícios concretos para a sociedade, com destaque para uma abordagem que integra desenvolvimento econômico com responsabilidade em prol da sociedade e do meio ambiente.
Cerimônia consolidou compromisso em buscar economia de impacto e desenvolvimento sustentável
O Sistema OCB é reconhecido como membro fundamental do Grupo de Trabalho 5 (GT 5), no qual tem participação destacada. O grupo é responsável pela Articulação Interfederativa e trabalha diretamente com governos locais, estaduais e federal para promover a economia de impacto em suas respectivas localidades. A presença do cooperativismo no GT 5 é vista como uma alternativa sólida para impulsionar modelos de negócios que geram impactos sociais e econômicos sustentáveis para cooperados e suas comunidades.
A cerimônia que instaurou o Simpacto contou com a presença do secretário executivo do Ministério de Indústria e Comércio (MDIC), Márcio Elias Rosa, e do secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria, Rodrigo Rollemberg. Elias Rosa afirmou o compromisso do presidente Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin em concretizar uma política de desenvolvimento econômico com sustentabilidade social, econômica e ambiental. “Esse tripé está presente no Sistema Nacional de Economia de Impacto”, afirmou.
A cerimônia também contou com a assinatura de acordos de cooperação técnica (ACT) com os vice-governadores do Rio Grande do Norte, Walter Alves, e do Alagoas, Ronaldo Lessa, para inclusão dos estados ao sistema.
Para Priscilla Coelho, analista de Relações Institucionais, a participação do Sistema OCB no evento corrobora o compromisso do cooperativismo em contribuir para um Brasil mais justo e sustentável, em que as cooperativas desempenham um papel crucial na transformação social e econômica. "A inauguração do Simpacto representa um passo importante para o avanço da prosperidade social nos locais em que será aplicado. A entidade busca exatamente por uma atuação de transformação, com articulação de esforços para fortalecer o impacto positivo nas comunidades e promover o desenvolvimento sustentável", disse.
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Representantes de mais de 100 países debater cooperativismo, sustentabilidade e políticas públicas
A Aliança Cooperativa Internacional (ACI) anunciou, nesta quinta-feira (20), a realização da Conferência Mundial de 2024, que acontecerá em Nova Délhi, na Índia, entre os dias 25 e 29 de novembro. O evento marca a inauguração do Ano Internacional das Cooperativas e irá reunir representantes de organizações membros da ACI de mais de 100 países.
Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, a Conferência Global da ACI reunirá representantes do cooperativismo de todo o planeta e lançará o Ano Internacional das Cooperativas. "Será um grande evento de celebração dos 180 anos do movimento cooperativista", disse.
A Conferência Cooperativa Global será uma plataforma que irá viabilizar discussões sobre temas importantes como o papel do cooperativismo no ESG, políticas públicas, fortalecimento de cooperativas, identidade cooperativa e outros. Além disso, a programação inclui a Assembleia-Geral da ACI, reuniões das organizações setoriais da Aliança e comitês de jovens e de igualdade de gênero.
Os quatro temas centrais da conferência irão abordar questões vitais para a paz mundial, a democracia, a crise climática e a necessidade de uma mudança sistêmica global. Palestrantes irão compartilhar suas últimas descobertas e percepções, em busca de contribuir para debates enriquecedores acerca dos assuntos que serão colocados em pauta.
Durante o evento, irão acontecer plenárias sobre o cooperativismo, oportunidades para networking e a exibição de filmes e documentários. Os participantes também poderão visitar cooperativas indianas e explorar a cidade de Delhi.
As inscrições para o evento estão abertas, com um custo de 750 euros para representantes de organizações membros da ACI e, para participantes com menos de 35 anos, a inscrição possui o valor de 200 euros.
Saiba Mais:
- Sistema OCB participa de Assembleia Geral da ACI
- Sistema OCB participa de Assembleia Geral Extraordinária da ICAO
- Futuro sustentável é tema do Dia Internacional das Cooperativas 2024
Parlamentares e especialistas discutiram a importância de políticas públicas em prol do agro
Leonardodo Papp considera que o CAR reconhece mportância do cooperativismo
O Sistema OCB participou, na terça-feira (18), de audiência pública da Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas (CMMC). No encontro, os senadores e deputados debateram, com especialistas, as dificuldades na implementação do Código Florestal, que completa 12 anos. O foco da audiência foi a restauração de áreas degradadas. Leonardo Papp, consultor ambiental do Sistema OCB, gestores públicos do meio ambiente, representantes de ONGs, da indústria, do agronegócio e do Ministério do Meio Ambiente estiveram presentes.
Leonardo Papp afirmou que o tema é pertinente para o cooperativismo brasileiro, tendo em vista os princípios do cooperativismo, que tratam sobre cuidado com a sociedade e sustentabilidade. Para ele, o ramo agropecuário, que possui mais de 1 milhão de cooperados, foi impactado desde a edição do Código em 2012. O consultor ressaltou o sucesso do Cadastro Ambiental Rural (CAR) no cooperativismo, que reconheceu sua importância e resultou em uma malha quase completa de cadastros. "Ainda é necessário que sejam dados mais incentivos para a implementação do Código, como programas de regularização ambiental e o uso de tecnologia, além de uma diminuição da judicialização constante do código, que busca restringir sua aplicação", disse.
Thereza Cristina falou sobre a necessidade de evolução do Código Florestal
O deputado Sérgio Souza (PR) ressaltou que o Código Florestal é um instrumento que garante a produção brasileira com sustentabilidade e conservação do meio ambiente e frisou que o produtor rural não deve ser culpado pela falta de implementação do código. "Precisamos reconhecer o esforço dos produtores do campo que seguem a legislação e garantir que as políticas públicas ofereçam o suporte necessário para a plena implementação do Código", salientou.
A senadora Tereza Cristina (MS) enfatizou a importância da comissão para resolver os problemas do Brasil por meio da ciência, com destaque para o CAR, que precisa ser implementado, na prática, para ajudar os estados a avançarem. Ela ressaltou que o Código Florestal Brasileiro precisa evoluir e que é crucial considerar o meio ambiente de forma holística, não apenas focando no agronegócio. “A ciência é a chave para equilibrar desenvolvimento econômico e conservação ambiental, e precisamos de políticas integradas que reflitam essa visão. Somente assim conseguiremos promover um crescimento sustentável e inclusivo para o país", pontuou.
Clima
O Sistema OCB também participou o encontro Diálogo Estratégico Público-Privado: Agricultura e Mudança do Clima, realizado na quarta-feira (19), por iniciativa do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). Durante o evento, o MMA apresentou as atividades e levantamentos técnicos que estão sendo desenvolvidas para a elaboração do Plano Clima, que servirá como guia da política climática brasileira até 2035. O plano será composto por diversos instrumentos, entre os quais novas versões dos Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação, além da revisão do Inventário Nacional de Emissões de GEE.
As entidades privadas participantes destacaram a necessidade de constante diálogo e transparência na formulação da política climática nacional, por se tratar de tema que tem repercussões ambientais, sociais e econômicas para todo o setor agropecuário. Além disso, também foi apontada a necessidade de aprimoramento técnico dos instrumentos que formam a política, principalmente no que diz respeito a atual revisão do Inventário Nacional de Emissões de GEE. O objetivo é que sejam consideradas as práticas sustentáveis e os ativos ambientais promovidos pelo setor agropecuário.
Meio Ambiente
A 8ª Reunião da Rede Zarc-Embrapa de Pesquisa e Desenvolvimento, realizada na quarta-feira (19), contou com a participação de várias cooperativas importantes, incluindo Coamo, Rede Técnica Cooperativa (RTC), Comigo, Cocamar, Coopercitrus e Capal. O evento, que reuniu pesquisadores e representantes do setor produtivo, foi um espaço dedicado à troca de conhecimentos e à discussão de estratégias de gestão de riscos climáticos na agricultura brasileira.
A Rede Zarc-Embrapa tem um papel crucial no aprimoramento dos estudos nacionais de Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc). Ela trabalha em conformidade com os Programas Zarc, Proagro e PSR, além de outros projetos relacionados à agricultura e clima. Suas atividades são voltadas para a atualização e desenvolvimento de estratégias de manejo e adaptação dos sistemas produtivos, visando a prevenção de riscos e a redução de seus impactos.
O principal objetivo da reunião foi compartilhar e debater visões e experiências entre representantes do setor produtivo, seguradoras e operadores de crédito rural, além de formuladores e operadores de políticas agrícolas. A programação deste ano abordou diversos assuntos relacionados à gestão de riscos na agricultura, proporcionando uma oportunidade para atualização de conhecimentos, troca de experiências e estabelecimento de novas conexões para trabalhos em cooperação.
Durante o evento, os representantes das cooperativas destacaram a importância de suas iniciativas para a gestão de riscos rurais. Apresentaram cases, processos e programas implementados em suas cooperativas, que têm se tornado referências no mercado quando o assunto é suporte ao produtor rural na gestão de riscos inerentes ao seu negócio. Essas boas práticas são fundamentais para reduzir os riscos rurais e melhorar a resiliência dos produtores frente às adversidades climáticas.
Entre as ações discutidas, destacaram-se as estratégias de transferência de risco, como seguros agrícolas e o Proagro. No entanto, foi enfatizado que uma série de ações de manejo “dentro da porteira” também são essenciais para a prevenção de riscos ou redução de seus impactos. Essas práticas incluem técnicas de manejo do solo, uso eficiente de recursos hídricos, escolha de cultivares mais resistentes e diversificação de culturas que, juntas, formam um conjunto robusto de medidas para enfrentar os desafios climáticos na agricultura.
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Desdobramentos da Reforma Tributária foram discutidos e novo plano de trabalho foi apresentado
O Conselho Consultivo do Ramo Saúde se reuniu nesta quarta-feira (20) para tratar de temas como a regulamentação da Reforma Tributária e, também, das pautas mais importantes para o desenvolvimento do setor. O encontro contou com a participação de representantes e líderes do segmento.
Tania Zanella, superintendente do Sistema OCB, ressaltou a importância de alinhar o ponto de vista técnico sobre a Reforma. Ela convocou todos os participantes a se engajarem nessa batalha e enfatizou que a regulamentação é tão crucial quanto a Emenda Constitucional (EC) 132. "Nós estamos lidando com a falta de compreensão da Receita Federal e do Executivo sobre o modelo societário das cooperativas e, a partir de agora, precisamos de um esforço conjunto para vencer essa luta e conseguir um adequado tratamento tributário ao ato cooperativo", disse.
Em seguida, Clara Maffia, gerente de Relações Institucionais, apresentou o trabalho de representação que a unidade nacional tem feito para alcançar os objetivos do coop na Reforma, bem como o direcionamento dos próximos passos. "Participamos, de forma ativa, de reuniões com parlamentares, seminários, audiências públicas no Congresso Nacional e Grupos de Trabalho para destacar a importância de serem consideradas as peculiaridades do cooperativismo no contexto da regulamentação. Nós buscamos, constantemente, por um texto que considere a natureza neutra das cooperativas, sem dupla tributação", afirmou.
Ana Paula Rodrigues, assessora jurídica, apontou que o Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/24 desrespeita a EC 132/23. Segundo ela, o projeto confunde alíquota zero com não incidência de tributação e aplica, de forma restritiva, o ato cooperativo, sem esclarecer como se dará o fluxo da apuração do crédito na operação subsequente com alíquota zero. "Nossa proposta só busca por um respeito ao ato cooperativo em toda a sua amplitude".
Durante a reunião, foi apresentado um plano de ação robusto para sensibilizar cooperativas, Organizações Estaduais (OCEs) e parlamentares sobre a importância da regulamentação adequada. O planejamento inclui o site Ato Cooperativo na Reforma Tributária, distribuição de materiais informativos, publicação de artigos em jornais de grande circulação e a implementação de estratégias visuais como outdoors, banners e panfletos.
Planos de Trabalho para o Ramo
As pautas prioritárias deram destaque para prioridades do segmento como regulamentação dos planos de saúde e piso salarial da enfermagemHugo Andrade, coordenador de Ramos, apresentou uma proposta para a criação de Câmaras Temáticas, com explicação sobre atribuições, composição e duração. Entre as pautas prioritárias, ele destacou a atualização da regulamentação dos planos de saúde e a participação das cooperativas de saúde em licitações. Ele também salientou a atual situação do piso salarial da enfermagem, tendo em vista a atuação do Sistema OCB para buscar formas de se posicionar e colaborar com essa questão.
O coordenador reforçou ainda o apoio da entidade às OCEs e às cooperativas na divulgação dos benefícios das parcerias público-privadas (PPPs) em saúde, além da implementação dos grupos de trabalho para encontrar soluções de financiamento, aproximação institucional da Agência Nacional de Saúde Suplementar e do Ministério da Saúde, bem como avaliação dos impactos e implementação de diretrizes aprovadas no 15º CBC.
Alex Macedo, coordenador de Meio Ambiente, apresentou o ESGCoop aos participantes. Ele explicou que o programa visa aumentar a competitividade das cooperativas por meio de uma solução que avalia a performance e os indicadores de sustentabilidade de cada uma. "Ao mapear boas práticas, capacitar e desenvolver planos de ação que atendam aos critérios ambientais, sociais e de governança, conseguimos minimizar impactos no meio ambiente, fortalecer laços, promover a igualdade e operar com transparência e integridade. Nosso objetivo é garantir que nossas operações sejam éticas e eficientes", destacou.
Para Hugo, a primeira reunião de 2024 do colegiado foi importante para alinhar ações, comunicar desafios à base e deliberar sobre estratégias de fortalecimento do cooperativismo de saúde. "O ponto alto foi a discussão sobre os debates e impactos da Reforma Tributária. A apresentação do ESGCoop também trouxe clareza acerca do tema, bem como a proposta de constituir uma Câmara Temática dos Profissionais da Enfermagem e a aprovação do plano de trabalho 2024/2025", destacou.
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Reunião apresentou plano de trabalho e novos membros do Conselho Administrativo
O Sistema OCB participou, na quarta-feira (20), da Assembleia-Geral da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), realizada conforme a exigência da Lei de Organizações Internacionais da Bélgica, que determina que tais encontros anuais ocorram antes de 30 de junho. A pauta incluiu o plano de trabalho para 2024, a auditoria das contas, o balanço financeiro, a apresentação do novo diretor-geral e, também, dos novos membros do Conselho de Administração.
A ACI possui seis membros brasileiros, sendo eles o Sistema OCB, a Unimed do Brasil, a Uniodonto do Brasil, a Unimed Nacional, o Sicredi Pioneira e o Seguros Unimed. O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, ressaltou a importância da participação brasileira na ACI e destacou que o cooperativismo brasileiro tem se mantido conectado e atuante na comunidade internacional. "Mantemos uma forte atuação no âmbito da ACI para buscar novas soluções, sejam em negócios, inovação ou troca de conhecimentos para nossas cooperativas. A participação de hoje mostrou como nosso movimento é unido e forte", disse.
Por sua vez, Jeroen Douglas, o novo diretor-geral da ACI, apresentou seu plano de trabalho para 2024 e 2025, com destaque para os principais eventos que a organização promoverá. Ele debateu sobre as reestruturações ocorridas no Conselho da ACI, órgão administrativo responsável pelas decisões estratégicas. Ainda foram discutidos e aprovados o relatório financeiro, a auditoria das contas e o plano de trabalho. Jeroen também anunciou a comemoração do 30º Dia Internacional das Cooperativas, incorporado ao calendário oficial das Nações Unidas.
O Conselho, composto pelo presidente Paulinho Algarco, por membros eleitos, quatro vice-presidentes regionais e presidentes das ACI regionais, além dos presidentes das organizações setoriais da ACI e dos comitês especiais de gênero e juventude, aprovou a substituição de dois antigos membros, com novos representantes: Doug O'Brien, dos Estados Unidos, e Simona Cavazzuti, do Paraguai.
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Conteúdo mostra importância de regulamentação que considere as especificidades do modelo de negócios
O Sistema OCB relançou seu site dedicado ao Ato Cooperativo na Reforma Tributária, para explicar a importância do tema para o cooperativismo e a relevância de assegurar uma regulamentação adequada ao ato cooperativo no texto do PLP 68/2024, em tramitação na Câmara dos Deputados. A demanda do movimento é para que as novas regras respeitem as especificidades do modelo de negócios e garantam a continuidade de suas atividades.
No site, é possível entender como a Emenda Constitucional (EC) 132/23 marcou duas conquistas significativas para o movimento: o reconhecimento do tratamento tributário adequado ao ato cooperativo e a criação de um regime específico de tributação para as cooperativas. Agora, na etapa de regulamentação infraconstitucional, a partir do Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/2024, é fundamental reforçar a atenção para o modelo societário. O objetivo do Sistema OCB é enfatizar que o cooperativismo possui características únicas que precisam ser consideradas na nova legislação.
Para Clara Maffia, gerente de Relações Institucionais do Sistema OCB, é fundamental que todos os dirigentes, cooperados e cooperativistas visitem o site para conhecer a importância de garantir a correta regulamentação do ato cooperativo na Reforma Tributária. "Os usuários podem baixar materiais que incentivam e apoiam nossa causa nas redes sociais. Com a hashtag #AtoooperativoReformaTributária, todos podem marcar parlamentares que se engajem na causa, destacando a questão como uma escolha por um país mais justo e com melhores oportunidades para todos," afirmou.
Além disso, o site lista os parlamentares que fazem parte do Grupo de Trabalho (GT) responsável pela discussão do PLP 68/2024 e disponibiliza um ofício de apoio à regulamentação correta do ato cooperativo, com o objetivo de ressaltar a necessidade de um olhar especial para o tema na nova legislação.
O site também fornece uma relação completa de contatos dos parlamentares de cada estado e materiais prontos para postagem nas redes sociais. Entre os recursos disponíveis, estão um folder explicativo, um guia detalhado de defesa do tema e vídeos sobre cada etapa da tramitação da Reforma no Congresso Nacional. Também é possível assistir ao vídeo da participação do Sistema OCB em uma das audiências públicas que discutiram os regimes específicos na regulamentação da Reforma Tributária.
Confira a proposta do Sistema OCB para a regulamentação correta do Ato Cooperativo.
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Reuniões buscaram alinhamento para garantir o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo
Reunião com membros do Grupo de Trabalho da Reforma e parlamentares das frentes do Cooperativismo e AgropecuáriaO Sistema OCB participou de três reuniões, nesta quarta-feira (19), para apresentar as ponderações do movimento cooperativista em relação à Reforma Tributária, que deverá ser votada, ainda neste semestre, no Congresso Nacional. Pela manhã, a reunião ocorreu com os deputados Augusto Coutinho (PE), Hildo Rocha (MA), Luiz Gastão (CE) e Reginaldo Lopes (MG), membros do Grupo de Trabalho I da Reforma Tributária. Já no período da tarde, um dos encontros foi com o deputado Helder Salomão (ES) e, o outro, novamente com membros do GT, incluindo os deputado Claudio Cajado (BA) e Joaquim Passarinho (PA) e os parlamentares das Frentes do Cooperativismo (Frencoop) e da Agropecuária (FPA), Arnaldo Jardim(SP), Pedro Lupíon (PR), Sérgio Souza (PR) e Alceu Moreira (RS).
A entidade está empenhada em reforçar a necessidade de que a Reforma reconheça e respeite o texto constitucional que trata do ato cooperativo. Durante as reuniões, Tania Zanella, superintendente do Sistema OCB, lembrou que a Carta Magna estabelece um regime específico para as cooperativas, com abrangência em todos os seus ramos de atividade e assegura a integralidade do ato. "É importante que a nova legislação mantenha esse reconhecimento para garantir que as cooperativas possam continuar suas operações, trazendo benefícios a todos os seus cooperados e contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do país", disse.
Representantes do Sistema OCB com os deputados Reginaldo Lopes e Hildo RochaFabiola Motta, gerente geral da OCB, explicou que o modelo de negócios das cooperativas é único, caracterizado pela distribuição de resultados entre seus membros. “Estas particularidades precisam ser respeitadas. O adequado tratamento tributário ao ato cooperativo foi incluído e aprovado no texto da Emenda Constitucional 132/2023 e precisamos que, agora, na regulamentação da Reforma, ele seja plenamente contemplado”, acrescentou.
Clara Maffia, gerente de Relações Institucionais, apontou que uma das principais preocupações apresentadas pelo Sistema OCB é a divergência entre o conceito de não incidência, previsto na Constituição, e a alíquota zero proposta no Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/2024 proposto pelo governo. "A não incidência é fundamental para manter a competitividade e sustentabilidade do cooperativismo, enquanto a alíquota zero não oferece a mesma segurança jurídica", afirmou.
Os deputados ouviram com atenção os pleitos e se mostraram abertos à análise da possibilidade de alteração do texto. Luiz Gastão, por exemplo, destacou a importância do movimento na inclusão de pequenos, médios e grandes produtores, que elimina intermediários do processo produtivo e aumenta a renda dos envolvidos no movimento. "A tributação deve ser adequada , garantindo que a riqueza gerada seja distribuída de maneira justa entre os participantes", ressaltou.
Reunião com o deputado Helder SalomãoHelder Salomão também demonstrou compreensão de que é fundamental que a regulamentação da Reforma Tributária respeite as características únicas do modelo societário, como já é reconhecido na Constituição Federal. “Sou um cooperativista e tenho interesse em defender o movimento. Vou entender melhor os pleitos apresentados e articular juntos aos demais parlamentares para que eles sejam compreendidos”, declarou.
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Reuniões com Fazenda e Desenvolvimento Agrário abordaram pontos primordiais para o movimento
As principais demandas do cooperativismo foram apresentadas pelo deputado Arnaldo Jardim, presidente da FrencoopO fortalecimento da arquitetura da política de crédito e seguro rural no Plano Safra 2024/2025 e do Plano Safra da Agricultura Familiar foram defendidos pelo cooperativismo em reuniões realizadas nos ministérios da Fazenda e Desenvolvimento Agrário nestas terça e quarta-feira (18 e 19/06). Durante os encontros foram reforçados os pleitos e sugestões apresentados pelo Sistema OCB para a ampliação e aprimoramento do desenvolvimento agrícola e pecuário brasileiro.
Os ministros da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro; da Fazenda, Fernando Haddad, e da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, se reuniram com representantes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) para tratar dos últimos ajustes para lançamento do novo Plano.
O deputado Arnaldo Jardim (SP), presidente da Frencoop, destacou as principais demandas do cooperativismo, que pede um montante mínimo de R$ 558 bilhões para atender produtores de diferentes portes, além da redução da taxa de juros em 2,5 pontos percentuais e a ampliação das fontes de recursos destinados à política agropecuária. Ainda, em relação às exigibilidades, foram sugeridas a alteração dos depósitos à vista de 30% para 34%, a manutenção da poupança rural em 65% e o aumento das Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) de 50% para 60%, com isenção tributária.
“Colhemos sugestões de um trabalho feito pela FPA junto com a Confederação Nacional de Agricultura (CNA) e a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), para que a gente possa, então, levar em consideração os números, as propostas, para o anúncio do Plano Safra”, disse o ministro Fávaro. Segundo ele, o lançamento do Plano Safra 24/25 está previsto para ocorrer na próxima semana em Rondonópolis (MT). “Tivemos uma reunião aberta, bastante resolutiva. Tenho certeza de que daqui sairá um Plano Safra ainda melhor e que vai atender cada vez mais as necessidades dos nossos produtores”, complementou.
No Ministério do Desenvolvimento Agrário, a superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, foi recebida pelo secretário de Agricultura Familiar e Agroecologia, Vanderley Ziger. “Apresentamos e discutimos propostas que consideramos significativas para aprimorar a distribuição de recursos e fortalecer ainda mais os agricultores familiares no Brasil, que representam mais de 70% do quadro social das cooperativas agropecuárias brasileiras”, afirmou Tania.
O montante sugerido pelo Sistema OCB para a dotação orçamentária 2024/2025 do Plano Safra da Agricultura Familiar é de R$ 87 bilhões, sendo R$ 45 bilhões de custeio e comercialização e outros R$ 42 bilhões para investimento. A entidade também solicitou a redução das taxas de juros para valores abaixo de dois dígitos, com uma média de corte de 2,5 pontos percentuais por linha, com base na taxa de juros praticada no momento, e o aumento global do limite de contratação por beneficiário em praticamente todas as linhas, visando ajustar os valores para a realidade atual do agronegócio nacional.
Entre as prioridades apresentadas, também está o acesso da agricultura familiar inserida no cooperativismo ao Pronaf, por meio de ajuste para que o percentual mínimo de DAP/CAF, ou seja, 60%. “Para isso, sugerimos a adoção de uma escala gradual de enquadramento, que tem como referência faixas de percentuais de agricultores familiares no quadro social para limites diferenciados de contratação. Dessa forma, conseguimos, inclusive, contemplar a política pública que visa valorizar cooperativas que possuam maior percentual de agricultores familiares em seus quadros sociais, sem deixarmos desamparados os que atingem percentuais de 60% até 75%”, explicou Tania.
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Obra pode ser acessada em formato interativo nas telas ou em dispositivos de leitura
A combinação entre cooperativismo e futuro para a construção de uma sociedade mais justa, equitativa e sustentável é o foco do livro O Futuro é Coop, lançado pela futurista Martha Gabriel durante o 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC). A versão impressa e distribuída aos participantes do evento acaba de ser disponibilizada também em versão digital e interativa. A leitura pode ser feita diretamente nas telas do computador, tablet e celular, ou ainda, em dispositivos específicos (e-readers) como Kindle, Book (Apple) ou Play Book (Google). Para escolher sua versão favorita, acesse.
No formato para leitura via navegador, a experiência do usuário é enriquecida com diversas interações que permitem uma imersão completa na história e um envolvimento maior com o conteúdo e a possibilidade de aprender mais em cada tópico abordado. Animações, links, áudios e outros recursos são utilizados para ampliar as possibilidades de aprendizado e compreensão do material.
Já a versão para os e-readers foi desenvolvida no formato ePUB, que pode ser baixado e lido gratuitamente em qualquer leitor de livro digital. O arquivo se adapta automaticamente ao tamanho das telas sem perder a configuração ou o tamanho do texto. O formato também suporta arquivos de mídia incorporados e possibilita ao leitor aumentar ou diminuir o tamanho das letras, mudar a fonte e alteras as margens, de acordo com a sua preferência, além de marcar páginas, trecho ou palavras e realizar outras edições.
O livro O Futuro é Coop mostra que a sustentabilidade é a chave para enfrentar os obstáculos do mundo moderno e que a cooperação é o caminho para alcançar essa sustentabilidade, uma vez que possui força singular, promove inclusão, diversidade e renda. "É necessário somar responsabilidade social, proteção ambiental e sucesso econômico. Dentro desse contexto, as cooperativas já emergem como protagonistas e oferecem um modelo equilibrado de impacto nas dimensões econômica, social e ambiental", destaca a autora Martha Gabriel.
Martha Gabriel fala sobre era digital, tecnologia e comportamentos de consumoA escritora mergulha na análise da era digital, explica a aceleração tecnológica e aborda as mudanças nos comportamentos de consumo. Também faz um comparativo das relações de trabalho ao longo dos anos e defende que o capitalismo de acionistas será substituído pelo de stakeholders, que se preocupam cada vez mais com as ambientais, sociais e de governança (ESG). Para ela, enquanto a tecnologia oferece possibilidades extraordinárias, também traz consigo ameaças de destruição e alienação constantes.
A obra traz ainda, um relato inspirador da história do movimento e como essa tradição de democracia, justiça e cuidado com as pessoas, as comunidades e o meio ambiente continua atual e capaz de guiar a sociedade rumo a um futuro mais próspero.
Confira abaixo entrevista concedida por ela durante o evento de lançamento do livro:
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Reunião abordou a necessidade de equidade na tributação de cooperativas
Ato cooperativo é tema de reunião com o secretário Bernad AppyO Sistema OCB participou de reunião, nesta terça-feira (18), com o secretário especial do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, mentor da proposta de Reforma Tributária em tramitação no Congresso Nacional. O encontro contou com a presença da superintendente da entidade, Tania Zanella, do presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), deputado Arnaldo Jardim (SP), do deputado Vitor Lippi (SP), coordenador tributário da Frencoop, e do advogado João Caetano Muzzi, consultor tributário do Sistema OCB.
A superintendente destacou a importância do adequado tratamento tributário ao ato cooperativo na regulamentação da reforma. Ela explicou que é imprescindível considerar as especificidades do modelo de negócios no novo normativo. “O Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/2024 precisa dar atenção ao modelo societário cooperativista. Suas características únicas e a inclusão da não incidência de tributos sobre o ato cooperativo na Emenda Constitucional 132 precisam ser respeitados”, afirmou.
O deputado Arnaldo Jardim destacou o reconhecimento e a definição do ato cooperativo na Constituição e a criação de um regime específico de tributação para as cooperativas. Ressaltou, ainda, que o PLP 68/2024 não atendeu a estes commandos constitucionais. “Precisamos de uma legislação que realmente contemple as peculiaridades das cooperativas, garantindo sua competitividade e sustentabilidade, em obediência ao texto constitucional. Do contrário, o cooperativismo brasileiro pode ser inviabilizado, impactando milhares de famílias e cooperados", enfatizou.
Bernard Appy ressaltou que o PLP 68/24 visou a isonomia tributária e destacou a necessidade de igualdade perante a lei para todos. Para o subsecretário, o projeto visa garantir a isonomia tributária do IBS e da CBS, estabelecido na Emenda Constitucional, para todos os modelos de negócios. "O regime e a carga tributária devem ser iguais para todos, indiscriminadamente.”
Dessa forma, o PLP 68/2024 desconsidera as particularidades e especificidades do modelo cooperativo que justificou a instituição do regime específico na EC 132/2024. Neste contexto, o deputado Vitor Lippi abordou a responsabilidade dos parlamentares com as cooperativas, citando a relevância econômica das coops para o país. "O cooperativismo é insubstituível e essencial para o desenvolvimento do Brasil. Os parlamentares possuem o dever de trabalhar em prol de manter as condições atuais das cooperativas. Quanto mais cooperativas existem, melhor para o Brasil”, disse. Segundo ele, ao invés de se buscar a isonomia, sem apreciar o diferencial do segmento, é preciso encontrar a equidade para não igualar as sociedades diferentes e respeitar, portanto, suas singularidades.
Por fim, João Caetano Muzzi falou sobre o modelo de negócios peculiar das cooperativas, caracterizado pela distribuição de resultados. Ele mencionou que as cooperativas são neutras em relação à tributação. “O PLP 68/2024 precisa abarcar a não incidência da tributação sobre o ato cooperativo para todos os ramos do cooperativismo, tendo em vista que a riqueza se fixa no cooperado, de modo que este pagará tributos quando incorrer no fato gerador tributário.”, explicou.
Também participaram da reunião a diretora na Secretaria Extraordinária da Reforma Tributária, Camilla Cavalcanti, o auditor fiscal da Receita Federal do Brasil, Roni Peterson, a assessora jurídica da OCB, Ana Paula Andrade Ramos e a coordenadora tributária da OCB, Amanda Oliveira Breda Rezende.
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Rodada visa aproximação com o Ramo para atender melhor suas necessidades
Participantes do Fórum promovido pelo Sistema Ocepar sobre geração distribuídaO Sistema OCB participou, na última quarta-feira (12), do Fórum de Cooperativas de Geração Compartilhada de Energia Elétrica, realizada pelo Sistema Ocepar. Durante o encontro, foi apresentado o Projeto Piloto de Energias Renováveis, uma iniciativa do Sistema OCB para que as cooperativas do setor possam compartilhar seus desafios e resultados esperados. Com um enfoque voltado para o desenvolvimento organizacional, o projeto beneficia seis cooperativas de geração distribuída nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Goiás e Paraíba.
O Projeto foi desenvolvido para ajudar a mitigar as dificuldades que as cooperativas do segmento enfrentam, como a fidelização dos cooperados, a viabilidade econômica e social, a conformidade legal e documental, a ausência de controles internos e a diversidade do modelo de negócio. Para Laís Castro, analista do Sistema OCB, a oportunidade de trocar experiências é enriquecedora. "Com esta iniciativa, conseguimos entender quais as necessidades das cooperativas envolvidas para melhorar a atuação da Unidade Nacional tanto num movimento interno, quanto externo", disse.
Entre as soluções oferecidas pelo projeto está o Diagnóstico Assistido de Identidade, que permite a elaboração de planos de melhorias e acompanhamento trimestral das ações desenvolvidas,além de consultorias em comunicação, marketing e planejamento estratégico. Oferece ainda um sistema operacional disponibilizado para facilitar a gestão da energia gerada pela cooperativa, bem como a administração do relacionamento e serviços prestados aos consumidores.
A discussão sobre o estágio atual das cooperativas de Geração Distribuída é de extrema importância dentro do contexto do cooperativismo e do setor de energia. Por isso, o Sistema OCB se preocupa e reconhece a necessidade de um esforço conjunto com as OCES para fortalecer suas operações internas e, consequentemente, ampliar sua eficácia externa.
Para Thayná Côrtes, analista do Ramo Infraestrutura, é importante consolidar esforços na defesa coletiva dos interesses do setor. "O modelo cooperativista deve ser integralmente respeitado nos processos regulatórios em curso. Nosso objetivo é conseguir fazer o monitoramento de perto de todos os desenvolvimentos relativos à Geração Distribuída, com um ambiente justo e favorável", afirmou.
Visitas de campo
Visitas no Paraná e em São Paulo O Sistema OCB realizou diversas visitas no Paraná e em São Paulo para conhecer cooperativas permissionárias de distribuição de energia, habitacionais e agro com o objetivo de entender melhor suas operações e ouvir seus projetos e necessidades.
As visitas às cooperativas como Cetril (SP) e Castro-Dis (PR) permitiu entender melhor quais as preocupações de cada uma em relação à abertura do mercado livre de energia. Em cada oportunidade, foram destacadas as pressões que elas enfrentam de empresas que incentivam a migração de cooperados para esse mercado, com questões complexas sobre contratação e operação, especialmente no que se refere a custos associados aos medidores inteligentes.
A experiência da Cooperativa Agropecuária Castrolanda (PR), que abriu uma comercializadora de energia em 2019, também fez parte das visitas. Ela compra e vende energia elétrica no Mercado Livre, atendendo várias cooperativas como clientes e foi pioneira no setor agrícola a implementar a iniciativa, com o propósito de gerenciar riscos e reduzir custos operacionais.
Desde sua entrada no mercado livre, a Castrolanda registra uma redução anual de 11 milhões na conta de energia elétrica. “Além de otimizar os custos, a cooperativa assegura o uso de energia limpa em sua produção e busca aprimorar a eficiência energética em toda sua cadeia produtiva. Ficou evidente que ingressar no mercado livre de energia representou um grande desafio devido aos riscos operacionais envolvidos, mas que os resultados têm sido significativos”, destacou Thayná Côrtes.
O Sistema OCB conheceu, mais de perto, as histórias das cooperativas
A Cooperteto (SP), cooperativa habitacional fundada em 1996, foi mais uma a receber a equipe do Sistema OCB. Com forte enfoque social, ela está investindo em contrapartidas ambientais como compostagem de resíduos para produção de produtos que podem ser vendidos posteriormente.
De acordo com Thayná, a cooperativa tem uma trajetória emocionante, baseada nos princípios de igualdade e solidariedade. “Inicialmente, eles construíam unidades habitacionais por meio da força de trabalho dos próprios cooperados, organizando mutirões. Atualmente, esse modelo não é mais viável, mas a cooperativa continua a engajar os cooperados em projetos para que se sintam parte integrante e compreendam os princípios do movimento”, contou.
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Encontro promoveu conhecimento e integração sobre o trabalho do Sistema OCB
Membros da Febracan foram recebidos na Unidade Nacional do Sistema OCB, em BrasíliaO Sistema OCB realizou o Programa Portas Abertas, na última quinta-feira (13) e recebeu a Federação Brasileira das Cooperativas Anestesiologistas (Febracan), com representantes de diversos estados, como Rio Grande do Norte, Bahia, Mato Grosso, Pernambuco, Rio de Janeiro, Piauí, Tocantins, Sergipe, Alagoas e Minas Gerais.
Os visitantes puderam conhecer a capital federal e foram recebidos na Unidade Nacional do Sistema OCB. A gerente-geral, Fabíola Nader Motta, realizou uma apresentação institucional e destacou que o Portas Abertas é uma oportunidade para que todos conheçam, de perto, as atividades da entidade. "A visita de vocês é importante para que a gente possa apresentar o papel da Casa do Cooperativismo, nosso trabalho de representação e expansão do movimento. Aqui, na sede, promovemos um caminho justo e próspero para as mudanças sociais que almejamos," afirmou.
A coordenadora de Negócios, Pamella Jerônimo de Lima, apresentou o trabalho feito pela entidade para promover a expansão do coop como um modelo de negócios próspero. Ela explicou que o objetivo da área é buscar soluções para que as cooperativas continuem a crescer e se desenvolver, com mais geração de empregos e transformações sociais. Para ela, o desdobramento de ações voltadas para o mercado nacional e internacional possibilita melhores condições para os cooperados. "Visamos sempre aumentar a competitividade das cooperativas. Com as ferramentas corretas, conseguimos expandir o alcance do movimento no Brasil e no mundo. Sempre impulsionando o acesso de novos mercados, participação em feiras e rodadas de negócios", relatou.
Amanda Oliveira, coordenadora tributária da entidade, falou sobre o papel de representação que vem sendo desempenhado para assegurar um tratamento justo e adequado ao ato cooperativo. Ela ressaltou que a prioridade é conseguir a contemplação das características do modelo societário na regulamentação da Reforma Tributária. "Essa garantia é fundamental para que as cooperativas possam continuar promovendo distribuição de renda sustentável e justa". Em seguida, Ana Paula Ramos, consultora jurídica, acrescentou que a adequação fiscal precisa acontecer para manter a competitividade das atividades desenvolvidas nas coops. "A regulamentação é a segurança de que nosso setor não vai sofrer prejuízos com as novas regras de tributação", reiterou.
O presidente da Sociedade Brasileira de Anestesiologia, Luís Diego, destacou a importância de fortalecer os laços entre as organizações cooperativas e elogiou a eficiência do trabalho feito pelo Sistema OCB. "A Unidade Nacional precisa reforçar a grandeza de suas operações. Iniciativas como essa precisam acontecer com mais frequência, assim todos poderão entender a importância desse modelo de negócios," disse.
Por sua vez, o presidente da Febracan, Sérgio Marques, disse que as informações recebidas precisam ser fomentadas. "Repassar informações sobre o cooperativismo para nossos diretores e gestores é essencial. Todos precisam conhecer o trabalho do Sistema OCB, que protege e resguarda os direitos das nossas cooperativas".
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Evento realizado em Manaus reuniu 37 países para debater impactos e infraestrutura ambiental
O Sistema OCB marcou presença na 22ª Semana de Sustentabilidade promovida pela Banco Interamericano de Desenvolvimento Invest (BID Invest) esta semana em Manaus (AM). O evento acontece a cada dois anos para debater impactos e infraestrutura sustentável e, nesta edição, contou com a participação de 37 países. As discussões abordaram o desenvolvimento da Amazônia, com foco no investimento de impacto, inclusão, bioeconomia e mudanças climáticas.
O Sistema OCB foi convidado a participar em reunião realizada na sede da Casa do Cooperativismo em março deste ano com Terence Gallagher, diretor de Inclusão Financeira, e Marcia Faria, oficial de Investimento. Na ocasião, eles trataram sobre potenciais parcerias para a captação de recursos para financiamento de projetos de inclusão financeira no Brasil, especialmente na Região Amazônica.
Terence e Marcia afirmaram que o banco tem interesse em investir nas coops brasileiras para proporcionar acesso a mais conhecimento técnico e infraestrutura. A ideia, segundo eles, é colaborar por meio da Rede Financeira para a Amazônia. O Sicoob, o Sicredi e o Cresol já integram o projeto e os representantes do BID também estiveram em Rondônia para visitar o Sicoob Credip e avaliar a realização de parcerias com a instituição.
Além do Sistema OCB, o Sicoob e a Cresol também participaram do evento e apresentaram cases aprovados durante a dinâmica Tambaqui Tanque, na qual várias empresas e organizações apresentaram propostas de projetos de impacto econômico, social e ambiental por meio de pitchs para captação de recursos. O projeto do Sicoob prevê a abertura de novas agências de atendimento presencial em cidades do interior da Amazônia, e o da Cresol pretende levar microcrédito para 5 mil famílias da região até a 30ª Conferência do Clima, a COP 30, que será realizada no próximo ano em Belém do Pará.
Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, afirmou que a 22ª Semana de Sustentabilidade do BID Invest começou com uma frase que traçou com maestria os objetivos do evento: conectar ativos com investidores. “O que mais se abordou foi florestas e pessoas, sobretudo pessoas das florestas e a transformação de empresas para a priorização da sustentabilidade em seus planejamentos. Um dos pontos de destaque foi a apresentação do presidente da Comissão de Valores Imobiliários (CVM), João Pedro Nascimento, ao afirmar que a atuação do mercado de capitais deve ser baseada nos valores da comparabilidade, interoperabilidade e harmonização. Ou seja, independente da competitividade, quando o assunto é sustentabilidade, a estratégia é compartilhar ações que visam o bem comum”.
Por sua vez, o coordenador de Relações Internacionais, João Marcos Martins, explicou que a participação do Sistema OCB foi importante para aprofundar o conhecimento sobre como as grandes organizações internacionais de fomento e financiamento sustentável estão expandido sua atuação. “Conhecer as ações em desenvolvimento, especialmente no Brasil, e quais as oportunidades para o cooperativismo são premissas que contribuem para o trabalho que temos realizado para levar os serviços e produtos das nossas cooperativas cada vez mais longe”, afirmou.
Painéis
O presidente do Sicoob Credip, Oberdan Ermita, participou do painel Fazendo Negócios na Amazônia. Ele foi convidado a falar sobre como a cooperativa tem conseguido expandir suas atividades na região, considerada de grande complexidade e diferentes desafios. “Nossa principal estratégia é a proximidade. Buscamos impulsionar a cidadania financeira de nossos cooperados, levando serviços que atendam a realidade de cada comunidade. Nosso objetivo é impactar pessoas e acesso a serviços e crédito gera oportunidades”, salientou.
Ainda segundo Oberdan, o Sicoob Credip trabalha com base em três pilares, sendo eles pessoas, negócios e território. “Queremos o desenvolvimento local sem agredir suas características e temos atuado nesse sentido. Hoje somos a instituição financeira com maior presença na Amazônia e o Sicoob, como um todo, é a maior rede de cooperativas de crédito no território nacional também”, complementou.
Nos mais diversos painéis e palestras apresentados durante o evento foi possível observar que o cooperativismo é visto como uma ferramenta central para o desenvolvimento sustentável da Amazônia. Silvia Vilas Boas, CFO, head de Estratégia e do Escritório de Transformação da Natura, por exemplo, afirmou em sua participação que a empresa está treinando jovens de regiões isoladas em cooperativismo. A CEO da Ambipar, Maíra Pereira, por sua vez, contou que a organização trabalha com 120 cooperativas de reciclagem brasileiras para melhorar as condições de tratamento dos resíduos e agregar valor ao trabalho dos catadores e catadoras.
BID Invest
O BID Invest, concentra seus esforços na parceria com entidades privadas e foi criado com o objetivo de investir e impulsionar o desenvolvimento da América Latina e Caribe, promovendo colaborações estratégicas com cooperativas e outros agentes econômicos. Durante o evento, Leonardo Mazzei, diretor e chefe do BID Invest, revelou em entrevista que os investimentos no Brasil e na Amazônia deverão atingir trilhões de dólares. Os recursos virão de ações públicas, doações, países interessados no bioma e investidores globais. Mazzei destacou que a liberação dos valores será gradual e que há um longo caminho pela frente, mas todos os elementos necessários para o sucesso estão presentes.
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Antonio Anastasia reconhece pleito do coop para participação em licitações
Sistema OCB busca ampliação de relacionamento entre o movimento e os Três Poderes, inclusive Ministério Público e tribunais de contasA legalidade da participação de sociedades cooperativas em processos licitatórios foi tema de reunião, nesta quinta-feira (13), do Sistema OCB com o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Antonio Anastasia. É o primeiro de uma série de encontros que a entidade está organizando para ampliar o relacionamento institucional com o tribunal e entregar memoriais com fundamentos em prol da revisão da Súmula 281, que dispõe sobre os critérios para participação de cooperativas em licitações realizadas pela Administração Pública.
“Essa é uma iniciativa muito importante tanto que faz parte da concretização de uma das diretrizes estabelecidas durante o 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC), realizado em maio deste ano. Ou seja, de ampliar o relacionamento entre o sistema cooperativista e os Três Poderes, incluindo o Ministério Público e os tribunais de contas, na construção de legislações e políticas públicas de interesse do cooperativismo em âmbito estadual e nacional”, disse a assessora jurídica do Sistema OCB, Ana Paula Andrade Ramos.
O art. 4º, II, parte final, da Lei 12.690/2012 veda a existência de relação de emprego entre cooperativas de serviços e cooperados. Por sua vez, o art. 5º da mesma Lei estabelece que a cooperativa não pode ser utilizada para intermediação de mão de obra subordinada. Nessa linha, a Súmula TCU 281 dispõe que “é vedada a participação de cooperativas em licitação quando, pela natureza do serviço ou pelo modo como é usualmente executado no mercado em geral, houver necessidade de subordinação jurídica entre o obreiro e o contratado, bem como de pessoalidade e habitualidade”.
Milena Cesar, advogada da assessoria jurídica da OCB, explicou que a súmula tem sido aplicada de forma indiscriminada e tem alijado legítimas cooperativas de participarem de processos de contratações públicas, sob a presunção de que a natureza do serviço demandaria subordinação jurídica. “A ideia de existir atividades que, por sua natureza seriam subordinadas não passa pelo crivo da legalidade, pois não há qualquer previsão legal que possibilite o agente público fazer essa interpretação”.
Milena também lembrou que o próprio Tribunal de Contas da União tem reforçado em suas decisões que a preocupação do ente público não deve ser com a natureza do serviço a ser contratado, mas com a inidoneidade da cooperativa, tanto na ocasião da habilitação quanto na hora da fiscalização, especialmente quando se fala em contratações de serviços contínuos com regime de dedicação exclusiva de mão de obra.
“O ministro Benjamin Zymler, que é o relator do paradigma que deu origem a súmula 281, acompanhado dos ministros Bruno Dantas e Augusto Sherman, entende que há necessidade de revisão da norma. Para ele, a figura do coordenador das atividades (§6º do art. 7º da Lei nº 12.690/2012) é a “chave” para a contratação das cooperativas sem risco de subordinação e pessoalidade”, acrescentou a advogada.
Ana Paula e Milena, acompanhadas do assessor jurídico do Sistema OCB-ES, Arlan Taufner, ressaltaram ainda que a intenção do Sistema OCB é contribuir com argumentos cooperativistas para enriquecer os debates entre os ministros na ocasião da revisão da súmula. Atualmente, já existem duas deliberações que foram encaminhadas para a comissão de jurisprudências, faltando apenas mais uma para que seja cumprido o requisito formal para apreciação pelo plenário do tribunal.
A presença do assessor Arlan Taufner foi essencial para trazer a experiência capixaba sobre o assunto, mostrando ao ministro Anastasia como a aplicação conveniente da súmula pela autoridade local tem sido prejudicial para o cooperativismo regional, especialmente quando se compara o percentual de vedações a participação de cooperativas em licitações ocorridas entre o interior e a metrópole, sendo representativamente maior nesta última.
Anastasia reconheceu que o novo contexto jurídico em que as cooperativas estão inseridas torna legítimo o pleito do cooperativismo pela revisão da Súmula 281. Ele também se comprometeu a compartilhar com os demais ministros seu entendimento sobre o assunto, reforçando a necessidade de revisitar a súmula.
“Enquanto senador, fui relator do Projeto de Lei 4.253/2020, que deu origem a Nova Lei de Licitações (14.133/2021)”, lembrou o ministro. Nela, foi reconhecida a importância das cooperativas brasileiras e do trabalho prestado pelos seus cooperados. A nova Lei de Licitações garante a participação das cooperativas nas licitações públicas por meio da vedação de atos que restrinjam a participação de cooperativas (art. 9º, inciso I, alínea “a”) e da autorização expressa e previsão de especificidades legais do cooperativismo nas contratações públicas (art. 16).
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Evento destacou importância do cooperativismo na produção da bebida
Durante as atividades da Megaleite 2024, em Belo Horizonte, na quarta-feira (12), aconteceu o Encontro das Cooperativas Agropecuárias Mineiras do segmento Leite. O evento foi pensado para fortalecer o setor no estado e reuniu presidentes, diretores e gestores com o objetivo de promover a competitividade no mercado e consolidar uma presença mais assertiva no cenário internacional.
Segundo dados do Sistema OCB, o setor agropecuário conta com 1.185 cooperativas, reunindo mais de 1 milhão de cooperados e gera cerca de 250 mil empregos diretos. O leite representa 46% da produção nacional proveniente de produtores rurais associados a cooperativas e, além disso, 71,2% dos estabelecimentos rurais dos produtores cooperados pertencem ao perfil de agricultura familiar. Atualmente, 160 cooperativas na cadeia produtiva de leite e derivados são registradas, sendo 48% no Sudeste, 27% no Sul e 25% distribuídas entre Centro-Oeste, Nordeste e Norte.
Fernando Pinheiro falou sobre atuação do cooperativismo como instrumento de desenvolvimento socioeconômico Fernando Pinheiro, analista técnico da Gerência de Relações Institucionais do Sistema OCB, apresentou o painel As transformações e inovações das Cooperativas de Leite no Brasil. Ele explicou que o cooperativismo atua como um instrumento estratégico para o desenvolvimento local e a distribuição de renda na sociedade e que o futuro das cooperativas do segmento leite depende de mudança, união e fortalecimento. “Só assim será possível enfrentar os cenários adversos do mercado. Oportunidades de intercooperação na compra de consumos, otimização da gestão no suprimento do leite e comercialização, são pontos fundamentais. Além disso, é preciso investir em inovação como forma de fortalecer a competitividade”, afirmou.
O analista lembrou que inovar não é somente adotar novas tecnologias digitais. “A própria intercooperação pode ser uma forma de inovar, ou seja, de buscar ações conjuntas que podem melhorar a produtividade, presença no mercado e, consequentemente, o aumento dos ganhos”.
Ele também mencionou programas essenciais como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que reforçam o papel das cooperativas que atuam na cadeia do leite e na oferta de diversos produtos e serviços de saúde e logística. "As cooperativas que participam desse mercado possuem uma produtividade que beneficia toda a comunidade em que estão inseridas", acrescentou.
O analista falou ainda sobre o Ciclo de Desenvolvimento Econômico e Social que ocorre a partir do movimento. Segundo ele, políticas agrícolas, fiscais e de desenvolvimento criam um ambiente propício para negócios cooperativos, atendimento social e inclusão produtiva. "Esse ciclo gera prosperidade, desenvolvimento local e atrai investimentos com o apoio dos Poderes Executivo e Legislativo para iniciativas de fomento ao setor. Essa cadeia, quando bem estruturada, pode transformar realidades, promover organização, estruturação, difusão de tecnologia, agregação de valor e, consequentemente, geração de renda", destacou.
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O encontro tratou sobre necessidade de um regime específico e justiça tributária para o coop
Participação do Sistema OCB buscou alinhar estratégias que assegurem adequado na regulamentação da Reforma TributáriaO presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, participou nesta quinta-feira (13), da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), sobre a Regulamentação da Reforma Tributária na Câmara dos Deputados. O encontro contou com a presença do deputado Claudio Cajado (BA), membro do Grupo de Trabalho que analisa a medida. O parlamentar detalhou a tramitação e traçou os próximos passos que envolvem a votação do Projeto de Lei Complementar 68/2024. O deputado Reginaldo Lopes (MG), também esteve presente e se colocou à disposição para ouvir aos conselheiros com suas visões, propostas e sugestões para o texto da medida.
A participação do Sistema OCB na reunião teve como objetivo o debate e a construção de um alinhamento de estratégias para assegurar que o cooperativismo receba um tratamento justo e adequado no âmbito da regulamentação da Reforma, refletindo suas características diferenciadas como modelo de negócios, além de contribuir para um desenvolvimento sustentável e inclusivo.
O presidente Márcio enfatizou que o Sistema OCB trata o tema como prioridade e busca a garantia de que o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo será aplicado. "Nosso modelo societário é singular e gera desenvolvimento para todo o país, com justiça social e distribuição de renda. Temos particularidades societárias que precisam ser respeitadas. Os municípios que contam com a presença de cooperativas, por exemplo, possuem um PIB per capita de R$ 5 mil acima da média brasileira", afirmou.
Ele ressaltou ainda o avanço histórico com a aprovação do texto base da Reforma, em 2023, quando foi reconhecida a necessidade de um regime específico para as cooperativas e a conceituação do ato cooperativo na Constituição Federal. No entanto, o presidente alertou que somente essa aprovação não é suficiente. "Precisamos garantir uma justiça tributária para as coops nos projetos de lei que vão regulamentar as novas normas. O movimento entende que o texto atual não reflete os avanços da Emenda Constitucional 132. É preciso que a redação reconheça a singularidade do nosso modelo de negócios," concluiu.
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Reinterpretação de medida foi solicitada para garantir continuidade das atividades do segmento
Reunião tratou sobre o trabalho educacional feito pelas cooperativas como entidades formadoras de aprendizagemAs cooperativas educacionais que atuam na formação de aprendizes foram pauta de reunião do Sistema OCB, nesta terça-feira (11), com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Com apoio do deputado Heitor Schuch (RS), a entidade buscou apresentar como funciona o modelo de negócios e esclarecer pontos sobre as atividades prestadas pelas cooperativas do segmento para alinhar ações que ampliem suas possibilidades de operação.
A reunião foi motivada pela decisão da diretoria do Departamento de Políticas Públicas de Trabalho para Juventude que, em abril deste ano, comunicou a suspensão da habilitação das cooperativas de trabalho educacionais como entidades formadoras da aprendizagem profissional no Cadastro Nacional da Aprendizagem Profissional (CNAP).
O argumento utilizado foi de que as cooperativas não podem ser consideradas entidades qualificadas em formação técnico profissional por não estarem qualificadas como entidades sem fins lucrativos que tenham por objetivo a assistência ao adolescente e à educação profissional, conforme determinado pelo art. 50, inciso III, do Decreto nº 9.579/2018, que ratifica o disposto no art. 430 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
O deputado Heitor Schuch explicou que que essa visão está equivocada, o que foi corroborado pela advogada da assessoria jurídica da OCB, Milena Cesar. Segundo ela, a natureza jurídica das cooperativas não tem finalidade de lucro. “Elas não geram lucros para si. São sim, sociedades de pessoas, constituídas para prestar serviços a seus associados e os excedentes financeiros retornam para esses associados na mesma proporção das operações que eles realizam. Assim, todo o proveito econômico ou a sobra decorrente de sua eficiência operacional é distribuído ao cooperado”, detalhou.
Ainda segundo a advogada, a distribuição dos resultados e o retorno das eventuais sobras aos cooperados são, por si só, indicativos que corroboram com a inexistência de fim lucrativo nas sociedades cooperativas. “Por isso, entendemos que a decisão sobre a suspensão merece ser revista para permitir que a formação de aprendizes volte a ser uma atividade permitida para as cooperativas educacionais”, complementou.
Também presente na reunião, Fátima Hallal, presidente da Cooperativa de Trabalho dos Profissionais em Educação do Estado do Rio Grande do Sul (Coeducars), uma das quatro cooperativas do segmento inscritas no CNAP, salientou que a conversa foi muito produtiva. “Nossa presença foi fundamental para abrir um importante canal de diálogo capaz de evitar a tomada de medidas que poderiam ser determinantes para as cooperativas educacionais. Além de explicarmos os fundamentos jurídicos dos nossos argumentos, que são muito fortes e defendem o próprio cooperativismo, conseguimos apresentar o trabalho sério que as cooperativas educacionais têm realizado para os jovens aprendizes e como cumprimento das políticas públicas sobre o tema precisam contar com as nossas cooperativas. Estamos animados com a abertura proporcionada e com o trabalho em conjunto que poderemos realizar nos próximos meses”.
O secretário de Inspeção do Trabalho, Luiz Felipe Brandão de Mello, se colocou à disposição para tentar firmar um termo de compromisso que contemple a demanda das cooperativas e se mostrou aberto a novos diálogos.
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Evento deu visibilidade ao movimento cooperativista regional e nacional
Pecnordeste 2024 busca incentivo ao movimento coop e perspectivas para os próximos anosO Centro de Eventos do Ceará recebeu, de 06 a 08 de junho, a Feira e Seminário Nordestino do Agronegócio (Pecnordeste) 2024. O Sistema OCB marcou presença e conseguiu demonstrar seu papel no desenvolvimento regional e nacional do país. O evento contou com 41 estandes dedicados ao cooperativismo e deu destaque às cooperativas e parceiros importantes, além de receber palestras que abordaram o cenário atual do setor e as perspectivas para o futuro.
Na feira, o espaço SomosCoop ofereceu uma série de atrações e atividades interativas para os visitantes, como o CoopTalks, uma série de palestras que apresentaram os cases de sucesso e estratégias inovadoras no setor. Além disso, o NegóciosCoop ofertou um salão para trocas comerciais, e proporcionou um ambiente para o networking e a geração de negócios. Outra atração oferecida pelo Sistema OCB foi o SomosCoop na Estrada, em que foi possível conhecer um pouco mais sobre a websérie do cooperativismo, tirar fotos e recebê-las impressas gratuitamente, como uma lembrança especial do evento. O espaço também expôs produtos de cooperativas.
Fabíola Nader Motta, gerente-geral do Sistema OB fala sobre o impacto do ESG no desenvolvimento do coopJá no seminário, a gerente-geral do Sistema OCB, Fabíola Nader Motta, foi convidada para participar de um debate sobre o impacto do ESG no desenvolvimento do cooperativismo. “O nosso movimento está intimamente ligado à missão de governança ambiental, social e corporativa. Essa é uma realidade que já existe no coop, e estamos cada vez mais comprometidos em ampliar esse cenário”, afirmou. O debate foi mediado por André Pacceli, presidente do Sistema OCB/PB, que destacou a importância de integrar essas práticas no cotidiano das cooperativas.
Fabíola também esteve ao lado de Robson Mafioletti, superintendente da Ocepar, para discutir o futuro do cooperativismo e os impactos da Reforma Tributária para o modelo de negócios. Para ela, a Agenda Institucional do Cooperativismo deve sempre estar em pauta no Congresso Nacional. "Precisamos de muita dedicação junto ao Parlamento para garantir que o ato cooperativo seja integralmente regulamentado na Reforma. A OCB Nacional trabalha de forma dedicada para que o movimento tenha os melhores resultados nessa luta", disse.
Jean Fernandes, analista de Negócios do Sistema OCB, participou do evento. Para ele, o espaço Cooperativas do Nordeste atraiu muitas pessoas para visitarem os estandes institucionais e as cooperativas presentes. "Elas puderam degustar, comprar e conhecer mais os produtos das cooperativas expositoras, bem como participar das palestras que reforçaram a importância e o impacto do cooperativismo na sociedade", afirmou.
Mulheres do Agro
Junto a Pecnordeste 2024, no dia 8 de junho, foi realizado o 2º Encontro de Mulheres do Agro, promovido pela Federação da Agricultura e Pecuária (Faec), em parceria com o Sistema OCB/CE. As apresentações abordaram temas como empreendedorismo, liderança feminina, impacto do ESG, práticas sustentáveis na produção agropecuária, estratégias para potencializar exportações e perspectivas futuras do cooperativismo brasileiro.
O encontro reuniu agricultoras e pecuaristas, com uma diversidade de modelos de negócios, dentre eles o coop. A superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, representou o movimento e participou da segunda mesa de debates com o tema A Força do Senar/Sebrae/Sescoop na Capacitação das Empreendedoras e Cooperativistas do Agro.
Ela destacou o impacto transformador do cooperativismo na produção rural, o benefício aos produtores de todos os portes e a ampliação de oportunidades para as mulheres. “A cooperativa é uma ferramenta de transformação. Precisamos estar capacitadas para ocupar aquilo que temos direito e capacidade. Onde existe diversidade, existe lucratividade. É mais do que a participação feminina, é a oportunidade de ver como vamos ocupar nosso espaço,” disse.
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Entidade participou de audiência pública na Câmara dos Deputados
Audiência Pública no GT da Reforma Tributária da Câmara dos Deputados. Foto: Bruno Spada/Câmara dos DeputadosO Grupo de Trabalho sobre a Regulamentação da Reforma Tributária realizou mais uma audiência pública, liderada pelo deputado Claudio Cajado (BA). A reunião, que teve como foco específico os setores de combustíveis, cooperativas e tratados, contou com a participação de Amanda Oliveira, coordenadora Tributária do Sistema OCB, e João Caetano Muzzi Filho, consultor Jurídico da Confederação Nacional das Cooperativas Médicas (Unimed Brasil), além de representantes de outros setores e do governo.
Amanda lembrou que o cooperativismo, modelo social e economicamente relevante para o país, é uma sociedade de pessoas, sem fins lucrativos, constituída justamente para prestar serviço para seus cooperados, que figuram como usuários e proprietários do empreendimento. “Essas características, já reconhecidas na Constituição Federal, precisam ser reforçadas na lei que vai regulamentar os impostos sobre consumo”, afirmou.
Durante a audiência, Amanda expôs pontos do PLP 68/2024 que merecem ajustes. “Uma questão que é bastante controversa e que merece reparo é a exclusão de três ramos do cooperativismo das disposições gerais das cooperativas: os de Consumo, Crédito e Saúde. Somados, eles contam com quase 18 milhões de cooperados que estão sendo deixados de fora do regime específico do cooperativismo”.
Outro ponto destacado por Amanda é a confusão entre alíquota zero e a não incidência de tributos. “A condição estabelecida no texto da Constituição Federal é clara ao afirmar a não incidência sobre os atos cooperativos. Verificamos, no entanto, na norma infraconstitucional, uma alíquota zero e que será aplicada apenas na remessa entre o cooperado e a cooperativa, ou seja, retira-se todas as operações que a cooperativa realiza sem fins lucrativos justamente para os seus cooperados. Então, são pontos que merecem ser reajustados”, finalizou Amanda.
Representantes de entidades convidados para a audiênciaJá o consultor jurídico da Unimed Brasil, João Muzzi, ressaltou que, do ponto de vista das operadoras de planos de saúde, a dificuldade é entender o Artigo 219, pelo qual a cooperativa vai ter que suportar o custo tributário na cadeia, uma vez que não poderá apropriar esse crédito em sua maioria, e também vai vedar a tomada de crédito por aqueles que adquirem o serviço das operadoras. “Se, eventualmente, as operadoras de planos terão um tributo essencialmente cumulativo, o incremento da carga tributária vai para o preço a ser repassado para o consumidor final. Ou seja, tudo aquilo que essa Casa não quis quando buscou preservar a saúde”, explicou.
Presentes na reunião, os deputados Domingos Sávio (MG) e Vitor Lippi (SP), membros da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), defenderam a necessidade de adequação do texto para atender às demandas do movimento. “O cooperativismo está crescendo e, por isso, ganha cada vez mais destaque e atenção. A Constituição já disse que ele merece um cuidado especial e, por isso, precisamos colocar uma lupa sobre a proposta de lei complementar para garantir que esse cuidado seja efetivamente atendido. O cooperativismo é solução e não pode, em hipótese nenhuma, ser tratado como problema”, disse Domingos Sávio.
Vitor Lippi destacou que o debate sobre a Reforma Tributária tem sido feito com responsabilidade para que nenhum setor seja prejudicado. “Temos que conversar bastante sobre as questões que envolvem as cooperativas, especialmente por sua importância econômica e social. Na verdade, elas têm um regime tributário já definido e representam uma política pública que esse país escolheu felizmente apoiar e que vem contribuindo muito para dar oportunidade aos pequenos, para que eles também possam se organizar, ter economia de escala e apoio”, disse.
O parlamentar ressaltou ainda que grande parte da economia do interior do Brasil vem das cooperativas. “Nós temos que comemorar isso. É algo que deu certo no Brasil e a gente precisa ter muito cuidado para que nessa transição para o IVA essa atividade econômica e social não saia prejudicada”, finalizou.
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