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MG realiza Encontro de Formação de Educadores Multiplicadores

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Belo Horizonte (27/11) – Educar para cooperar foi o tema da edição 2015 do Encontro de Formação de Educadores Multiplicadores Cooperativos. O evento, promovido pelo Sistema Ocemg, aconteceu no dia 19 de novembro, na Casa do cooperativismo mineiro, e contou com a participação de 75 pessoas, representando 24 escolas do projeto.

O encontro teve como objetivo celebrar as conquistas do ensino e aprendizagem, bem como os resultados do programa nas escolas expondo os trabalhos desenvolvidos pelos educadores e estudantes na mostra cultural cooperativa. De acordo com a Gerência de Capacitação do Sistema também é um momento para agradecer e reconhecer a contribuição de todos os participantes do Programa.

O projeto, idealizado pelo Sistema Ocemg, este ano contou com a participação de 152 escolas de 21 municípios do Estado. A abertura do evento foi realizada pelo superintendente Alexandre Gatti, que ressaltou que o Encontro é para celebrar os trabalhos que foram feitos ao longo do ano, enaltecendo o engajamento de todos os educadores no movimento, bem como o apoio das cooperativas.

Na oportunidade, Gatti apresentou alguns números do Programa e enfatizou o crescimento da iniciativa ao longo de cinco anos (2011-2015), lembrando que até 2015 o Programa trabalhou com alunos do 4º ao 8º ano, participação de 468 professores, 9.187 estudantes, e a colaboração de 21 cooperativas.

O encontro também contou com uma apresentação artística do grupo Educação pelo tambor, de contagem, que atua com oficinas nas escolas municipais de Contagem e tem como objetivo ensinar os estudantes a tocar, cantar e a construir tambores.

Citando a metodologia utilizada no Programa, a pedagoga Riza Mary falou sobre a importância de inovar a educação, e da necessidade de compreensão dos processos pedagógicos e cotidianos. "Temos que compreender que somos gestores de pessoas, processos e metodologias. Precisamos compreender o cotidiano, o convívio escolar e a gestão integrada da escola. Não podemos ficar isolados numa sala de aula; é necessário integrar a escola, a comunidade. É por meio da cooperação que saímos do lugar", ponderou.

Educar para Cooperar, Cooperar para Crescer, Crescer para Ser

Livros com histórias reais construídos artesanalmente, regador de jardim feito com embalagem de amaciante, porta treco de garrafa pet, colcha feita com retalhos foram alguns dos materiais expostos na mostra cultural cooperativa, no saguão do Sistema Ocemg e nas salas de treinamento durante o Encontro.

Os trabalhos expostos foram desenvolvidos durante o ano pelos educadores e estudantes de 12 escolas das cidades: Araguari, Guanhães, Frutal, Ituiutaba, Três Marias, Canápolis, Chapada Gaúcha, Morada Nova de Minas, Paraopeba, Esmeraldas, João Monlevade, Machado, Carmo do Rio Claro e Alpinópolis. Cada trabalho apresentado demonstrou a aplicação dos fundamentos do cooperativismo no cotidiano dos alunos.

Durante o evento cada escola representada, apresentou no painel de Experiências os projetos desenvolvidos e sua repercussão dentro e fora da escola, como o projeto da Escola Clóvis Araújo Dias, do município de Machado, que incentivou os alunos do 4º e 5º ano a trocarem cartas "à moda antiga" entre os alunos da zona rural e cidade.  O projeto teve como objetivo estimular a escrita e trabalhar a cultura e sociabilidade em um mundo tecnológico, além de despertar o prazer pela escrita.

A segunda parte do Encontro contou com a abertura do presidente do Sistema Ocemg, Ronaldo Scucato, que reforçou a importância do Encontro e da participação de cada educador e professor presente. Em sua fala ele pontuou sobre a necessidade de alterar os rumos da educação. "Esperamos da educação formar cidadãos éticos, conscientes, pessoas que vão transformar o país", ressaltou.

Em um momento descontraído e com falas que também levaram à reflexão, o palestrante João Carlos de Oliveira, abordou o tema Educar para cooperar, que reforçou a importância do profissional, bem como a integração e sociabilização das ações.

Para Andrea Sayar, gerente de Capacitação do Sistema Ocemg, em 2016 algumas modificações no Projeto estão previstas, entre elas as turmas do nono ano das escolas também serão contempladas.

"O negócio do Sescoop é basicamente a educação, e quando se fala da cooperativa enquanto uma organização econômica, nós sabemos que é uma organização de pessoas, e precisamos começar a plantar sementes que darão bons frutos que são as nossas crianças, pessoas que amanhã possam garantir que teremos uma educação de qualidade, e organizações éticas. E o encontro reforça isso, são essas educadoras que estão levando para as escolas e famílias o nome do Sistema Ocemg", concluiu. (Fonte: Assimp Sistema Ocemg)

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Prêmio Cooperativismo Gaúcho de Jornalismo 2015 divulga vencedores

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Porto Alegre (26/11) – Os trabalhos vencedores do Prêmio Cooperativismo Gaúcho de Jornalismo 2015 já estão definidos. A comissão julgadora da primeira edição do concurso, idealizado pela Ocergs e pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), homologou nesta quarta-feira (25/11) a lista com os trabalhos jornalísticos agraciados nas categorias Jornalismo Impresso, Radiojornalismo, Webjornalismo, Telejornalismo e Especial.

A solenidade de premiação ocorrerá na noite de 1º de dezembro, em solenidade no Galpão Crioulo do Palácio Piratini, em Porto Alegre, com a presença do governador José Ivo Sartori.

O Prêmio Cooperativismo Gaúcho de Jornalismo recebeu inscrições de 51 trabalhos jornalísticos produzidos por profissionais de veículos de todo o Estado, com foco no tema “A importância das cooperativas gaúchas para o desenvolvimento econômico e a inclusão social”. Participaram jornalistas diplomados e com registro na Superintendência Regional de Trabalho e Emprego (SRTE/RS), concorrendo a R$ 38 mil em prêmios, sendo R$ 5 mil para os primeiros lugares, R$ 2.500,00 para os segundos lugares e R$ 8 mil para o Prêmio Especial.

“Nosso objetivo com esta iniciativa foi reconhecer e valorizar jornalistas e veículos que mostraram aos gaúchos as boas práticas de centenas de cooperativas”, disse o secretário da SDR, Tarcisio Minetto. “O cooperativismo é exemplo de como o trabalho conjunto é capaz de unir e transformar realidades, gerando crescimento econômico e inclusão social nas comunidades onde as cooperativas atuam”, completou o presidente da Ocergs, Vergilio Perius.

O Prêmio Cooperativismo Gaúcho de Jornalismo tem patrocínio de Sicredi, Unimed, Uniodonto, Unicred e FecoAgro/RS e apoio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (Sindjors) e da Associação Riograndense de Imprensa (ARI).

OS AGRACIADOS
Após análise dos 51 trabalhos inscritos, a comissão julgadora, observando os critérios estabelecidos no Regulamento, elegeu os seguintes jornalistas e seus respectivos trabalhos:

CATEGORIA JORNALISMO IMPRESSO
1º lugar: Jornalista Juliana Bublitz, com a reportagem “Ritmo acelerado de crescimento – Uma onda de otimismo contra a crise” – Jornal Zero Hora, de Porto Alegre.
2º lugar: Jornalista Rodrigo Nascimento, com a reportagem “A cooperativa que vence a crise e fixa uma cidade no mapa do Vale” – Jornal O Informativo do Vale, de Lajeado.

CATEGORIA WEBJORNALISMO
1º lugar: Jornalista Dariele Gomes, com a série de reportagens “A força do cooperativismo” – site do Jornal NH, de Novo Hamburgo.
2º lugar: Jornalista Juliana Bevilaqua dos Santos, com a reportagem “Cooperativa Garibaldi é reconhecida pela ONU” – Blog Rota da Boa Ideia / Rádio Gaúcha Serra, de Caxias do Sul.

CATEGORIA RADIOJORNALISMO
1º Lugar: Jornalista Mariana Baierle Soares, com a reportagem “As cooperativas rurais no desenvolvimento de práticas sustentáveis” – Rádio FM Cultura/Porto Alegre.
2º lugar: Jornalista Isabela Caetano Kuschnir, com a reportagem “Do campo ao asfalto: o cooperativismo que dá certo no Rio Grande do Sul” – Rádio Bandeirantes, de Porto Alegre.

CATEGORIA TELEJORNALISMO
1º lugar: Jornalista: Mauricio Rebellato, com a reportagem “Cooperativa de alunos repórteres é pioneira no país e incentiva a permanência do jovem no campo” – veiculada no programa Campo e Lavoura, da RBS TV Santa Rosa.
OBS.: A Comissão Julgadora, conforme item 7.4 do Regulamento, considerou que as demais reportagens inscritas não atenderam ao tema e ao enfoque de forma satisfatória, de acordo com o item 6.2 do Regulamento.

PRÊMIO ESPECIAL
Jornalista Tales Giovani Armiliato, com a “Série Especial Cooperativismo” – Rádio São Francisco/Rede Sul de Rádio, de Caxias do Sul.

(Fonte: Sistema Ocergs)

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Santa Cruz do Capibaribe realiza premiação do Cooperjovem

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Recife (19/11) – Mais de 100 participantes estiveram reunidos ontem (18/11), na gincana municipal do Cooperjovem, organizada pelas escolas parceiras do Programa. O evento foi uma forma de replicar os conhecimentos vivenciados na gincana estadual, realizada em setembro, em Pesqueira, e também de celebrar o desempenho dos alunos no 9º Prêmio Nacional de Redação do Programa Cooperjovem. Tanto a gincana (estadual e municipal) quanto o concurso trabalharam o tema Cooperação: uma prática de igualdade.

O município classificou as seis melhores redações desta nona edição e entregou, durante o evento, medalhas e prêmios aos vencedores municipais de cada categoria (confira os nomes ao final desta matéria). A coordenadora do Programa no estado, Madalena Nascimento, acompanhou o evento e fez a entrega dos prêmios concedidos pelo Sescoop/PE e pelas cooperativas Cerape e Cerlit.

“Neste evento, tivemos a oportunidade de enfatizar a importância da leitura e da escrita, que fizeram os alunos se destacarem no prêmio. Este momento também reflete o esforço dos professores nesse processo pelo incentivo aos estudantes. Vimos aqui um show de cooperação, que contou com a participação de professores e alunos, muitos vindos da zona rural, mas que marcaram presença nesta celebração”, frisou.          

A programação incluiu apresentações de dança, teatro, circo, organizadas pelas escolas por meio de parcerias realizadas, que viabilizaram, entre outros, a estrutura e os figurinos utilizados. A gincana ainda contou com a leitura da redação vencedora da etapa estadual, elaborada por Vitória Milena Diniz, aluna da Escola Municipal Senador Ronaldo Aragão. 

Para a gestora da escola, Márcia Aparecida da Silva, o resultado no concurso refletiu o trabalho contínuo da instituição. “Recebemos com muita alegria esse resultado, pois sabemos que não é algo momentâneo, mas consequência de um trabalho feito ao longo dos anos.  Enquanto profissionais da educação, vemos o quanto é importante a cooperação na prática”, afirmou. Sobre a participação na gincana, a gestora enfatizou o trabalho coletivo da escola.

“É muito importante contar com profissionais que têm iniciativa e garra para fazer acontecer. A dedicação de cada um para buscar parcerias, distribuir tarefas, promover a integração entre as escolas emociona. Temos profissionais que são o máximo de si e levam isso também para os alunos”, completou.

Para a coordenadora do Programa Cooperjovem no município, Íris Barbosa, o destaque no Prêmio de Redação é resultado de um trabalho feito com dedicação pelos docentes. "Atribuo o resultado ao empenho dos professores para desenvolver, em sala de aula, atividades que promovam a discussão sobre o tema da redação. Temos professores comprometidos e engajados no Cooperjovem. Com este evento, reconhecemos as produções textuais dos alunos e também divulgamos as ações do programa no município', concluiu.

REDAÇÕES CLASSIFICADAS EM SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE

CATEGORIA I

LUÍS FABIANO ALCÂNTARA
GILMARYA LUCYENE DOS PRAZERES
MARIANE GALDINO DA SILVA

CATEGORIA II

ANA CAROLINE DE SOUZA BRITO
VITÓRIA MILENA DINIZ DE MELO (Também vencedora da etapa estadual)
JOÃO PEDRO LOPES

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Cooperativas de saúde divulgam experiências em seminário internacional

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Brasília (17/11) – A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) promoverá no dia 2/12 o seminário "A Organização da Prestação dos Serviços e o Financiamento em Saúde: Perspectivas no Brasil e no Mundo”. A proposta é debater o tema com representantes de operadoras, órgãos de defesa do consumidor, estudantes e servidores da ANS.

As experiências de instituições nacionais e internacionais serão apresentadas durantes o encontro, que contará com a presença dos palestrantes internacionais, Robert Jannet, que falará sobre os modelos de organização da prestação de serviços em saúde e a experiência das ACO (Accountable Care Organization) e com Maureen Lewis, CEO da Aceso Global, que falará sobre o Financiamento em saúde: remuneração X qualidade.

COOPERATIVISMO – As cooperativas Central Nacional Unimed, Uniodonto e Unimed Belo Horizonte serão expositoras no evento. Destaques dentro do sistema cooperativo, a participação das instituições no evento, como expositoras, demonstra a importância e o diferencial do cooperativismo de saúde na saúde suplementar brasileira.

As inscrições podem ser feitas pelo e-mail Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. até 27/11. Para maiores informações, clique aqui. (Com informações da ANS)

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Jeibson dos Santos Justiniano é o entrevistado da Semana do Sistema OCB

Estímulo ao desenvolvimento do cooperativismo é dever constitucional

Brasília (11/11) – Durante o Encontro dos Ramos Educacional e Trabalho, realizado no dia 29/10, em Brasília, pelo Sistema OCB, o procurador do Ministério Público do Trabalho da 11ª Região, Jeibson dos Santos Justiniano, discorreu sobre Cooperativismo e Direito ao Trabalho: Desafio cotidiano na esfera judiciária.
Ele enfatizou que não consegue imaginar um modelo de distribuição de riqueza melhor do que o cooperativismo. “De todos os tipos de relação de trabalho, o presente nas cooperativas, é o mais socialmente justo, pois todo o resultado econômico obtido é distribuído entre os diversos cooperados”, enfatiza.
O jurista que viveu uma década de sua formação profissional no ambiente cooperativista, atuando como programador de computador na Unimed Manaus, destacou que o cooperativismo é constitucional e que o Estado Brasileiro descumpre a Lei quando deixa de estimular seu desenvolvimento, à medida que o torna um problema filosófico.

Como eventos, a exemplo do Encontro dos Ramos Educacional e Trabalho, podem contribuir com o desenvolvimento do cooperativismo?

Jeibson Justiniano – Um evento como este é interessante para criar um diálogo entre duas visões: a primeira é dos órgãos de fiscalização das relações de trabalho e, a segunda, a do próprio sistema cooperativista. É preciso estabelecer um processo de diálogo entre estes polos, que precisam entender mais amplamente a realidade cooperativista.

Esse diálogo é um desafio para o setor?

Jeibson Justiniano – Sim, é, pois é necessário avançar nesta interlocução. É preciso criar outros eventos, não só jurídicos, mas de conhecimento de realidade, de demonstração de modelos que funcionam e que têm excelentes resultados, para que operador do Direito consiga compreender melhor essa relação entre a cooperativa e o cooperado. Urge mostrar, também, os benefícios do cooperativismo, os resultados gerados diretamente ao trabalhador cooperado e, também, à sociedade.
Toda vez que se fala em defesa do cooperativismo, o ponto de partida é o modelo jurídico, mas é preciso que os organismos fiscalizadores conheçam um pouquinho mais de processos como o de gestão nas cooperativas. O cooperativismo precisa mostrar seus resultados e estatísticas. Isso é importante para que entendamos que nem todas as cooperativas de trabalho são fraudulentas, por exemplo.

Como o senhor avalia as cooperativas enquanto instrumento gerador de trabalho e renda?

Jeibson Justiniano – Sou entusiasta do modelo. Acredito que o cooperativismo dá direito ao trabalho. Não consigo imaginar um modelo de distribuição de riqueza melhor do que o cooperativismo. De todos os tipos de relação de trabalho, o presente nas cooperativas, é o mais socialmente justo, pois todo o resultado econômico obtido é distribuído entre os diversos cooperados.
O cooperativismo é o único modelo que conheço cuja gestão presume o trabalhador participando ativamente das assembleias gerais, dos processos de decisão dos rumos da cooperativa e da eleição de seus representantes e dirigentes. Isso não é encontrado em outros modelos. No cooperativismo vemos o trabalhador, realmente, designando seus rumos, enquanto participante econômico, por meio de sua cooperativa.

Considerando o ambiente jurídico, o senhor vê algum tipo de discriminação do cooperativismo?

Jeibson Justiniano – Acredito que existem duas visões que não têm um ponto de intercessão: há a visão dos órgãos de fiscalização de que toda cooperativa de trabalho é fraudulenta e, também, a ideia de que o modelo de cooperativa de trabalho é fundamentalmente válido.
Tenho defendido que nenhuma visão extremada é interessante. É preciso analisar as experiências concretas para verificar se estamos diante de uma cooperativa que prima pelos valores e fundamentos cooperativistas, visando melhorar as condições do trabalhador, ou se estamos diante de um organismo que visa burlar a legislação trabalhista como ocorreu no passado.

Então existe um certo “pé atrás” em relação ao cooperativismo?

Jeibson Justiniano – Sim, com certeza. Principalmente do poder público, porque, ao longo do tempo, vemos cooperativas se tornando uma sociedade empresária e a grande razão percebida pelo cenário jurídico é a questão tributária, porque, o cooperado é tributado como pessoa física, tem oneração maior em termos de rendimento líquidos. E sendo sócio de uma sociedade empresária, ele tem uma nova incidência tributária, aplicada a empresas.
O cooperativismo, enquanto instrumento adotado por trabalhadores, objetivando sua atuação econômica, tem valor fundamental e faz parte do arcabouço da proteção dos direitos fundamentais da Constituição do Estado Brasileiro. O cooperativismo é, não só legal, mas constitucional.
Quando a Constituição determina que a lei incentive o cooperativismo estamos diante de um mandamento, de uma ordem ao Poder Público, ao Estado Brasileiro, para que implemente medidas legislativas e administrativas para contribuir com o desenvolvimento deste setor.

E isso não ocorre porque?

Jeibson Justiniano – Para responder, vou utilizar a frase de um jurista italiano: “o problema de um valor fundamental, hoje, não é mais justificá-lo, e sim promovê-lo”. Isso quer dizer que o cooperativismo não precisa mais ser justificado, pois tem amparo tanto na Constituição do país quanto na legislação brasileira. O que o cooperativismo precisa é ser, efetivamente, promovido e isso não é um problema filosófico. É um problema político.

Fonte: site do Sistema OCB. www.brasilcooperativo.coop.br

Comissão julga os melhores textos do Prêmio de Redação Cooperjovem

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Brasília (11/11) – Os integrantes da Comissão Julgadora do 9º Prêmio Nacional de Redação do Programa Cooperjovem se reuniram hoje, na sede do Sistema OCB, em Brasília, para selecionar as três melhores redações, por categoria, elaboradas por estudantes de escolas públicas de diversos estados brasileiros. Neste ano, o tema trabalhado pelos alunos foi “Cooperação: uma prática de igualdade”.

Ao todo, a banca julgadora analisou 41 textos, oriundos das unidades estaduais que enviaram o material no prazo estabelecido e cumprindo todos os outros requisitos. Para o Sistema OCB, é importante ressaltar o trabalho de todas as unidades que realizaram as etapas regionais. Sem esse empenho, a premiação nacional não seria possível.

O resultado da análise da comissão julgadora será conhecido no dia 17/11 e a cerimônia de premiação ocorrerá no dia 16/12, na sede do Sistema OCB, em Brasília.

COOPERJOVEM – O Cooperjovem é um programa desenvolvido há 14 anos em todo o país pelo Sistema OCB, com objetivo de disseminar a cultura da cooperação. Ele ocorre em cooperativas educacionais e escolas de todo o Brasil, por meio de atividades educativas baseadas nos princípios, valores e virtudes cooperativistas, reforçando o quinto e o sétimo princípios do cooperativismo, respectivamente: Educação, Formação e Informação e Interesse pela Comunidade.

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Evento internacional reúne experiências do cooperativismo agropecuário

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Turquia, 10/11 – Uma oportunidade de conhecer modelos de cooperativismo agropecuário desenvolvidos em outros países e fomentar ações de intercooperação. Esses foram pontos que fizeram parte da programação da Assembleia Geral da Organização Internacional das Cooperativas Agropecuárias (ICAO), realizada ontem (9/11), em Antalya, na Turquia. A ICAO tem, na sua vice-presidência, o líder do cooperativismo brasileiro – Márcio Lopes de Freitas, que também responde pelo Sistema OCB. 

Durante o encontro, os participantes trocaram experiências sobre casos de sucesso de seus países e, ainda, analisaram projetos que já colocam em prática a intercooperação. Os membros da Diretoria da organização também avaliaram o planejamento e o orçamento para o próximo exercício. E, nesta terça-feira, todo o grupo participou de visitas técnicas para conhecer cooperativas turcas agrícolas na região de Belek e verificar, na prática, alguns dos exemplos apresentados.

O evento ocorreu às vésperas da Assembleia Geral da ACI, que elegerá, nesta sexta-feira (13/11), o próximo presidente da organização.

ICAO – O ICAO é a entidade setorial da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) para as cooperativas do ramo agropecuário e possui 65 organizações membros nos cinco continentes.

 

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Embrapa realiza Workshop sobre Pesquisa e Agricultura Familiar

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Manaus (10/11) – Durante três dias pesquisadores de diversas instituições envolvidos com a temática da agricultura familiar na Amazônia, reunidos em Manaus (AM), analisaram o contexto atual e desafios sobre esse tema, verificando experiências, oportunidades e propostas para atuação em rede de pesquisa na região amazônica. Os debates ocorreram de 20 a 22 de outubro, no Workshop Pesquisa e Agricultura Familiar, onde participaram pesquisadores de universidades e instituições de pesquisa do Amazonas, Pará, Roraima, Acre e Tocantins.

Fazendo uma síntese sobre as discussões, o pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Lindomar Silva, da coordenação do evento, disse que esse encontro levantou diversas inquietações para os pesquisadores possibilitando fundamentar uma agenda de pesquisa na região. “A gente conseguiu interagir com as diversas visões sobre agricultura familiar, inclusive esclarecendo cada vez mais como a agricultura familiar se organiza na Amazônia”, disse.

Silva destaca que um dos aspectos ressaltados nas discussões, é que a agricultura familiar é heterogênea, diversificada, porém muitas vezes isso não é considerado nas políticas públicas, nem nas pesquisas. Embora se tenha avançado com políticas públicas para o segmento, há o entendimento de que estas políticas precisam ser adequadas para a agricultura na Amazônia e isso depende da organização social dos agricultores para terem ação mais efetiva junto ao poder público.

Também foi destacado que não ocorreu na mesma proporção da organização política da agricultura familiar, o avanço da produção e da organização socioeconômica desse segmento. Segundo o coordenador, as análises e discussões realizadas no workshop vão permitir definir alguns direcionamentos práticos para pesquisas na região.

O workshop Pesquisa e Agricultura Familiar foi realizado em parceria pela Embrapa Amazônia Ocidental, Fundação Amazônica de Defesa da Biosfera (FDB) e Núcleo de Socioeconomia da Universidade Federal do Amazonas (Nusec/Ufam).

Contou com apoio da Universidade Estadual do Amazonas (UEA), Universidade Estadual do Pará (Uepa), Universidade Federal do Pará (UFPA) e patrocínio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Além de expor 16 trabalhos de pesquisa e relatos de experiências junto à agricultura familiar na região, o evento trouxe quatro eixos temáticos para discussão:  A diversidade da agricultura familiar, seus atores sociais, políticas públicas e heterogeneidade foi o tema apresentado pelos pesquisadores Henrique Pereira (Ufam), Marize Duarte (UEPA) e Armando Lírio (UFPA).

O tema “Perspectiva Política e Teórica da Agricultura Familiar”, foi discutido pelos pesquisadores Zander Navarro (Embrapa – Secretaria de Inteligência e Macroestratégia), Alexandre Rivas (Ufam) e Alfredo Homma (Embrapa Amazônia Oriental). “Diálogos Interdisciplinares para Compreensão da Realidade Amazônica” foi tema para as apresentações dos pesquisadores Sandra Noda (Ufam) e Romero Ximenes (UFPA). “Agricultura Familiar, Inovação, Desenvolvimento e Sustentabilidade” foi base para as exposições dos pesquisadores Gutemberg Guerra (UFPA) e Daniela Alves, da Universidade Federal de Viçosa (UFV).

O chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Amazônia Ocidental, Ricardo Lopes, destacou que a instituição vem fortalecendo o diálogo sobre Agricultura Familiar e lembrou que em 2014 foi realizado um seminário sobre o tema com a presença de várias instituições e agricultores, onde se discutiu prioridades e fortaleceu parcerias, e agora neste outro evento reúne para uma discussão com foco na reflexão teórica para orientar a prática do cotidiano.

O Superintendente do Sistema OCB/AM participou do evento e destacou a qualidade do evento: “Os eixos temáticos forma muito bem escolhidos e os pesquisadores escolhidos para abordá-los dispensam apresentação. Queremos parabenizar a Embrapa pelo protagonismo e pela abordagem aprofundada da Agricultura Familiar na Região Amazônica.” (Fonte: Assimp Sistema OCB/AM)

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Ocemg realiza nesta quinta 12º Encontro Estadual de Contabilidade

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Belo Horizonte (9/11) – Tributação das sociedades cooperativas, a monetização do crédito presumido do PIS e Cofins do leite e a segregação contábil do ato cooperativo são alguns dos temas a serem debatidos durante o 12º Encontro Estadual dos Profissionais de Contabilidade. O evento ocorre no dia 12 de novembro, na sede do Sistema Ocemg e espera reunir 80 participantes entre contadores, técnicos e profissionais que atuam na área contábil/tributária das cooperativas mineiras.
 
Nesta edição, o palestrante convidado é Diego Booni, contador e pós-graduando em Direito Tributário. Na primeira parte da programação, o profissional abordará a obrigatoriedade de adoção da Escrituração Contábil Digital (ECD), Escrituração Contábil Fiscal (ECF) e a Adoção do Padrão Contábil IFRS, entre outros assuntos. Já a segunda etapa será dedicada a ações relacionadas ao PIS, Cofins, INSS e e-Social, entre outros.
 
Para o encontro foram disponibilizadas 80 vagas, que serão preenchidas de acordo com a ordem de chegada dos formulários de inscrição disponíveis no hotsite do Encontro. Para mais informações, entre em contato pelos telefones: (31) 3025-7104, (31) 3025-7111 ou 3025-7112. (Fonte: Assimp Sistema Ocemg)
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Sicredi é a cooperativa mais lembrada em Curitiba

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Curitiba (9/11) – Após figurar entre as marcas mais lembradas do ano de 2014, o Sicredi foi o campeão de 2015 na categoria "cooperativas" do Prêmio IMPAR (Índice das Marcas de Preferência e Afinidade Regional). A pesquisa realizada pelo Grupo RIC em parceira com o Ibope Inteligência entrevistou 1.225 pessoas nas cidades de Cascavel, Curitiba, Londrina, Maringá e Toledo.

 
Para o Sicredi, a conquista foi memorável, já que concorreu com todo o segmento, incluindo as cooperativas agroindustriais, tradicionalmente fortes no estado. "Isso demonstra que estamos no caminho certo, construindo uma marca de reputação forte e que entrega à comunidade aquilo que promete", comemora o presidente da Central Sicredi PR/SP/RJ e da Sicredi Participações S.A., Manfred Dasenbrock.
 
Sobre o Sicredi - O Sicredi é uma instituição financeira cooperativa com mais de 113 anos de história, mais de 3 milhões de associados e 1.366 pontos de atendimento, em 11 Estados* do País. Organizado em um sistema com padrão operacional único conta com 95 cooperativas de crédito filiadas, distribuídas em quatro Centrais Regionais acionistas da Sicredi Participações S.A. uma Confederação, uma Fundação e um Banco Cooperativo que controla uma Corretora de Seguros, uma Administradora de Cartões e uma Administradora de Consórcios. Mais informações no site www.sicredi.com.br. 
 
* Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Pará, Rondônia e Goiás.  (Fonte: Imprensa Sicredi / Sistema Ocepar)

 

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Sétima Unimed Meia Maratona da Unimed Goiânia é referência no país

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Goiânia (3/11) – A 7ª Unimed Meia Maratona teve cerca de dois mil participantes e foi disputada sob temperatura amena, depois de dias de calor em Goiás, no dia 25/10, em um percurso longo e desafiador. Janete Gomes, representante de Anápolis (GO), venceu pela 3ª vez, e, Pablo Fagundes da Costa, o "queniano" goiano, bateu recorde e foi além do título. Mais de 100 atletas da Unimed Goiânia, entre cooperados, beneficiários e colaboradores, participaram da competição.
 
A 7ª edição da Unimed Meia Maratona de Goiânia é apontada pela imprensa como uma prova tradicional no calendário do atletismo goiano, dividida em três percursos, 5 km, 10 km e 21 km. "Não tracei uma tática específica. Já conheço o percurso e procurei apenas acelerar no começo, para me desgarrar das adversárias. Depois, procurei manter o ritmo forte", disse Janete Gomes ao jornal O Popular.
 
Para o queniano, a boa preparação, em Rio Verde, foi determinante para obter a vitória e, também, o recorde - por causa da marca (1h5min6seg), ele superou o tempo de Ronald Moraes, recordista no ano passado, com 1h5min48. "Essa vitória é resultado de muito trabalho e dedicação", disse o queniano.
 
Nas outras provas, os vencedores da categoria principal foram Su Rosa (5 km), Paulo Rodrigues Dias (5 km), Luzinete Andrade dos Santos (10 km) e André Ramos (10 km). Também houve vencedores, por categorias, nas faixas etárias, além de cadeirantes.

Resultados da Meia Maratona

21 km (masculino, geral)                   
1º - Pablo Fagundes da Costa           
2º - Raimundo Nonato Sousa Aguiar
3º - David Andrade de Mesquita
 
21 km (feminino, geral)
1º - Janete Gomes Barbosa da Cruz
2º - Josilene de Sousa Santos
3º - Maria Sandra Pereira da Silva
 
10 km (masculino, geral)
1º - André Ramos
2º - Noel dos Reis Alves
3º - Gil Paulo dos Santos
 
10 km (feminino, geral)
1º - Luzinete Andrade dos Santos
2º - Elen Caetano de Lima
3º - Daiane Aguiar Barros
 
5 km (feminino, geral)
1º - Sul Rosa
2º - Vani Rodrigues dos Santos
3º - Gesiele Santos Cunha
 
5 km (masculino, geral)
1º - Paulo Rodrigues Dias
2º - Sony Anderson Gonçalves
3º - Weidson Júnior
 
Crianças e velocípedes

A 2ª edição do Corre Kids, evento realizado pelo O Popular paralelamente à Meia Maratona de Goiânia, reuniu crianças que fizeram corridas de 100 a 400 metros e disputa de velocípedes de 10 e 20 metros. (Fonte: Unimed Goiânia e Jornal O Popular)

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Abrigo “Coração do Pai” recebe doação de alimentos do Sistema OCB/Sescoop-AM

Os missionários Barry e Vânia recebem doação de alimentos não perecíveis do Sistema OCB/Sescoop-AM

O superintendente do Sistema OCB/Sescoop-AM, Adriano Trentin Fassini fez a entrega, nesta terça feira, 30 de junho de aproximadamente meia tonelada de alimentos não perecíveis ao abrigo “Coração do Pai, localizado no bairro do Japiim, zona Sul de Manaus. Os alimentos foram arrecadados no ponto de entrega instalado na sede da Federação das Cooperativa de Transportes do Amazonas (Fecootram) durante as inscrições para a II Corrida da Cooperação do Amazonas, realizada em Manaus no dia 27/06.

A II Corrida da Cooperação do Amazonas que aconteceu na Avenida das Torres, zona Norte de Manaus foi uma ação da Campanha do Dia de Cooperar que, no Amazonas será realizado no dia 4 de julho no Clube do Trabalhador/Sesi – Serviço Social da Indústria. O evento também fez parte das comemorações do Dia Internacional do Cooperativismo.

Para os missionários Vania e Barry Hall, responsáveis pelo abrigo, é um ato de nobreza o que o Sistema OCB/Sescoop-AM está fazendo para ajudar pessoas que necessitam de doações como está, pois, segundo eles, o abrigo é mantido por doações de estudantes, empresários, religiosos e de instituições. Os missionários disseram ainda que já passaram por momentos de extrema dificuldade, mas, mesmo assim, nunca faltou alimento as crianças.

O Trabalho missionário – O trabalho começou com a paixão por crianças, principalmente indígenas, e com o sonho de salvar vidas. Anualmente, conta a missionária, dezenas de crianças que nascem com deficiências físicas são rejeitadas e algumas delas o abrigo acolhem.

“Mantemos contato constante com líderes indígenas para monitorar casos de crianças que nascem doentes. Todos dão retorno e fazem a intermediação da entrega da criança junto com os órgãos legais”, disse a missionária.

Encaminhamento – O Coração do Pai só recebe crianças encaminhadas por conselhos tutelares e pelo Juizado da Infância e da Juventude quando são constatados risco social, maus tratos, violência e abandono. As crianças passam a morar no abrigo e recebem assistência médica, psicológica, nutricional e religiosa. Tudo é feito por profissionais e voluntários que vão ao abrigo que sobrevive 100#$-$#de doações.

Histórico – A organização não-governamental (ONG) “O Coração do Pai” foi inaugurada no dia 24 de junho de 2013 pelo casal de missionários Vania e Barry Hall, que transformaram a própria casa no orfanato para abrigar crianças indígenas e não-indígenas em situação de vulnerabilidade social. A sede do abrigo está localizada no bairro Japiim, Zona Sul.

Texto: Eliezer Favacho/Coopcom – Cooperativa de Comunicação do Amazonas

Fontes: Sistema OCB/Sescoop-AM e Abrigo “Coração do Pai”

 

 

O superintendente Adriano Fassini entrega os alimentos aos missionários Barry e Vania (Foto: Francisco de Assis

Embrapa realiza Workshop sobre Pesquisa e Agricultura Familiar

Durante três dias pesquisadores de diversas instituições envolvidos com a temática da agricultura familiar na Amazônia, reunidos em Manaus (AM), analisaram o contexto atual e desafios sobre esse tema, verificando experiências, oportunidades e propostas para atuação em rede de pesquisa na região amazônica. Os debates ocorreram de 20 a 22 de outubro, no Workshop Pesquisa e Agricultura Familiar, onde participaram pesquisadores de universidades e instituições de pesquisa do Amazonas, Pará, Roraima, Acre e Tocantins.

Fazendo uma síntese sobre as discussões, o pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Lindomar Silva, da coordenação do evento, disse que esse encontro levantou diversas inquietações para os pesquisadores possibilitando fundamentar uma agenda de pesquisa na região. “A gente conseguiu interagir com as diversas visões sobre agricultura familiar, inclusive esclarecendo cada vez mais como a agricultura familiar se organiza na Amazônia”, disse.

Silva destaca que um dos aspectos ressaltados nas discussões, é que a agricultura familiar é heterogênea, diversificada, porém muitas vezes isso não é considerado nas políticas públicas, nem nas pesquisas. Embora se tenha avançado com políticas públicas para o segmento, há o entendimento de que estas políticas precisam ser adequadas para a agricultura na Amazônia e isso depende da organização social dos agricultores para terem ação mais efetiva junto ao poder público. Também foi destacado que não ocorreu na mesma proporção da organização política da agricultura familiar, o avanço da produção e da organização socioeconômica desse segmento. Segundo o coordenador, as análises e discussões realizadas no workshop vão permitir definir alguns direcionamentos práticos para pesquisas na região.

O workshop Pesquisa e Agricultura Familiar foi realizado em parceria pela Embrapa Amazônia Ocidental, Fundação Amazônica de Defesa da Biosfera (FDB) e Núcleo de Socioeconomia da Universidade Federal do Amazonas (Nusec/Ufam). Contou com apoio da Universidade Estadual do Amazonas (UEA), Universidade Estadual do Pará (Uepa), Universidade Federal do Pará (UFPA) e patrocínio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Além de expor 16 trabalhos de pesquisa e relatos de experiências junto à agricultura familiar na região, o evento trouxe quatro eixos temáticos para discussão: A diversidade da agricultura familiar, seus atores sociais, políticas públicas e heterogeneidade foi o tema apresentado pelos pesquisadores Henrique Pereira (Ufam), Marize Duarte (UEPA) e Armando Lírio (UFPA). O tema “Perspectiva Política e Teórica da Agricultura Familiar”, foi discutido pelos pesquisadores Zander Navarro (Embrapa – Secretaria de Inteligência e Macroestratégia), Alexandre Rivas (Ufam) e Alfredo Homma (Embrapa Amazônia Oriental). “Diálogos Interdisciplinares para Compreensão da Realidade Amazônica” foi tema para as apresentações dos pesquisadores Sandra Noda (Ufam) e Romero Ximenes (UFPA). “Agricultura Familiar, Inovação, Desenvolvimento e Sustentabilidade” foi base para as exposições dos pesquisadores Gutemberg Guerra (UFPA) e Daniela Alves, da Universidade Federal de Viçosa (UFV).

O chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Amazônia Ocidental, Ricardo Lopes, destacou que a instituição vem fortalecendo o diálogo sobre Agricultura Familiar e lembrou que em

2014 foi realizado um seminário sobre o tema

 

com a presença de várias instituições e agricultores, onde se discutiu prioridades e fortaleceu parcerias, e agora neste outro evento reúne para uma discussão com foco na reflexão teórica para orientar a prática do cotidiano.

O Superintendente do Sistema OCB/AM participou do evento e destacou a qualidade do evento: “Os eixos temáticos forma muito bem escolhidos e os pesquisadores escolhidos para abordá-los dispensam apresentação. Queremos parabenizar a Embrapa pelo protagonismo e pela abordagem aprofundada da Agricultura Familiar na Região Amazônica.”

Intercooperação: uma estratégia econômica de gestão para a Alegra Foods

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Brasília (22/10) – As vantagens da intercooperação, na prática, foram evidenciadas hoje, durante a inauguração oficial da Unidade Industrial de Carnes da Alegra Foods, na cidade paranaense de Castro. O evento contou com a participação do superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, e do superintendente adjunto do Sistema Ocepar, Nelson Costa.

A unidade industrial, que já funcionava, é o resultado da união entre Castrolanda, Batavo e Capal que, juntas, criaram a marca Alegra Foods. Todo o processo conta com investimento feito, também, por produtores de suínos. Aliás, a união entre essas cooperativas é o exemplo concreto de que a intercooperação dentro do movimento cooperativista é uma estratégia econômica de gestão que dá resultados bastante positivos.

“É muito gratificante quando vemos a prática deste princípio cooperativista – a intercooperação. São três cooperativas, amparadas por cooperados e produtores, que resolveram topar o desafio de crescer. Essa união só deu bons frutos até agora. A Alegra Foods é um grande exemplo para o sistema cooperativista nacional”, declara Nobile.

UNIDADE INSDUSTRIAL – O parque tem 44 mil m2 de área construída, está localizada na cidade de Castro, interior paranaense, e já é responsável por gerar 400 empregos diretos e outros 1,8 mil, indiretos. Lá, os funcionários se encarregam de desossar e industrializar a carne de 2,3 mil suínos por dia.

De acordo com o superintendente da unidade, Ivonei Durigon, há a expectativa de dobrar a capacidade de produção, em quatro anos. Quando estiver em pleno funcionamento, a indústria processará 600 mil suínos/ano, na primeira fase, podendo expandir sua produção para mais de dois milhões de suínos, anuais, de acordo com o aumento da capacidade produtiva dos cooperados.

DIFERENCIAIS – A unidade é considerada a indústria mais moderna de suínos do país; a primeira da América Latina na desossa de paletas; e a primeira, mundialmente, na desossa de pernil. Além disso, é referência nos processos de automação. Ela foi construída levando em conta todos os aspectos da sustentabilidade:

- Social e econômico – prezando pela ergonomia e bem-estar dos funcionários;
- Ambiental – há um investimento adicional para a redução de poluição decorrente do processo de produção;
- Energético – há um sistema de captação de água da chuva.

VANTAGEM – Fruto do modelo de negócios aplicado pelas cooperativas Castrolanda, Batavo e Capal, a intercooperação que deu origem à unidade de carnes, garante alianças estratégicas em investimentos que oferecem ao cooperado uma alternativa rentável e estruturada no mercado. Além de promover um dos princípios do cooperativismo, operando juntas as cooperativas geram economia de escala e ganham força nos mercados regional, nacional e internacional.

INVESTIMENTO – As cooperativas investiram pesado na unidade. Do total de mais de R$ 200 milhões, 55% foram aportados pela Castrolanda, a Batavo colocou 25% e, a Capal, 20%. Neste modelo de investimento, os cooperados produtores de suínos investem na indústria do resultado na proporção de 40%.

O NOME – O significado da marca – Alegra Foods – foi pensado para que o consumidor associasse os produtos a coisas positivas, como alimentação saudável, bem estar e sabor. Para o grupo de cooperativas, o nome é de fixação fácil, que soa bem ao ouvido e que cativa o inconsciente do público. Além do mais, Alegra sugere alegria, felicidade, contentamento. A marca chegou a ser testada em mercados externos como Caribe, Rússia, Ucrânia, Dubai, China, Singapura, com a intenção de medir a aceitação. E o resultado foi muito positivo, segundo avaliam os executivos. (Com informações da Ascom da Castrolanda)

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Coamo está entre as melhores do agronegócio deste ano

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Brasília (21/10) - Depois de cinco tentativas de criar uma cooperativa em Campo Mourão, em 1970 nasceu a Coamo, hoje a maior da América Latina, primeira colocada no segmento Indústria de Soja e Óleos do ranking Melhores do Agronegócio 2015, como no ano passado. E agora também o prêmio Campeã das Campeãs de 2015.

 
“Quando começamos, eram 79 agricultores, todos da região de Campo Mourão. Hoje, são no total 27,7 mil cooperados no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul”, diz José Aroldo Gallassini, presidente da então Cooperativa Agropecuária Mourãoense. No ano passado, foram 7 milhões de toneladas de grãos e fibras recebidas dos produtores.
 
Primeiro, começaram plantando trigo. Depois, compraram tratores, passaram a oferecer assistência técnica, admitiram agrônomos, foram atrás de sementes de soja no Rio Grande do Sul, além de investirem em armazenagem e unidades de processamento. Hoje, são duas indústrias de esmagamento de soja, que juntas têm capacidade de processar 5 mil toneladas ao dia.
 
Com um pé fincado no sul do país, firma-se no Centro-Oeste. “Estamos terminando o estudo de viabilidade econômica de uma indústria de esmagamento de soja em Mato Grosso do Sul, com capacidade de 3.000 toneladas ao dia”, diz Gallassini.
 
 A Coamo terminou recentemente as obras de um moinho de trigo com capacidade para 500 toneladas ao dia. Possui uma indústria de torrefação e moagem de café. Fabrica óleo bruto, óleo refinado e margarunas de diveros tipos. Exporta e beneficia fibra de algodão. A reportagem completa você lê na edição do Anuário do Agronegócio 2015. Nas bancas a partir do dia 23 de outubro. (Fonte: Globo Rural)
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Seminário apresenta inovações da Suécia para manejo da pecuária de leite

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Curitiba (20/10) – A Embaixada da Suécia no Brasil e o Conselho de Comércio e Investimento da Embaixada promovem o Seminário “Inovações suecas para o manejo da pecuária leiteira”, com apoio do Sistema Ocepar, Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa (APCBRH) e Sindileite/PR. O evento será realizado na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba, no dia 29 de outubro, das 10 às 15h.

Entre os temas abordados estarão “Aumento da lucratividade na bovinocultura de leite”, com o CEO da Legend Connect, Ulf Jaern; “Soluções Perstorp para melhor desempenho, qualidade do leite e lucratividade”, com Lennart Wiklund, da empresa Perstorp; e “Climatização para gado de leite”, com Mariovaldo Silva, gerente de vendas da empresa Munters.

CONFIRMAÇÃO – Os interessados em participar devem confirmar a presença até 22 de outubro pelo e-mail: Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo.. Clique aqui para conferir a programação completa do Seminário “Inovações suecas para o manejo da produção leiteira”. (Fonte: Assimp Sistema Ocepar)

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Modernidade influi na saúde e na sexualidade da mulher

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Chapecó (16/10) – As mudanças e transformações ocorridas na sociedade, nos últimos 30 anos, geraram profundas mudanças de hábitos, costumes e comportamento na vida das mulheres. E essas mudanças impactaram a saúde da mulher e tiveram o câncer de mama como uma de suas manifestações. Essa constatação histórica e sociológica foi o fio condutor da palestra “Saúde e Sexualidade da Mulher” proferida pelo médico psiquiatra Jairo Bouer para cerca de 400 pessoas, nesta semana, no Centro de Cultura e Eventos de Chapecó, em Santa Catarina. A iniciativa integrou a programação do Outubro Rosa, liderada pela Unimed Chapecó em parceria com entidades, empresas e instituições.

Uma didática e esclarecedora preleção inicial e um proveitoso diálogo com a plateia permitiram abordar com objetividade todos os temas relacionados ao câncer de mama e a sexualidade feminina. O médico assinalou que, atualmente, cerca de 90% das mulheres trabalham fora de casa. Grande parte delas têm jornada dupla, sobrando pouco tempo para conviver com marido e filhos. A ausência da mãe leva os filhos aprenderem a ser independentes. Um dos efeitos dessa situação é a precocidade – a partir dos 12 ou 13 anos de idade – com que os filhos se iniciam no sexo, no cigarro e na bebida.

Nessa idade, a iniciação sexual precoce atinge 50% dos meninos e 1/3 das meninas. Pesquisas revelam que apenas 15% das meninas usam corretamente anticoncepcionais e 50% a pílula do dia seguinte. Discutir com os filhos esse e outros assuntos é o desafio dos pais e quanto mais cedo iniciarem, mais fácil será.

Jairo Bouer também abordou as DSTs (doenças sexualmente transmissíveis), lembrando que apesar do Brasil ter o melhor programa de combate à AIDS do mundo, a doença ainda é avassaladora: surgem no País 40 mil novos casos por ano.

Também influencia nesse processo o novo perfil das famílias brasileiras: 25% são formadas por pais separados. Nesse cenário de dupla jornada e muito trabalho, a mulher descuida de sua saúde, atrasa exames e consultas médicas. A sobrecarga de trabalho, as múltiplas responsabilidades, o consumo de tabaco e de álcool faz com que as mesmas doenças do homem – como o câncer e as patologias coronarianas – acometam as mulheres.

O perfil demográfico está mudando, a população envelhecendo, as famílias tendo menos filhos e as separações aumentando. A ansiedade atinge as mulheres separadas que retomam sua vida sexual e sentimental após os 40 anos. O estresse e a depressão, comuns nessa idade, influenciam na doença, que tem 10% de causa hereditária e 90% de causas não hereditárias.

Jairo Bouer mencionou que a expectativa de vida das crianças que nascem hoje é de 100 a 120 anos de vida, porém, mais essencial que a longevidade é a qualidade de vida. Ele é médico-psiquiatra formado pela Faculdade de Medicina da USP e pelo Instituto de Psiquiatria, do Hospital das Clínicas da USP. Trabalha com comunicação há 20 anos e atua com foco na prevenção, saúde e sexualidade dos jovens. Já colaborou com veículos como Folha de São Paulo, Rede Globo, MTV, TV Cultura, Canal Futura, Rede Record, SBT, Jovem Pan, 89 FM, Radio Metropolitana, entre outros.

Atualmente é colunista do jornal Estado de São Paulo, da revista Época, da revista da Cultura, do portal UOL e da Rede Atlântida de Rádios (RS e SC). É autor de 11 livros e áudio-livros, entre eles, o Guia dos Curiosos Sexo (em parceria com Marcelo Duarte, Panda Books) e Sexo & Cia (Publifolha). Pela Panda Books, lançou a coleção Bate-Papo, que traz títulos como Álcool, Cigarro e Drogas, Corpo dos Garotos, Corpo das Garotas e Primeira Vez. (Fonte: Assessoria de Imprensa Unimed Chapecó/SC)

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ENTREVISTA DA SEMANA: MANFRED DASENBROCK

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Celebração global do Cooperativismo de Crédito mostrará cooperação e solidariedade 

Brasília (14/10) – Cooperativas de crédito de todo o mundo celebram, amanhã, o Dia Internacional do Cooperativismo de Crédito. A data ocorre todos os anos, sempre na terceira quinta-feira do mês de outubro. Ela é definida pelo Conselho Mundial de Cooperativas de Crédito, mais conhecido como Wocco (World Council of Credit Unions), na siga em inglês. É, também, a Wocco que define o tema da celebração a cada ano. Em 2015, o mote é Pessoas Ajudando Pessoas.

O tesoureiro da entidade e também representante brasileiro no Conselho Mundial, Manfred Dasenbrock, explica que a celebração é oportuna para evidenciar – tanto à sociedade quanto à concorrência capitalista – que a filosofia do cooperativismo é baseada em cooperação e solidariedade.

Segundo ele, nos momentos de crise, as cooperativas de crédito brasileiras contribuem com a estabilidade econômica e têm sido consideradas, inclusive por movimentos centenários de fora do Brasil, como referências na hora de se relacionar com o cooperado. Confira a entrevista.

Porque é importante para as cooperativas de crédito terem uma celebração internacional?

Manfred Dasenbrock
– Porque o cooperativismo é um movimento que, ao redor do mundo, tem uma grande notoriedade, pois é embasado nos princípios de Rochedale (Inglaterra). E o ramo crédito tem um conceito mais mutual, onde o cooperado é, além de cliente, do negócio. Essa mutualidade é exercitada e, ao longo do tempo, criou raízes, colocando as cooperativas brasileiras em pé de igualdade com grandes sistemas internacionais. O cooperativismo tem no Ramo Crédito uma vertente bastante sólida, o que lhe assegura, historicamente, alguns avanços, inclusive regulatórios. Por isso, da celebração do Dia Internacional do Cooperativismo de Crédito marca a missão de passar uma mensagem diferenciada. A grande razão de celebrar esta data, é evidenciar, especialmente perante a concorrência capitalista, que a filosofia do cooperativismo é baseada em cooperação e solidariedade

A Wocco definiu como tema para este ano Pessoas Ajudando Pessoas. Qual a justificativa?

Manfred Dasenbrock –
A intenção é evidenciar que o cooperativismo é um movimento sem fins lucrativos, que precisa ter sua sustentabilidade, evidentemente, gerando resultados, para fazer frente aos motivos que levaram alguém a ser associado a uma cooperativa ou a criar uma cooperativa. Então, o tema Pessoas ajudando Pessoas, reflete o que é a rotina de uma cooperativa, que está voltada a atender à necessidade de seu sócio. Por esta razão, se consegue fazer mais com menos. E, assim, os movimentos cooperativistas ao redor do mundo, mostram seu papel à sociedade e, principalmente, aos entes reguladores.

Neste cenário de crise econômica, como as cooperativas de crédito podem ser úteis à sociedade?

Manfred Dasenbrock –
Elas são muito úteis e isso precisa ser evidenciado especialmente nestes momentos de crise. É importante que se diga que as cooperativas não têm nenhum viés especulativo. Sua função é atender às necessidades dos associados. Elas existem em prol da necessidade do sócio. E como não há pressão por resultados ou lucros é possível cooperar, exercer o conceito mutualístico do movimento, sendo transparente, mostrando ao associado que também é o investidor, aplicador e tomador, que há bases sólidas dentro desse conceito, sem que haja uma exposição aos riscos de mercado que o sistema capitalista exercita.

Esta data também é um momento de avaliar o setor. Então, quais são os principais desafios do Ramo Crédito no Brasil?

Manfred Dasenbrock
– Acho que o movimento cooperativista de crédito precisa avançar no aspecto normativo, embora a base legal brasileira seja muito boa. O cooperativismo tem um bom relacionamento com o Banco Central, o nosso ente regulador, somos parte do Sistema Financeiro Nacional, mas este segmento normativo precisa sempre de avanços.

Outro aspecto a ser destacado, é o investimento em tecnologia. Isso é algo sempre limitador, então precisamos implementar o tempo todo, até em função da velocidade que este segmento tem no mundo, algo que as cooperativas precisam acompanhar cada vez mais. Este é um desafio constante e não é só pra nós, cooperativistas, mas todos aqueles que estão dentro do SFN.

Outra coisa que precisamos é atrair os jovens. Precisamos descobrir o que eles querem, como pensam e o que precisam. Eles deve encontrar dentro do cooperativismo de crédito um ambiente favorável e confortável para se estar. Isso também passa pelo conceito tecnológico, mas fundamentalmente, pelo comportamento de quem já está dentro do setor, os mais velhos. Precisamos pensar na continuidade do nosso negócio. Esse é um desafio constante e necessário. Assim como a participação da mulher dentro do cooperativismo. Há alguns avanços, mas é necessário ampliar este espaço, considerando a participação delas em outros movimentos cooperativistas do mundo.

Em termos globais, as cooperativas de crédito do Brasil têm trabalhado para se assemelhar a algum movimento do mundo? Qual e Por quê?

Manfred Dasenbrock
– O cooperativismo brasileiro tem buscado fazer é se espelhar em modelos de sucesso, principalmente no aspecto regulatório. Algumas referências que temos são: Alemanha, Holanda, França, Itália, Espanha, Canadá, Estados Unidos e até a Coreia.

Sempre há uma busca por novos conceitos e, as missões que voltam dos países que foram conhecer, tentam tropicalizar todos os conhecimentos adquiridos. Os grupos têm buscado informações e, acima de tudo, estudado a história de cada uma delas. Aquilo que deu errado é facilmente evitado por nós, que somos um modelo novo se nos compararmos às cooperativas centenárias existentes em diversos outros países.

Hoje os modelos brasileiros também têm se firmado no cenário internacional como destaque. Algumas organizações centenárias buscam experiências aqui no Brasil. Eles querem descobrir como melhorar a relação com seus associados. Aqui essa relação é mais humana, mais tropical. E este fortalecimento da relação com o associado, algo que para nós é natural, tem despertado muito a curiosidade de outros movimentos.

Essa relação mais próxima que temos, é sem dúvida alguma um diferencial que constrói bases sólidas para a longevidade de nossos empreendimentos. As cooperativas brasileiras não estão apenas preocupadas com a prestação do serviço, mas com o entendimento da causa. À medida que os nossos associados participam de assembleias, eventos e cursos, se apegam à causa, que tem a ver com cooperação, cidadania, solidariedade, ajuda mútua. Isso não ocorre nas cooperativas centenárias fora do Brasil.

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Segurança alimentar é sinônimo de paz mundial

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Chapecó (9/10) – O cenário macroeconômico, a importância do agronegócio brasileiro, a segurança alimentar e os desafios foram temas centrais da palestra “Perspectivas e desafios do agronegócio brasileiro” ministrada pelo ex-ministro Roberto Rodrigues, ontem, durante o Fórum Catarinense do Agronegócio. O evento ocorreu paralelamente à Expoeste, no Parque de Exposições Tancredo de Almeida Neves, em Chapecó (SC).

Rodrigues explicou que o comportamento das variáveis macroeconômicas afeta a vida e os negócios. Por isso, a necessidade de entender, antecipadamente, os sinais que representam mudanças no ambiente. “Isso possibilita que sejam adotadas estratégias e ações para navegar de maneira mais adequada sobre os mares tempestuosos. É uma questão relevante, contudo não temos estratégia e uma visão de longo prazo, pois estamos sempre apagando incêndio. Neste sentido, compreender os sinais é transformar as ondas que destroem o avanço em oportunidades”, argumentou.

Entre os sinais na conjuntura macroeconômica estão: mudança do eixo do comércio global; desaceleração da economia chinesa; política monetária norte-americana mais restritiva, a depender da recuperação do PIB e dos empregos; dificuldades para lidar com o enorme estoque da dívida na Zona do Euro; políticas defensivas e acordos bilaterais.

Neste contexto, entre os desafios de 2015/2050 está o perfil demográfico com alta expectativa de vida e baixa natalidade que desafiam os sistemas de trabalho e de previdência social. “Isso interfere diretamente no agronegócio em função da questão alimentar da população”, explicou.

O fator positivo é que o Brasil integra um grupo restrito de países com grande potencial econômico (EUA, China, Índia, Rússia e Brasil), com superfície agrícola acima de 140 milhões de hectares, população urbana acima de 80 milhões de pessoas e PIB maior US$ 1 trilhão. Contudo, o Brasil perdeu 18 posições no ranking das economias competitivas do mundo, caindo para a 75ª colocação, segundo o Relatório Global de Competitividade, do Fórum Econômico Mundial (WEF) em parceria com a Fundação Dom Cabral.

Para Rodrigues, o agronegócio sustentará a economia brasileira. A atividade foi responsável em 2014, por 24% do PIB nacional, o que representa R$ 1,18 trilhão; com a contribuição do setor de insumos (12%), agropecuária (29%), agroindústria (28%) e distribuição (31%). O agronegócio também foi responsável pela geração de 30% dos empregos e 43% das exportações em 2014, o que corresponde a US$ 96,8 bilhões. “Nesses indicadores, as cooperativas têm papel fundamental para agregar o valor depois que a matéria-prima sai da porteira”, ressaltou.

Na segurança alimentar, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) projeta que o mundo deverá aumentar em 20% a produção de alimentos para atender o crescimento da demanda até 2020. O Brasil é o país que mais ampliará a produção, com previsão de aumento de 40% no período. Para Rodrigues, o olhar deve ser equilibrado, considerando a adequada distribuição das margens ao longo da cadeia produtiva. “A segurança alimentar garantirá a paz no mundo. O Brasil possui tecnologia, tem disponibilidade de terra e trabalhadores capazes para atender a demanda”, justificou.

Conforme estudo da FGV/EESP, de 1990/91 a 2013/14, a produção de grãos brasileira cresceu 234%, enquanto a área produtiva aumentou em 50%. “Nenhum outro país fez uma revolução tão rápida, o que indica que o Brasil possui a agricultura mais sustentável do mundo”, argumentou.

Na produção brasileira de carnes, Rodrigues também destacou o avanço tecnológico e qualificação técnica, pois no período de 1990/91 a 2013/14 na produção de frango ocorreu um crescimento de 460%, de bovino de 101% e de suíno 225%. “São números reais, que mostram o avanço tecnológico, a eficiência e sustentabilidade do agronegócio”.

Mesmo com números favoráveis para o agronegócio, Rodrigues enfatizou que é possível melhorar os resultados. Para justificar, citou Norman Borlaug (1914-1979), que afirmava que 85% do crescimento futuro na produção de alimentos tem que vir de áreas já em cultivo. A partir de técnicas corretas, economicamente viáveis, socialmente justas e ambientalmente sustentáveis.

Como desafios e riscos para o agronegócio, Rodrigues elencou o prognóstico de custo de produção mais alto para as próximas safras, crédito restritivo e caro, preços de commodities pressionados no mercado externo e margens mais apertadas. “Gerir bem os custos será um diferencial de rentabilidade”, complementou e acrescentou que “o País precisa avançar na política externa e tornar a produção mais competitiva, com custos menores e mais infraestrutura. Além disso, necessitará reforçar o financiamento e o seguro de renda agrícola.

Por isso, o futuro dependerá de uma estratégia articulada de todo o Estado Brasileiro, e ao produtor caberá profissionalizar a gestão de sua propriedade, saber qual é a sua rentabilidade, os resultados obtidos e como eles podem ser otimizados”, argumentou.

O presidente de honra do Fórum e presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC), Marcos Antonio Zordan, destacou a preocupação de ter 1 bilhão de pessoas passando fome no mundo, sendo que até 2050 serão mais de 9 bilhões de habitantes. “O fator positivo é que o Brasil utiliza 7,5% do território agricultável, sendo que nos últimos 10 anos foi ampliada em 26% o território e 156% da produção”.

Zordan ressaltou entre os pontos positivos o excelente status sanitário, excelente genética dos animais, ambiência para produzir com horas do sol e estações bem definidas. “Até 2020 o mundo precisará de 15% de cereais, 13% de carne suína, 19% de frango, 14% bovina e 20% lácteos. “Portanto, nossas perspectivas são as melhores e com auxílio das agroindústrias os produtos vão para os mais diversos países”, complementou.

Entre os desafios, Zordan ressaltou a logística, burocracia, energia mais cara do mundo, insegurança jurídica com invasão nas terras, impostos incompatíveis com a atividade.

Participaram como painelistas, os presidentes da OCESC Marcos Zordan, da Coopercentral Aurora Alimentos Mario Lanznaster; o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (FAESC) e presidente da CIDASC Enori Barbieri e o presidente da Cooperalfa e secretário do Conselho de Administração da Federação das Cooperativas Agropecuárias de Santa Catarina (FECOAGRO), Romeo Bet. A jornalista e correspondente da RBS TV no Distrito Federal Carolina Bahia fez a apresentação do evento e a mediação do painel.

O Fórum Catarinense do Agronegócio foi uma realização da RBS TV com patrocínio da FECOAGRO e FIESC.

PRÊMIO – O gerente executivo da RBS George Fortunato apresentou o Prêmio Catarinense do Agronegócio, que visa descobrir cases de produtores rurais e agroindústrias que se destacaram em 2015. “Os números expressivos do agronegócio catarinense revelam que a atividade é a mais competitiva do país, atrás somente de São Paulo, uma vez que o complexo industrial responde por 38,3% das exportações nacionais”, comentou.

Pelo cronograma, no mês de abril de 2016 será realizada a 2ª edição do Fórum do Agronegócio, de maio a agosto serão realizadas as avaliações dos cases inscritos e nos meses de setembro e outubro haverá premiação dos vencedores. “Nossa região é uma ilha que respira fora da crise e vamos continuar assim, pois daremos mais visibilidade ao agronegócio catarinense”, argumentou. (Fonte: Assimp Sistema Ocesc)

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COOPEMA inicia construção de agroindústria em Manicoré

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A Cooperativa dos Produtores Agropecuários e Extrativistas de Manicoré iniciou no começo de setembro, a construção e implantação de uma Unidade de beneficiamento de polpa de frutas.

O empreendimento tem como principal objetivo promover o incremento na renda das famílias associadas, através do processamento de frutas como açaí, cupuaçu, maracujá, cacau, buriti, taperebá(cajá), laranja, limão, melancia e outras. Os recursos para a construção da agroindústria foram acessados junto à Fundação Banco do Brasil, através da celebração de um convênio que concedeu R$ 1,35 milhões para a cooperativa, originários do BNDES e não-reembolsáveis. A COOPEMA entrou com uma contrapartida de R$ 207 mil. Além disso a cooperativa ainda entrou com o terreno e parte da construção civil complementar, ultrapassando R$ 2 milhões de investimento.

No evento de lançamento da pedra fundamental do empreendimento, realizado no dia 25 de setembro, estiveram presentes o Secretário De Produção Rural, Sidnei Leite, além do presidente do IDAM, Edimar Vizzoli, o presidente da FECOOP Norte e Conselheiro da OCB/AM, José Merched Chaar, e demais autoridades estaduais e municipais. A indústria contará com equipamentos modernos de higienização, classificação, esterilização, processamento e embalagem de polpas, com área de expedição e estocagem e a produção será destinada para o mercado regional e nacional, e para os programas de Compras Governamentais do Governo Federal e Estadual, para os quais a COOPEMA já é um dos principais fornecedores, principalmente de banana, cupuaçu e açaí.

O Presidente da COOPEMA, Sr. Valter Perin, ressaltou a importância da construção da agroindústria: “Atualmente perdemos muita produção na lavoura ou na floresta por conta da sazonalidade e da falta de uma estrutura que permita o processamento e estocagem. Além disso, os preços em período de safra caem drasticamente, diminuindo e até eliminando a rentabilidade. Com o beneficiamento vamos imprimir muito mais qualidade ao produto e agregar valor, gerando maior renda e segurança de mercado para nossos cooperados.” De acordo com Perin, a indústria atenderá prioritariamente as 65 famílias associadas que estão estruturadas para fornecer produção que permita a utilização de mais de 70#$-$#da capacidade instalada da fábrica. Os Cooperados já possuem 20 mil pés de citrus em produção e a cooperativa fomentou junto com a CEPLAC (Comissão Executiva da Plano da Lavoura Cacaueira) o plantio de 560 hectares de cacau através do Sistema Agroflorestal (SAF), que agrega açaí, goiaba, taperebá, café e andiroba. Todos os cooperados produzem melancia e a cooperativa em parceria com o IDAM, está fomentando o plantio de variedades híbridas para aumentar o tempo de safra. Um dos produtos principais a ser processado na indústria será o açaí, que é colhido de forma abundante na região, sendo Manicoré o maior produtor do estado. O projeto prevê que outras 800 famílias extrativistas também serão beneficiadas com a compra de excedentes de produção para que a cooperativa faça a utilização plena da capacidade instalada da indústria.

Mas os investimentos não param por aí. Com a força da união das famílias associadas, a COOPEMA está finalizando a construção de uma balsa com capacidade para transportar 200 toneladas, que servirá para o escoamento da produção até Manaus. Isso possibilitará uma significativa redução de custos e aumentará a competitividade da cooperativa, pois com a otimização da logística a cooperativa poderá negociar e entregar a produção diretamente a supermercados, cozinhas industriais e restaurantes, eliminando atravessadores no transporte e na distribuição. “Nosso foco é oferecer produto de qualidade com entrega garantida para nossos clientes. Não adianta termos uma indústria moderna se não tivermos uma estratégia de distribuição e logística adequada” ressalta o presidente Valter Perin.

A previsão é de que em janeiro de 2017 será realizada a inauguração da Unidade.

Adriano Fassini – SESCOOP/AM