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Entre os dias 7 a 18 de novembro, o Sistema OCB integrou comitiva organizada pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC), vinculada ao Ministério de Relações Exteriores, na missão internacional para capacitar produtores e representantes do governo de Botsuana, na África em contabilidade e custos de produção. Esta é a segunda fase do Projeto de Fortalecimento do Cooperativismo no país. Participaram dos ensinamentos 26 representantes do governo local e da cooperativa de Kweneng Norte. O foco principal do treinamento foi na área de contabilidade com explicações sobre as peças obrigatórias no Brasil como: balanço patrimonial e demonstrativo de resultado do exercício.
Os brasileiros aplicaram metodologia baseada em apresentações e exercícios de fixação e outros temas, como a separação do ato cooperativo do não cooperativo, controles gerenciais e de estoque e contas a pagar e a receber. Fluxo de caixa e custos de produção (custo fixo, variável, direto e indireto) e preço de venda de produtos também compuseram a parte contábil do treinamento.
Os representantes do Brasil perceberam uma série de “dificuldades que limitam o desenvolvimento da cooperativa africana em aspectos internos e externos”, conforme salientado pela Analista de Desenvolvimento de Cooperativas do Sescoop, Neiva Birck. Foi realizado, então, um exercício para o levantamento de problemas e construção coletiva de soluções. No final, a atividade gerou documento para orientar a coop botsuanesa.
A comitiva brasileira também visitou duas propriedades de produtores vinculados à coop, onde analisaram as condições de produção local e as dificuldades operacionais com a utilização de equipamentos e maquinários agrícolas, bem como métodos para controle de doenças e pragas das culturas. Há ausência de assistência técnica, o que poderia “melhorar os processos de produção, beneficiando o manejo e a comercialização dos produtos agrícolas”, relatou o analista técnico-institucional do Sistema OCB, Alex Macedo.
Os participantes do treinamento receberam certificados, no último dia, e teceram elogios ao trabalho de cooperação dos brasileiros. Eles reforçaram, ainda, a importância deste apoio para o desenvolvimento das cooperativas do país, em especial no segmento agrícola.
A agricultura é considerada um setor chave e estratégico para Botsuana, conforme informou em reunião, os representantes do Ministério da Agricultura do país africano, que recebeu e deu as boas-vindas a delegação brasileira. Apontaram ainda que, durante a pandemia, o setor passou por dificuldades em produzir e exportar. Por isso, fortalecer o cooperativismo agrícola é de fundamental importância para a soberania alimentar do país.
Histórico
Botsuana é um país extremamente dependente da importação de alimentos. A importação de hortaliças, por exemplo, representa uma parcela expressiva de tudo que é consumido no país, fazendo da sustentabilidade no setor uma questão de segurança alimentar. Desta forma, o governo busca estimular que os produtores locais se organizem em cooperativas para que se tornem mais competitivos e, assim, possam colaborar com a diminuição do preço de alimentos básicos ao consumidor final.
Por isso, o governo de Botsuana solicitou apoio do governo brasileiro para o fortalecimento das cooperativas no meio rural do país. Como consultora do Brasil, o Sistema OCB foi convidada, a implementar as ações do projeto.
Desde o ano de 2014, técnicos da OCB têm se engajado em atividades focadas no compartilhamento da experiência brasileira em cooperativismo. Em junho daquele ano, a OCB recebeu uma delegação de funcionários do governo e produtores rurais de Botsuana para uma capacitação em doutrina e gestão de cooperativas.
Ao final do curso, os delegados decidiram mobilizar a comunidade de Kweneng Norte para a fundação de uma cooperativa de produtores de horticultura na região. Em dezembro do mesmo ano, uma nova delegação esteve em Brasília para um curso em gestão de cooperativas e manejo de culturas hortícolas, realizado em parceria com a Embrapa Hortaliças.
Nos anos de 2015 e 2017 foi a vez de técnicos do Sistema OCB visitarem Botsuana para oferecer capacitações voltadas para a formação de cooperativas de produtores de hortaliças. O resultado veio em seguida: os produtores rurais decidiram fundar a Cooperativa de Horticultores de Kweneng do Norte, cujo objetivo é servir como modelo que possa ser seguido em outras regiões do país. A cooperativa conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Segurança Alimentar de Botsuana.
Para celebrar as conquistas do movimento cooperativista, o Sistema Ocepar promoveu, nesta quinta-feira (1º), o Encontro Estadual das Cooperativas Paranaenses. O presidente do Sistema OCB, Marcio Lopes de Freitas, prestigiou o evento que reuniu mais de 2 mil cooperativistas para comemorar e traçar as estratégias para 2023. Ele evidenciou que o cooperativismo é o modelo mais alinhado com as perspectivas da atual e futuras gerações.
“O cooperativismo é uma força social e econômica bastante expressiva. Nossos dados comprovam essa força e o movimento já está adequado aos anseios da nova geração, que quer um mundo mais próspero, com uma economia mais compartilhada, mais solidária. Então, nossa intenção é que nosso modelo de negócios esteja presente em todas as discussões, nos mais variados setores e órgãos determinantes da economia”, iniciou o presidente Marcio.
Com a intenção de ocupar mais espaços, ele citou a meta estabelecida para 2027, que é somar 30 milhões de cooperados e movimentar R$ 1 trilhão em prosperidade. “Somos capazes de gerar prosperidade para além do desenvolvimento econômico. Estamos empenhados nisso. Com o nosso programa ESGCoop vamos avançar ainda mais. Faz parte da nossa essência promover o equilíbrio entre aspectos econômicos e socioambientais”, assegurou.
Em relação ao cenário político, Marcio destacou os ganhos para o coop com a configuração do Legislativo federal eleito. “Tivemos um índice de sucesso acima de 80% de manutenção do núcleo da Frencoop [Frente Parlamentar do Cooperativismo]. Isso é a demonstração do fortalecimento da representação do coop na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. E, para além do núcleo da Frencoop, outros 30 candidatos eleitos firmaram compromisso com o cooperativismo. Ou seja, a Frencoop inicia a nova Legislatura com ao menos 50 parlamentares comprometidos. Temos muito trabalho pela frente”, afirmou.
Ele parabenizou o Sistema Ocepar pela mobilização em defesa de novas vozes do coop nos poderes legislativos, com o Programa de Educação Política, que obteve resultados expressivos e conseguiu trazer ao Congresso Nacional nomes de peso para a defesa do cooperativismo. Segundo ele, a expectativa para 2023 é o comprometimento. “Espero que saiam daqui inspirados para construir novos projetos e histórias para suas cooperativas e com comprometimento para um coop mais competitivo, integrado e inovador”, ressaltou.
O presidente da Ocepar, José Roberto Ricken, destacou a expressividade do cooperativismo do estado nas transformações sociais. “Muito mais importante que os resultados econômicos, são as oportunidades que as cooperativas oferecem e que geram renda aos seus cooperados, renda que gera desenvolvimento social e que, por sua vez, proporciona momentos felizes às pessoas e suas famílias”, pontou, acrescentando que, em 2022, o coop foi responsável pela geração de 10 mil novos empregos.
A doutora em Ciências Florestais, fundadora e CEO da Verde Floresta, Mariana Schuchovski, proferiu palestra sobre sustentabilidade, área em que é especialista. Ela observou que é possível manter a competitividade dos negócios e a preservação ambiental com uma gestão responsável. Para ela, os temas estão “intrinsicamente ligados”.
Premiação
A entrega do Troféu Ocepar, instituído há 45 anos, também fez parte da programação do evento. A premiação foi entregue para 46 personalidades que atuam em defesa do cooperativismo, entre elas, o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto. Na parte musical, o Sistema Ocepar convidou a Orquestra de Sopros de Entre Rios e o Coral Infantil da Fundação Cultural Suábio-Brasileira. O evento foi encerrado em grande estilo com show do cantor e violeiro Gabriel Sater, filho do renomado Almir Sater.
O evento contou com a presença dos deputados federais paranaenses Pedro Lupion, Aline Sleutjes, Leandre Dal Ponte, Dilceu Sperafico e o recém-eleito, Geraldo Mendes, além dos deputados estaduais Fábio Oliveira, Cristina Silvestri e Reinhold Stephanes Júnior.
Dados
O estado do Paraná conta com 216 cooperativas que atuam nos sete ramos do coop, de acordo com o AnuárioCoop 2022. Congregando 2,7 milhões de cooperados, 129.585 funcionários, o coop paranaense faturou, em 2021, R$ 153 bilhões e exportou US$ 6,2 bilhões.
A cadeia produtiva do agro e as boas experiências nos sistemas de irrigação trouxeram ao Brasil o ministro da Agricultura do Paraguai, Moisés Santiago Bertoni, acompanhado de sua delegação composta por cerca de 20 pessoas. O grupo formado por técnicos do ministério, representantes do setor produtivo e pelo presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Paraguai visitou, nessa segunda-feira (21), a Casa do Cooperativismo, sede do Sistema OCB, para conhecer melhor o modelo de negócios cooperativista.
A realização da missão foi articulada também pelo Instituto Interamericano para Cooperação em Agricultura (IICA), organização com mais de 80 anos de atuação. A delegação foi recepcionada pela superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, que expôs sobre o cenário político atual e os principais pleitos e contribuições do cooperativismo junto aos poderes Executivo e Legislativo na elaboração de políticas públicas. Zanella detalhou como são promovidas as ações institucionais do Sistema OCB e ressaltou a interlocução com o Parlamento, por meio do apoio à criação e atuação da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop).
A superintendente destacou a importância da capacitação para os cooperados com as trilhas de aprendizagem em EAD, ofertados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop). Ela pontuou também acerca da representatividade do coop brasileiro por meio da Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop). O coordenador do Ramo Agropecuário da OCB, João Prieto, apresentou os números do cooperativismo nas principais cadeias produtivas como café, leite e soja.
O grupo esclareceu dúvidas e seguiu para conhecer os cases de infraestrutura hídrica em Petrolina (PE). Antes, fizeram visita aos ministros da Agricultura, Marcos Montes, e do Desenvolvimento Regional, Daniel Ferreira. Eles estiveram reunidos também com a ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e com o presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Marcelo Moreira.
A experiência da Transposição do Rio São Francisco e de outros empreendimentos com foco na gestão integrada dos recursos hídricos, e a agricultura de pequeno, médio e grande porte são as prioridades da missão da comitiva paraguaia. Eles visitaram, em Petrolina, o Distrito de Irrigação Senador Nilo Coelho, para conhecer as estações principais, aqueduto e toda a rota de captação hídrica.
IICA – O Instituto é especializado em agricultura e tem como missão incentivar, promover e apoiar os esforços dos estados-membros para alcançar seu desenvolvimento agrícola e bem-estar rural,por meio de uma cooperação técnica internacional de excelência. Além do intercâmbio de práticas e informações, a organização promove o fortalecimento das alianças institucionais e a cooperação multilateral.
O Sistema OCB deu boas-vindas aos parlamentares reeleitos e eleitos para a 57ª Legislatura, nesta terça-feira (22), durante o Encontro de Lideranças – Perspectivas 2023, promovido pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). O presidente Marcio Lopes de Freitas agradeceu a todos os deputados e senadores, na figura do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), pela celeridade na aprovação das pautas de interesse do cooperativismo na atual legislatura.
“Todos vocês estão fazendo um trabalho extraordinário na defesa do povo. Juntos, somamos 105 milhões de votos, então, vocês têm a legitimidade do povo brasileiro. Se soubermos organizar nossa força não tem quem nos pare. Esse é o poder do diálogo. Nós cooperativistas temos 18,8 milhões de cooperados e todas as nossas coops têm como objetivo tornar o agro maior e mais sustentável. Por isso, lutamos para reeleger e eleger aqueles que têm compromisso com o nosso movimento”, declarou o presidente.
Dividiram a mesa de abertura, juntamente com Marcio, o presidente da Câmara, Arthur Lira; os ministros das Relações Exteriores e da Agricultura, Carlos França e Marcos Montes, o presidente da FPA, deputado Sérgio Souza (MDB-PR); o vice-presidente da FPA no Senado Federal, senador Zequinha Marinho (PL-PA), a senadora eleita Tereza Cristina (PP-MS); e o presidente da CNA, João Martins. Também estiveram presentes no evento o presidente do Sebrae, Carlos Melles, o presidente do Instituto Pensar Agro, Nilson Leitão, e o coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Embaixador Especial da FAO para as Cooperativas, Roberto Rodrigues, que proferiu palestra sobre a agricultura e a macroeconomia.
Força do Coop
O papel do cooperativismo para o agro sustentável e ganho de escala mundial foi evidenciado pelo ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues. Em sua palestra, ele explanou sobre a geopolítica global e os cenários pós-pandemia e pós-guerra. “Dentro dessa realidade, o futuro está fincado em três temas fundamentais: segurança alimentar; segurança energética, com a transição para a descarbonização; e a questão das mudanças climáticas. Em todos os casos, temos tudo para liderar as pautas”, iniciou Rodrigues.
Ele abordou a evolução da produção agro, que desde os anos de 1990 até agora, apontam o crescimento de 103%. “Como conseguimos isso? A tecnologia tem sido nosso foco, por isso, temos planos como o ABC+ envolvendo toda a cadeia produtiva com energia renovável, tratamento de dejetos e recuperação de áreas degradadas, entre outros”, salientou.
Rodrigues mostrou dados de que o agro, em 2021, representou 27,4% do Produto Interno Bruto (PIB), o equivalente a R$ 2,4 trilhões e de que, nas exportações, o setor cresceu de forma considerável nos últimos 20 anos. “Em 2000, nossas exportações resultavam em US$ 20,6 bilhões e, em 2021, US$ 120,6 bilhões, além de contribuir em 20% dos empregos gerados. Nesta toada, o cooperativismo é a chave para crescermos mais 40%, porque os fatores das demandas persistem”, acrescentou.
De acordo com ele, o cooperativismo já representa 53% da produção de grãos do país, justamente por integrar a cidade e o campo como uma grande alavanca estratégica para crescer e avançar nas exportações e segurança alimentar do mundo. “Isso é extraordinário e o mundo admira tudo isso. O cooperativismo conta com sistemas integrados de produção e comercialização, o que traz mais eficiência e qualidade. No mundo conectado em que vivemos, o consumidor estará no centro das decisões e novas oportunidades de empregos surgirão nesta integração de áreas urbanas e rurais. A agricultura pode oferecer mais serviços e temos tudo para sermos os protagonistas”, endossou.
Coop Agro
O coop agro é responsável por 53,6% da safra nacional de grãos e se destaca na oferta de assistência técnica. Segundo o IBGE, apenas 20,2% do total de produtores rurais é assessorado. Entre aqueles associados a cooperativas, este número sobe para 63,8%. Assim, o coop tem contribuído para os avanços do setor, viabilizando a atividade do cooperado e gerando novos empregos.
O Sistema OCB propôs o desafio de atingir 30 milhões de cooperados até 2027, ano em que também espera atingir a meta de R$ 1 trilhão de prosperidade em movimentação financeira. Para criar novas métricas para o equilíbrio ambiental, social e de governança, também já está em processo de implementação o Programa ESGCoop, corroborando as metas do desafio.
Para o próximo ano, o cooperativismo defende a manutenção e o fortalecimento da atual arquitetura da política agrícola; a garantia de recursos para o Seguro Rural; as políticas de compras públicas da agricultura familiar; e maior investimento público em pesquisa agropecuária.
O Sistema OCB quer evidenciar a valorização do papel das cooperativas no combate à fome, na segurança alimentar e na melhoria da nutrição de sua população, por meio de sua produção agropecuária sustentável. Busca ainda diminuir custos de produção a partir do fortalecimento da cadeia de suprimentos, de forma a garantir um ambiente de segurança de fornecimento de insumos para a produção nacional, além de dar continuidade aos arranjos produtivos que abrangem os acordos climáticos com baixa emissão de carbono e metano, além do cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS/ONU).
A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (29), o Projeto de Lei (PL) 10.273/18, que altera a Política Nacional do Meio Ambiente para adequar a incidência da Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental (TCFA). O tributo é cobrado em ações de controle e fiscalização de atividades com potencial poluidor e que utilizam recursos naturais. A cobrança é realizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Entre as medidas propostas no texto, constam a delimitação da incidência da TCFA às atividades que se submetam ao licenciamento ambiental da União, na medida em que as demais atividades já estão sujeitas à fiscalização de outros entes federativos e o esclarecimento que o contribuinte da taxa é a pessoa física ou jurídica que realiza tais atividades. O texto também busca aprimorar a lista de atividades sujeitas à cobrança da TCFA, a fim de evitar distorções atualmente existentes.
A medida faz parte das prioridades da Agenda Institucional do Cooperativismo. Segundo o presidente do Sistema OCB, “ela é importante porque ajusta o regime de incidência da TCFA à realidade legislativa atual e equaciona o impacto de custo que a taxa atualmente representa para as atividades produtivas das cooperativas ao corrigir distorções que penalizavam empresas e cooperativas de atividades e portes diferentes”.
O autor da proposta, deputado Jerônimo Goergen (RS) e membro da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), considera que a revisão dos critérios de cobrança da TCFA é uma necessidade latente.
Já o relator do projeto na CTF, deputado Marco Bertaiolli (SP), destacou que o projeto “traz racionalidade tanto à Legislação Ambiental quanto à Legislação Tributária, tornando mais claras as hipóteses de incidência da TCFA”.
O projeto segue agora para análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).
Conceder capacitação e auxílio técnico para fortalecer o cooperativismo no Timor Leste é o foco do novo acordo de cooperação firmado, na sexta-feira (25), entre o Sistema OCB, o Instituto Cresol e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC). O programa tem por objetivo promover o cooperativismo para impulsionar o desenvolvimento econômico e social no país asiático, de língua portuguesa, com auxílio na criação de cooperativas de microcrédito para atender, inicialmente, os pequenos produtores familiares.
O Timor Leste é um pequeno país asiático com 1,2 milhão de habitantes e área territorial menor que o estado de Sergipe. O país faz parte da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, a CPLP, e tem o idioma como uma das suas línguas oficiais. Independente da Indonésia apenas em 2002, o país busca impulsionar sua economia e o cooperativismo é tido como uma ferramenta para acelerar o desenvolvimento social dos timorenses.
Por meio da Organização Cooperativista dos Países de Língua Portuguesa (OCPLP), o Sistema OCB tem mantido intercâmbio técnico com as cooperativas de Timor Leste. A OCB é membro fundadora e atual vice-presidente da organização internacional que congrega as organizações representantes de cooperativas dos oito países de língua portuguesa: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
O governo de Timor Leste criou recentemente uma Secretaria Nacional de Cooperativismo, que visa implementar políticas públicas que fortaleçam as cooperativas do país lusófono. Para isso, solicitou o apoio do governo brasileiro, a partir da Agência Brasileira de Cooperação, para capacitar dirigentes de cooperativas dos setores agropecuário, financeiro, de turismo e de pesca.
A Agência Brasileira de Cooperação, órgão vinculado ao Ministério das Relações Exteriores e que tem o objetivo de promover a cooperação técnica do Brasil com países parceiros, convidou a OCB para se juntar ao desafio de contribuir com o desenvolvimento do cooperativismo timorense. O Sistema OCB desenvolve ações em parceria com a ABC há dez anos. Um projeto de cooperação para o fortalecimento das cooperativas de Botsuana é fruto de uma parceria entre as duas entidades.
Por outro lado, o Instituto Cresol tem atuado há quatro anos em projetos de cooperação internacional que fomentam o empoderamento econômico de comunidades rurais por meiodo desenvolvimento de cooperativas de agricultura familiar e microcrédito. Atualmente, o Instituto apoia tecnicamente projetos de cooperação em andamento em seis países da América Latina.
O Instituto foi criado para educar e capacitar financeiramente cooperados, funcionários e membros das comunidades onde as cooperativas ligadas ao Sistema Cresol, presentes em 16 estados da Federação, com seus cursos e treinamentos gratuitos. O instituto congrega atualmente 26.508 alunos e já certificou 265.160 mil pessoas com cursos de gestão de finanças, educação financeira, planejamento e muitos outros. O rico conhecimento adquirido na formação profissional será agora prestado à cooperação internacional.
Em fevereiro de 2023, uma delegação formada por representantes da Agência, do Instituto Cresol e do Sistema OCB realizarão missão prospectiva ao país asiático para iniciar os trabalhos de cooperação. A comitiva será recebida por autoridades do governo de Timor Leste e discutirá com lideranças cooperativistas a metodologia do projeto de cooperação técnica. O objetivo principal da missão será estabelecer um cronograma de capacitações e intercâmbios técnicos, focando as áreas prioritárias: agricultura familiar e microcrédito.
“A cooperação técnica para o desenvolvimento mútuo é um dos principais valores da Política Externa Brasileira. Para nós do Sistema OCB, a cooperação é também um dos sete princípios universais do cooperativismo. Estamos muito encorajados a apoiar o governo brasileiro nesta brilhante inciativa de contribuir para o desenvolvimento socioeconômico de Timor Leste por meio do cooperativismo”, destacou Marcio Lopes de Freitas, Presidente do Sistema OCB e Vice-Presidente da OCPLP.
A participação das cooperativas nos programas do Fundo Geral de Turismo (Fungetur) foi aprovada pelo Plenário da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (23), e segue agora para a sanção presidencial. A proposta, prevista no Projeto de Lei 2.380/21, reformula as diretrizes de operação do Fundo e permite que as cooperativas que atuam no setor recebam este suporte financeiro e fomentem o turismo nacional.
O presidente do Sistema OCB, Marcio Lopes de Freitas, comemorou o resultado e afirmou que a ampliação do acesso aos recursos oriundo do fundo para investimentos e expansão terá, por consequência, aumento na geração de emprego e renda. “Esta é mais uma resposta que o Legislativo dá, reforçando a importância do diálogo entre a OCB e a Frencoop. É o nosso modelo de negócios sendo reconhecido e estimulado no Parlamento. Ganham as cooperativas e se beneficiam as comunidades onde elas estão inseridas”, pontuou.
O presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), Evair Vieira de Melo (PP-ES), também destacou a importância da medida. “Lutamos para que esta proposta, com a inclusão das cooperativas, fosse aprovada com a maior celeridade possível. Estou feliz, pois sabemos que o cooperativismo é fundamental para a nossa economia. Então, reconhecer e conceder melhorias as cooperativas é fazer um Brasil maior e mais forte”, destacou.
Relator do projeto no Senado, o senador Carlos Portinho (PL-RJ), que também é membro da Frencoop, lembrou que a diversificação é sempre positiva para a sociedade. “É fundamental abrir o leque para fomentar cada vez mais setor de turismo. Estou feliz com a aprovação do projeto, com a manutenção da inclusão das cooperativas no rol de entidades que poderão acessar o Fungetur. Essa diversificação é importante para atender todo o setor, desde o micro até o macro”.
O PL 2.380/21 teve origem na Comissão de Turismo da Câmara com a intenção de ampliar os instrumentos de atuação do Fungetur e permitir que os recursos do fundo possam ser utilizados também no compartilhamento do risco de crédito dos mutuários em suas linhas de financiamento, a partir da aquisição de cotas em fundos garantidores, públicos ou privados, participação em Sociedades de Garantia de Crédito (SGC) ou aquisição de cotas de fundos de investimento em direitos creditórios.
Ainda de acordo com o texto aprovado, o novo Fungetur será regulamentado pelo Ministério do Turismo, que definirá como se dará o funcionamento e as condições operacionais para o financiamento dos projetos. Poderão ser financiadas ações de promoção turística, como propaganda e publicidade, e equipamentos e instrumentos para o profissional do turismo, especialmente veículos utilizados por guias. De 10% a 30% dos recursos serão reservados a ações de infraestrutura turística, devendo o saldo não utilizado em determinado ano ser destinado a essas atividades e à elaboração de planos diretores de turismo.
*Com informações da Agência Câmara
O Sistema Unimed, cooperativa referência nacional em serviços de saúde, apoiou a criação de mais uma Cooperativa de Trabalho Médico no DF, nesta quinta-feira (17). A coop foi constituída em assembleia geral, que contou com a presença do presidente da Unimed Nacional, Luiz Paulo Tostes Coimbra, e do diretor-presidente da Unimed Federação Centro Brasileira, Danúbio Antônio de Oliveira. Eles parabenizaram a iniciativa e declararam que vão disponibilizar, neste primeiro momento, suporte físico e jurídico para a nova coop.
Segundo o coordenador de Ramos do Sistema OCB, Hugo Andrade, “a nova cooperativa fortalecerá o Ramo Saúde na capital federal e ampliará a oferta de serviços assistenciais de qualidade. Além disso, reforça a relevância do cooperativismo de saúde e gera novas possiblidades de atuação para os médicos cooperados”.
O evento aconteceu em Brasília e contou com a participação de cerca de 30 dirigentes de diversas especialidades. Na oportunidade, o médico Paulo José Tonello Mendes Ferreira tomou posse como presidente da Cooperativa de Trabalho Médico do DF. A capacidade de atendimento será de acordo com a demanda e disponibilidade dos médicos que vão atuar na cooperativa.
A Câmara Técnica de Energia, do Ramo Infraestrutura, realizou sua última reunião do ano nesta terça-feira (22). O grupo coordenado pelo Sistema OCB fez um balanço das atividades realizadas no período e apresentou o planejamento das ações para 2023. O ramo conta com 263 cooperativas, 1,2 milhão de cooperados e mais de 7 mil colaboradores, sendo que a distribuição de energia elétrica, tema principal do encontro, representa 14% desse total.
O coordenador nacional de Infraestrutura do Sistema OCB, Jânio Stefanello, pontuou, que nova relação será construída com o governo eleito para o avanço da pauta energética e de telecom. Segundo ele, há sinais positivos para o cooperativismo vindos da equipe de transição. “Tenho certeza que as cooperativas de distribuição terão a atenção devida. Temos desafios enormes, mas também muitas oportunidades devido a nossa potencialidade e na geração e comercialização de energia. No próximo ano, precisamos realizar missões para outros países a fim de conhecermos diferentes modelos e melhorarmos nossa gestão e resultados, justamente nos preparando para a abertura total do mercado”, evidenciou.
O coordenador de Meio Ambiente e Energia do Sistema OCB, Marco Morato, fez a abertura e falou sobre o acompanhamento das propostas estruturantes para o ramo junto aos poderes Legislativo e Executivo. Embora o Sistema OCB faça monitoramento de mais de 200 projetos de leis ligados ao tema de energia, ele destacou duas propostas que estão próximas de se tornarem normas.
A primeira trata da abertura de mercado livre e aprimora o modelo regulatório e comercial do setor elétrico (PL 414/21). Este projeto aguarda análise de comissão especial e a matéria conta com emenda do coop (nº 35) apresentada pelo deputado da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), Arnaldo Jardim (Cidadania-SP).
“Temos oportunidades e ameaças quando abordamos a abertura do mercado livre para todos, tanto pelos contratos legados, como pela modelagem de tarifa para o consumidor residencial. A tarifa monômia é um dificultador, temos o desafio de dar transparência e construir estratégias para evitar assimetria de condições, evitando assim que consumidores, cooperados, cooperativas e todo o setor elétrico sejam prejudicados. Segundo o relator do projeto, deputado Fernando Coelho Filho (União-PE), os trabalhos serão retomados a partir de março de 2023”, explicou Morato.
O segundo projeto permite que as cooperativas prestem serviços de telecomunicações como telefonia fixa e banda larga. O PL 1.303/22 nasceu dentro da OCB em 2017, foi apresentada pelo presidente da Frencoop, deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES) e aguarda análise da Comissão de Assuntos Econômicos, do Senado. Segundo Morato, já foram realizadas três reuniões de alinhamento com o relator, senador Eduardo Gomes (PL-SE).
“Em uma destas reuniões identificamos quem são os fatores sensíveis a aprovação. O núcleo jurídico da OCB está construindo subsídios para o senador fazer nossa defesa e apresentar um relatório favorável. A barreira maior para a aprovação é o entendimento equivocado que temos vantagens tributárias e o que queremos explicar é que temos apenas um modelo de negócios diferente, sem vantagens tributárias. Além disso, vamos atender as áreas remotas onde elas não pretendem alcançar”, frisou o coordenador.
Executivo
Na lista de demandas junto ao Executivo, Morato detalhou temas tratados junto ao Ministério de Minas e Energia (MME), que devem ser reapresentados ao novo governo. Entre outras medidas estão a permissão para que as coops autorizadas possam atender público indistinto; revisar o limite de potência da agroindústria; e estabelecer compensação às cooperativas autorizadas a instalações de geração distribuída. Além disso, para estimular a intercooperação, o coordenador destacou a possibilidade das coops permissionárias adquirirem energia diretamente de coligada geradora de energia.
Junto a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Sistema OCB continuará atuando pela regulamentação dos dispositivos da Lei 14.300/22, que trata da Geração Distribuída.
Telecom
Com cadeira no Conselho Gestor do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), o Sistema tem sensibilizado e conquistado importante espaço para “mostrar que o coop pode ser uma ferramenta para levar conectividade ao campo, como fez na década de 1990, contribuindo para a eletrificação rural”, disse Morato.
Neste ano, o Conselho aprovou R$ 651,2 milhões para implementação das políticas públicas de expansão do acesso à internet, em 2023. Entre outras propostas, o colegiado criou o Grupo de Trabalho do Agro, com foco na conectividade rural, e indicou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como gestor do fundo.
Planejamento 2023
Para o próximo ano, o grupo decidiu aprimorar os temas de interesse e apresentá-los ao Legislativo e ao Executivo, bem como continuar a participar da legislação e regulamentação sobre geração distribuída, mercado livre e telecom. Com a possibilidade de firmar convênio junto ao Sescoop, o grupo definirá o escopo e elaboração das etapas com foco no setor energético. A continuidade no Conselho Gestor do Fust para apresentar projetos do coop também é prioridade da câmara temática.
Convênio Sescoop
A analista da Gerência de Planejamento do Sescoop, Juliana Marise, apresentou como pode ser firmado convênios para a promoção de projetos. Ela destacou que todas as coops adimplentes e regulares com o Sistema OCB podem participar. Marise fez explicou a Resolução Normativa 1.994/22, que detalha como apresentar o projeto e fazer a prestação de contas. Em janeiro será publicado comunicado com as datas para apresentação das propostas.
A pecuária ganhou um painel temático no Observatório da Agropecuária Brasileira. A iniciativa traz, além dos dados do segmento, elementos para a elaboração de políticas públicas para uma produção cada vez mais sustentável. O coordenador de Meio Ambiente e Energia do Sistema OCB, Marco Morato, parabenizou a iniciativa e ressaltou que o painel é ferramenta necessária e inovadora.
“Essa ferramenta do Observatório é importantíssima para comprovarmos a sustentabilidade da nossa produção pecuária. A plataforma envolve milhares de dados e os cruza na produção agropecuária como é o caso do Cadastro Ambiental Rural (CAR), com os remanescentes de mata nativa dentro das propriedades e tecnologias que são utilizadas nas áreas. Então, este painel é fundamental para o setor e para os mercados interno e externo”, considerou Morato.
A plataforma estatística e geoespacial apresenta dados classificados por período, região, unidade federativa – com município – e possibilita a identificação de tipos e números do rebanho nacional. A quantidade de estabelecimentos que atuam na pecuária e informações de abate também estão contempladas.
O estudo é auxiliado com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab); Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento da Universidade Federal de Goiás.
O Observatório conta com outros painéis como os de Agricultura Familiar; Agropecuária Sustentável e Meio Ambiente; Aquicultura; Assistência Técnica; Assuntos Fundiários; Comércio Exterior; Crédito Rural; Fertilizantes; Produtos Agrícolas; Programa Nacional de Solos; Sistema Brasileiro de Inspeção; e Zoneamento Agrícola de Risco Climático.
Os comitês de jovens, Geração C, e de mulheres, Elas pelo Coop, se reuniram na última quinta-feira (17) para o último encontro do ano e apresentação de balanço das atividades realizadas durante 2022. Os grupos também debateram ações que devem ser implementadas em 2023 e aprovaram o calendário das próximas reuniões.
Geração C
A coordenadora do Geração C, Jessyca Leon Bolzan, fez a apresentação de fechamento das atividades. Segundo ela, “os jovens querem estar mais conectados e conhecer diferentes realidades e práticas de outras cooperativas”. O comitê fez, em 2022, oficina de projetos, reuniões de planejamento para elaboração do manual para implementação de comitê jovem na cooperativa, verificação do regimento interno e possíveis atualizações. Além disso, o grupo se prepara para, em abril de 2023, eleger a nova coordenação e secretaria executiva.
Sobre o manual, Larissa Zambiasi, destacou que o documento foi feito coletivamente e de forma “enxuta” para que cada coop possa personalizá-lo de acordo com sua realidade. “Dedicamos muitas quartas-feiras nessa atividade e nos baseamos no manual do comitê de mulheres e no da Ocepar para concluirmos o nosso”, esclareceu.
A Gerência de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB está revisando o material para lançá-lo até o final de janeiro de 2023. O relatório de atividades anual do Geração C estará disponível em janeiro e as reuniões bimestrais do próximo ano já estão definidas para 23 de março, 25 de maio, 20 de julho, 28 de setembro e 23 de novembro.
Elas pelo Coop
O coordenador de Desenvolvimento Social de Cooperativas, Guilherme Costa, destacou os feedbacks do Sistema OCB sobre o planejamento do grupo para 2023 e informou a aprovação do kit-comitê, que reúne peças criadas para divulgar desde o passo a passo para criação de um comitê feminino até materiais editáveis pelas coops e Unidades Estaduais apresentarem seus resultados.
“Vocês podem mandar as propostas com os tipos de peças que precisam e passamos a demanda para nossa comunicação. Pode ser desde um card para divulgação de um evento até uma apresentação em slides. O objetivo desta comunicação é reunir mais mulheres para galgarem espaços em cargos de liderança”, evidenciou o coordenador.
Outro ponto de planejamento apresentado pelas mulheres foi a criação do selo Elas pelo Coop, para ser utilizado em assinatura de e-mail e crachás, como forma de reforçar a representatividade das mulheres no coop. O coordenador declarou que repassará para a comunicação do Sistema, que vai elaborar a linha conceitual.
Além de promover intercâmbio de experiências, o Elas pelo Coop quer também ganhar uma categoria no Prêmio SomosCoop Melhores do Ano, de 2024. A ideia é reconhecer cases de mulheres que mudam vidas por meio do coop. O coordenador disse que também vai debater com a representação nacional os critérios e diretrizes para a criação desta categoria.
“Desde a Semana de Competitividade conseguimos multiplicar nossas ações e criar conexões. Estamos com outra energia e o comitê já está refletindo Brasil afora. Em 2023, faremos ainda mais”, garantiu a coordenadora do Elas no Coop, Jamile Guimarães.
Outra iniciativa planejada para 2023 é a realização de palestras de engajamento aproveitando eventos já realizados pelas Unidades Estaduais. Na linha de capacitação, elas, juntamente com o Geração C, vão trilhar conhecimentos acerca da comunicação assertiva e gestão de projetos sociais.
O relatório de atividades de 2022 será disponibilizado em janeiro, bem como as sugestões de alteração no regimento interno do comitê. Com eleição também prevista para abril, o calendário de reuniões foi definido sempre às quintas-feiras, 16h, nos dias 23 de março, 25 de maio, 20 de julho, 28 de setembro e 23 de novembro.
As estratégias que podem ser adotadas pelas cooperativas para explorar melhor as qualidades de seus produtos e serviços, bem como para conquistar mais clientes e mercados, foi tema de debate no Fórum de Mercados do Paraná, promovido pelo Sistema Ocepar. A gerente de Marketing e Comunicação do Sistema OCB, Samara Araujo, dividiu o painel Cooperativismo como Diferencial de Mercado com o diretor-presidente da Opus Múltipla, Rodrigo Havro. O coordenador de Comunicação da Ocepar, Samuel Milléo mediou as exposições.
Samara defendeu que a ampla divulgação do carimbo SomosCoop para ajudar os consumidores a identificar produtos e serviços de cooperativas. Ela falou sobre a estratégia da websérie SomosCoop na Estrada que, de forma descontraída, mostra o dia a dia das cooperativas e como o cooperativismo muda realidades.
“Nosso objetivo é engajar cada vez mais a sociedade em defesa do cooperativismo como um modelo de negócios democrático, inclusivo e que está alinhado às tendências de mercado e do consumidor tanto da atualidade como do futuro. O movimento SomosCoop existe para reforçar o orgulho de quem é de cooperativa e mostrar o que elas fazem em favor do nosso país. E a websérie revela experiências com resultados positivos, que merecem e precisam ser mais reconhecidos e requisitados em larga escala. Afinal, o coop faz muito e faz bem”, destacou a gerente.
O encontro, que aconteceu ontem (17) e nesta sexta-feira (18), teve por objetivo apresentar as informações mais atuais sobre o mercado e ao mesmo tempo incentivar a reflexão dos dirigentes também sobre o marketing das cooperativas paranaenses.
Primeiro dia
A abertura do evento, na quinta-feira (17), contou com a participação do presidente do Sistema OCB, Marcio Lopes de Freitas, e da superintendente, Tania Zanella. Marcio dividiu a mesa com o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, que falou sobre o Plano Paraná Cooperativo 200 (PRC 200), projeto que tem por objetivo movimentar, até o final de 2023, R$ 200 bilhões.
Logo após, os participantes puderam acompanhar a palestra magna do embaixador especial da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO/ONU) para cooperativas, Roberto Rodrigues. Em seguida, foi a vez da exposição da professora do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), Fernanda Mansano, que falou sobre conjuntura macroeconômica. As tendências de mercado também integraram a pauta do evento com a palestra da futurologista do Instituto Superior de Administração e Economia (Isae), Paula Abbas.
Segundo dia
Já nesta sexta-feira (18), o evento teve início com o Workshop Excelência em Serviços, comandado pela professora da Universidade Positivo, Carolina Parolin. Luís Rua, diretor de Mercados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), palestrou sobre Excelência em produtos – proteína animal. O tema Ampliação de Mercados e estratégias de acesso e consolidação de mercados internacionais foi abordado pelo representante da Apex-Brasil, Pedro Netto e pelo especialista em logística, Luiz Dividino. As cooperativas Frimesa, Coonagro e Maltaria dos Campos Gerais (Agraria) integraram o painel sobre Alianças Cooperativas e Impacto de Mercado.
A guerra entre Rússia e Ucrânia já dura mais de 150 dias. Inúmeras vidas foram perdidas e o conflito ainda não parece ter um fim próximo. Cooperativas ucranianas também foram atingidas pelos bombardeios russos e precisam de ajuda para reconstruir um legado de anos.
A União Central das Sociedades de Consumidores de Toda a Ucrânia (Ukrkoopspilka), organização similar ao Sistema OCB, congrega 25 cooperativas de consumo e tem sede na cidade de Kiev. Ela é uma das entidades destruídas pelos bombardeios, entre tantas outras.
Confira o depoimento do presidente da entidade aqui.
Por isso, a Organização das Cooperativas da Ucrânia está fazendo uma campanha internacional para receber ajuda financeira e humanitária de colegas estrangeiros. No Brasil, o Sistema OCB será responsável pelas arrecadações de doações financeiras a serem repassadas para a instituição. Para isso, foi criada uma conta exclusiva para depósito. Confira os dados:
Chave PIX:
Nome: Organização das Cooperativas Brasileiras
“A Ucrânia tem sido vítima de atos injustificáveis com danos pemanentes em grande escala para as comunidades locais. O movimento cooperativo precisa se unir nesse momento para ajudar no que for possível. Sabemos que declarações e estratégias são importantes, mas nesse momento, precisamos, acima de tudo, de ações”, afirma o presidente Márcio Lopes de Freitas.
Ainda segundo o presidente, as cooperativas ucranianas têm funcionado como linhas de proteção para cooperados e suas comunidades ao manter sua principal missão que é a de servir as pessoas. “Precisamos, portanto, nos unir para mostrar que a unidade, a perseverança, a resiliência e a confiança são legados do nosso movimento e que são justamente nos tempos difíceis que nos tornamos mais fortes. Convido todas as cooperativas brasileiras a participarem dessa campanha”, acrescenta.
Não deixe de contribuir. Juntos, construímos um mundo melhor!
Brasília (13/11/20) – O Sistema OCB acaba de prorrogar para o dia 20/11 o prazo para que o público escolha os três maiores influenciadores do país, na temática do cooperativismo. A categoria Influenciadores Coop é uma das novidades da edição 2020 do Prêmio SomosCoop – Melhores do Ano. O prazo terminava nesta sexta-feira, 13. No total, 33 nomes que levam o cooperativismo mais longe – seja em mídias online ou offline – foram indicados pelas Unidades Estaduais do Sistema OCB. Confira quem são:
- Ênio Meinen (DF)
- Evair de Melo (ES)
- José Luiz Tejon (MS)
- Luis Claudio da Silva (PE)
- Marco Aurélio Almada (DF)
- Nathalia Arcuri (SP)
- Rita Mundim (MG)
- Tereza Cristina (MS)
Para escolher o seu favorito, basta clicar aqui.
PREMIAÇÃO
A cerimônia de premiação, quando a ordem dos vencedores em cada uma das categorias do Prêmio será divulgada, será on-line, no dia 24/11, às 17h, no YouTube do Sistema OCB.
O Sistema OCB apoia iniciativa do Banco Mundial para o desenvolvimento do projeto ASGM Co-existência no Brasil. A iniciativa busca desenvolver programas de capacitação e treinamento em comunidades que atuam na Mineração Artesanal e em Pequena Escala (Mape) com base em cinco diferentes eixos: governança; equidade de gênero; melhores práticas na Mape de ouro; meio ambiente e fechamento de mina; e saúde, segurança e gerenciamento de risco. O programa conta também com a divulgação de conteúdo por meio de cartilhas e vídeos educativos.
Entre os objetivos do projeto está a avaliação do conceito de co-existência entre cooperativas de garimpeiros e o setor privado, envolvendo as grandes mineradoras, suas vantagens e riscos para que possam ser considerados como uma opção de modelo de negócio. Outro foco do projeto visa estabelecer mecanismos de diálogo para consolidar as melhores práticas para as comunidades locais responderem às pandemias globais e contribuir para a construção de comunidades de mineração artesanal mais resilientes.
“Como resultados, esperamos ser referência neste modelo de negócios e, ainda, reforçar o cooperativismo como um caminho para uma mineração artesanal e de pequena escala de ouro responsável, legal e sustentável no nosso país. Pretendemos valorizar as questões de igualdade de gênero, econômica, social e ambiental na MAPE de ouro, além de apoiar a redução e eliminação do uso de mercúrio. Também queremos estabelecer um mecanismo de diálogo para disseminar as melhores práticas da mineração responsável junto às cooperativas de garimpeiros de ouro no Brasil”, explica o presidente do Sistema OCB, Marcio Lopes de Freitas.
O projeto é coordenado pelo Núcleo de Pesquisa para a Pequena Mineração Responsável (NAP.Mineração), da Universidade de São Paulo. O financiamento do projeto está sendo efetuado pelo The Extractives Global Programmatic Support (EGPS), do Banco Mundial, referente ao EGPS 2 Emergency Response Window for Artisanal Mining Communities (Janela de Resposta de Emergência para Comunidades de Mineração Artesanal).
O Projeto e os conteúdos das cartilhas foram desenvolvidos sob coordenação do NAP.Mineração/USP com recursos do fundo EGPS do Banco Mundial. Os vídeos foram financiados com recursos do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop). Em breve as cartilhas e os vídeos estarão disponíveis gratuitamente na plataforma de aprendizagem do cooperativismo, a CapacitaCoop e no Site do Sistema OCB.
Parcerias
Além do Sistema OCB, são parceiros do projeto o Norman B. Keevil Institute of Mining Engineering da University of British Columbia (UBC), no Canadá, a Universidade Federal de Viçosa (UFV), a Cooperativa dos Garimpeiros do Vale do Rio Peixoto (Coogavepe) e a Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros do Lourenço (Coogal).
A superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, participou, entre os dias 27 a 29 de outubro, do Simpósio das Unimeds do Estado do Espírito Santo (Suees) 2022. Tania integrou a mesa-redonda sobre Cooperativismo: Oportunidades de Futuro ao lado do presidente do Sistema OCB/ES, Pedro Scarpi Melhorim; do diretor-executivo do Sicoob-ES, Nailson Balla Bernardina; e do diretor-executivo do Sistema OCB/ES, Carlos André de Oliveira.
“Foi muito proveitoso, pois mais uma vez mostramos a força do cooperativismo e como o Sistema OCB tem atuado junto a Unimed para vencer desafios e aproveitar as oportunidades de mercado. Tratamos de temas relevantes como a participação na elaboração de políticas públicas para o setor e também debatemos sobre as parcerias público-privadas (PPPs), que já são realidade em alguns estados”, declarou a superintendente.
A abertura do evento ficou a cargo do presidente nacional da Unimed, Omar Abujamra Júnior. O ex-governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, apresentou palestra com o tema E agora, Brasil, o futuro chegou? O CEO da Bradesco Asset Management, Bruno Funchal, falou sobre as Perspectivas atuais da economia mundial e brasileira. Já o sócio-líder da Life Sciences & Health Care da Deloitte Brasil, Luís Fernando Vieira, expôs sobre As novas perspectivas para o mercado de saúde e Rodrigo Vilar, CEO da Iniciativa Fis, palestrou sobre Inovação em Saúde.
Além da apresentação de cases de sucesso, no último dia de evento, os participantes acompanharam as palestras de Martha Gabriel sobre o Futuro da Saúde; da líder de projetos em PPP na PMCanoas, Larissa Junckes, que tratou das Oportunidades para as cooperativas Unimed nas PPPs; além da mesa-redonda sobre as Oportunidades e Ameaças para o Setor de Saúde, que contou com abordagens dos doutores Jordana Miranda, Jeber Juabre e Daniel Albuquerque. A moderação ficou por conta de Eduardo Amorim.
A Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) é o carro-chefe da Cocamar. A metodologia adotada permite o cultivo de variados grãos na mesma área, evitando esgotamento do solo e reduzindo a emissão de gases que contribuem para o efeito estufa. Com isso, os produtores garantem aumento da renda com a policultura de soja, milho, trigo, café, laranja e, ainda, um bom pasto para o gado.
A aplicação desta e de outras ações adotadas na produção agropecuária da Cocamar será apresentada na 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas, a COP27, na última sexta-feira (11) no painel A importância das cooperativas para o agro sustentável, coordenado pelo presidente do Sistema OCB, Marcio Lopes de Freitas. Desde 1997, a cooperativa está inserida na metodologia ILPF.
“Os produtores começaram a procurar a cooperativa questionando porque não poderiam plantar na areia (arenito), já que as terras roxas estavam ocupadas. Então, arranjamos uma maneira de plantar no arenito. Procuramos o governo do Paraná e a Embrapa, a solução veio e hoje o projeto é nacional”, conta o presidente da Cocamar, Luiz Lourenço. A motivação inicial foi a possibilidade de plantio em terrenos arenosos.
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A Coplana foi a primeira cooperativa a implantar uma Central de Recebimento de Embalagens de Defensivos, em 1994. A iniciativa inspirou a criação da Lei 9.974/00, que trata da logística reversa das embalagens. Com isso, o Brasil se consolidou como modelo para o mundo ao alcançar o primeiro lugar em devolução de embalagens.
A cooperativa expôs esse e outros cases de sucesso na implementação de soluções ambientais em seu processo produtivo, na última sexta-feira (11), no painel A importância das cooperativas para o agro sustentável, mediado pelo presidente do Sistema OCB, Marcio Lopes de Freitas, na 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP 27).
“No cooperativismo o trabalho é coletivo, então temos uma série de produtores engajados em fazer uma produção limpa e sustentável. Isso gera ganhos para o meio ambiente e dividendos para os cooperados”, diz o presidente da Coplana, Bruno Rangel.
Conheça mais sobre as ações adotadas pela coop aqui.
O protagonismo nos ramos Transporte e Consumo do cooperativismo italiano motivou dirigentes brasileiros a realizarem missão internacional para conhecer melhor como se desenvolveu os modelos destes segmentos no país europeu. Nesta semana, em Roma, o Sistema OCB acompanhou 25 dirigentes do Ramo Transporte, que conferiram as oportunidades e soluções em mobilidade; e 11 do Ramo Consumo, que, além da visita às cooperativas sociais, participaram também da feira Ecomondo. Os dois grupos conheceram a sede da Aliança Cooperativa Italiana que, similar ao Sistema OCB, congrega três confederações cooperativas: do agro; social e cultural.
“A visita foi muito positiva, o cooperativismo brasileiro e o italiano têm boa relação há tempos. Esta missão foi importante para trocarmos conhecimentos e soluções, em especial, para o coop de transporte e no segmento de reciclagem. Em novembro, já agendamos uma reunião virtual para discutir as oportunidades de complementação de serviços das cooperativas de transporte do Brasil e da Itália”, informou o coordenador de Relações Internacionais, João Martins.
Anfitriões
Os brasileiros foram recepcionados no Palácio do Cooperativismo, como é chamada a sede da Aliança Cooperativa Italiana, pelo diretor da Federação Nacional de Trabalho e Serviços da Confederação Italiana de Cooperativas, Antonio Ambrosio; pela responsável por Assuntos Legislativos da Associação Nacional de Cooperativas de Trabalho e Serviços, Chiara Rinaldi; pelo responsável pelo Programa Nacional de Jovens Empreendedores Cooperativistas, Matteo Bettoli; pelo presidente da cooperativa de transporte SACA, de Bologna, Passini; e pela chefe do Departamento de Relações Internacionais da Aliança Cooperativa Italiana, Danila Curcio.
Aliança italiana
A Aliança Cooperativa Italiana congrega as três confederações principais do país. A Organização das Cooperativas Rurais abarca pequenos produtores agrícolas e grandes produtores industriais. Já a LigaCoop, representa as chamadas cooperativas sociais, formadas por trabalhadores que prestam serviços ao governo italiano para formação de políticas públicas de amparo para pessoas em situação de vulnerabilidade, com atendimento em asilos, orfanatos e até mesmo com habitação para imigrantes até sua regularização no país. A Associação Geral de Cooperativas da Itália (AGCI), por sua vez, presta serviços ao governo no setor cultural, com a organização e amanutenção de parques e cidades históricas e turísticas.
O coop italiano
Considerado um dos movimentos mais avançados do mundo, o coop italiano tem participação significativa na economia do país. As cooperativas agroindustriais, por exemplo, exportam, anualmente, € 6 bilhões em produtos agrícolas de alto valor agregado como vinhos diferenciados e certificados; alimentos frescos para toda a União Europeia, Norte da África e outras regiões. Entre as curiosidades, o Ramo Consumo é responsável pela maior rede de supermercados do país.
Israel
Os dirigentes do Ramo Transporte seguiram para Israel para conhecer com mais profundidade as soluções de mobilidade inteligente com a utilização de aplicativos e organização da cadeia logística para o transporte de passageiros e cargas.
Conectar, fortalecer e divulgar as oportunidades e os desafios das coops de energia é o foco do Panorama das Cooperativas de Geração Distribuída 2022, divulgado nesta quinta-feira (27). O estudo é uma parceria entre o Sistema OCB, a Confederação Alemã das Cooperativas (DGRV) e o Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas na América Latina (Ideal). Das atuais 35 coops do segmento, 28 responderam ao questionário online que resultou no documento. As coops atendem mais de 9 mil residências e comércios com sua geração de 19.854 kw, em um processo que envolve mais de 24 mil cooperados.
A energia cooperativa está presente em 70% dos estados brasileiros e as coops pretendem expandir a quantidade de usinas nos próximos anos para tornar o modelo mais comum e acessível para toda a população. A geração de energia fotovoltaica predomina em quase todas as regiões do país. Apenas 5 das 28 pesquisadas já trabalham com mais de uma fonte de geração. A maior diversidade está na região Sul do país.
Confira matéria completa sobre o panorama no site Cooperação Ambiental.