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Coops de infraestrutura são referência em distribuição de energia e internet

A relevância dos serviços de distribuição de energia elétrica e internet prestados por cooperativas gaúchas motivou os coordenadores de Meio Ambiente e Energia e de Ramos da Gerência de Relações Institucionais, Marco Morato e Hugo Andrade, a visitarem nesta semana as sedes da Coprel e da Ceriluz para conhecerem as obras de infraestrutura e novos projetos. Os coordenadores foram acompanhados pela engenheira de Energia e trainee do Ramo Infraestrutura, Thayná Côrtes Pereira.

“Achei fantástica essa visão da Coprel de criar um braço voltado apenas para soluções. Isso é a materialização de ouvir os cooperados e entender o processo. Quando você presta esse tipo de serviço, significa que tem uma afinação muito grande com o seu público e que está entregando uma solução, facilitando a vida dele e criando um novo negócio, com novos colaboradores, gerando emprego e renda ali na região”, parabenizou Morato.

De acordo com ele, as ações das cooperativas de energia simbolizam grande potencial para o futuro do coop. “Acreditamos muito na evolução do Ramo Infraestrutura, que hoje reúne 20 milhões de cooperados vinculados ao Sistema OCB. Então, somos 20 milhões de consumidores de energia. É essa a nossa aposta: que nossas cooperativas de infraestrutura sejam capazes de suprir todo o cooperativismo”.

Já Hugo Andrade expressou estar impressionado com a pluralidade de atuação das coops. “Elas são referência e mergulhar um pouco no funcionamento desses processos é uma experiência muito rica para nós que atuamos junto aos órgãos reguladores e normatizadores. Certamente voltaremos para Brasília munidos de informações para avançarmos ainda mais no Ramo Infraestrutura, que é bem abrangente”, declarou.

As impressões da engenheira de Energia, Thayná, também foram positivas. “O mais interessante foi observar de perto como a cooperativa se preocupa com os anseios dos cooperados. A demanda telecom chegou, e mesmo sendo coops de energia, elas pensaram: o cooperado precisa e a gente vai fazer. Muito importante integrar várias atividades e desenvolver comunidades, municípios, além de ofertar serviços de grande importância com qualidade”, considerou.

Na Coprel, a comitiva foi recepcionada pelo presidente da associação e também da Confederação Nacional das Cooperativas de Infraestrutura (Infracoop), Jânio Stefanello; e pelos facilitadores Edson Pedrotti, Herton Azzolin, Luis Fernando Volpato, Marcos Eidt e Mateus Stefanello. O grupo também visitou as obras da da PCH Tio Hugo. Já na Ceriluz o grupo foi recebido pelo presidente, Guilherme Schmidt de Pauli, e dirigentes, além do presidente da Cooperluz de Santa Rosa, Querino Volkmer, e pelo presidente da Certhil de Três de Maio, Celso Benedetti. Na visita à Ceriluz, os coordenadores e a trainee visitaram ainda as obras da PCH Linha Onze Oeste. Em Coronel Barros, visitaram a barragem, o túnel e a casa de máquinas.

Ceriluz: A Ceriluz atende 24 municípios da região Noroeste do Rio Grande do Sul com as usinas: Central Geradora Hidrelétrica (CGH) Nilo Bonfanti, em Chiapetta; Pequena Central Hidrelétrica (PCH) José Barasuol e PCH RS-155, ambas em Ijuí/; além da parceria com empresas de Sociedade de Propósito Específico (SPE), de geração de energia.  A coop conta também com as subestações Chorão, em Ijuí e São Jacó, em Santo Augusto. Em números gerais, a cooperativa possuiu  4.095 transformadores monofásicos; 1.021 transformadores trifásicos; 42.690 postes de concreto; 3.144 km de rede de média tensão e 1.039 de baixa tensão.

Coprel: Já a Coprel, com 55 anos de atuação, atende 72 municípios com 17.998 km de rede, 183 postes; 17.167 transformadores; 12 usinas; 4 subestações. Atende ainda  43 municípios com seus serviços de internet. A coop já se consolidou no mercado gaúcho como referência em internet, telefonia, TV por assinatura e soluções para seus cooperados e consumidores residenciais e empresariais.    

 

 

Sistema OCB, ANM e MME finalizam treinamentos para as coops minerais

Sistema OCB, ANM e MME finalizam treinamentos para as coops minerais

O Sistema OCB, em parceria com a Agência Nacional de Mineração (ANM) e o Ministério de Minas e Energia (MME) concluíram, na última semana, dois treinamentos para preparar os garimpeiros cooperados para a mineração responsável. Os cursos sobre Cooperativismo na Mineração Artesanal e em Pequena Escala (Mape) e Direito Minerário e Cooperativismo foram aplicados em Mato Grosso, Roraima e Pará com a mobilização dos sistemas OCB/MT, OCB/RO e OCB/PA, além do apoio da Federação de Cooperativas de Garimpeiros do Pará (Fecogap) e da Federação de Cooperativas de Mineração do Mato Grosso (Fecomin).

“Os cursos contribuem para sinalizar para a sociedade, mídia, garimpeiros, cooperativas, poder público, parlamentares e outros interessados, a preocupação, integração das instituições e parceiros, em preparar os garimpeiros e suas organizações para realizar uma atividade cada vez mais responsável com o meio ambiente e com as pessoas”, destaca o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.

O coordenador Nacional da Câmara Temática das Cooperativas Minerais do Sistema OCB, Gilson Camboim, observou que os treinamentos trouxeram um diferencial ao contar com a participação de dois órgãos estratégicos na elaboração das políticas públicas e regulação do setor. “A presença de servidores da ANM permitiu esclarecer dúvidas dos participantes e permitiu orientar sobre as atuais mudanças regulatórias em curso pela ANM que afetam o setor. Além disso, a participação do Ministério de Minas e Energia, que trabalha com as políticas públicas para o segmento, possibilitou que o órgão conhecesse mais a fundo a realidade das cooperativas para melhor atender nossa realidade”, frisou Camboim.

O assessor da Diretoria Colegiada da ANM, Luís Mauro Ferreira, reforçou que a ideia foi levar os conhecimentos e os avanços da legislação para as cooperativas de garimpeiros para trazer luz de como estes garimpeiros cooperados estão inseridos no mercado nacional da produção mineral. “O grande gargalo no setor de mineração é a falta de conhecimento. No momento, temos um impacto muito forte na imagem negativa da atividade garimpeira junto à sociedade, e queremos resgatar essa imagem, mostrando os impactos positivos do setor”, considerou.

Os cursos

Ao todo, os cursos contaram com a participação de 110 pessoas - entre presidentes, dirigentes e funcionários – de cerca de 25 cooperativas minerais. O grupo foi composto ainda por servidores públicos de secretarias estaduais e municipais de Meio Ambiente, de Desenvolvimento Econômico, de companhias de mineração, de entidades representativas e prestadores de serviços que atuam no setor.

O curso Mape Sustentável teve carga horária de 8h e buscou nivelar o conhecimento sobre as cooperativas minerais com a perspectiva de facilitar o atendimento e a orientação ao setor, bem como debater o que é Mape, as políticas públicas para o setor e os desafios de se realizar uma atividade responsável. Já o de Direito Minerário e Cooperativismo, com carga de 16 horas, foi ministrado pela ANM e repassou conhecimentos da legislação e das normas relacionadas à atividade. O objetivo foi auxiliar o desenvolvimento de capacidades para interpretar os instrumentos jurídicos, os direitos e deveres dos garimpeiros, além de detalhar os papéis das instituições.

Outras ações

O Sistema OCB continuará atuando em defesa da organização da mineração artesanal e em pequena escala, bem como para demonstrar como o cooperativismo é um importante instrumento para a formalização da atividade mineral no país.

Para aqueles que pretendem entender melhor os aspectos de governança, saúde e segurança, meio ambiente e fechamento de minas, igualdade de gênero e boas práticas de extração de ouro no contexto das cooperativas minerais, o Sistema OCB concede livre acesso ao Programa de Capacitação para as Cooperativas Minerais.

imagem site coop

Sistema OCB recebe delegação de Senegal para visitas a coops agro

Com o objetivo de conhecer na prática o processo produtivo agropecuário das cooperativas brasileiras, uma comitiva senegalesa realizou visita ao Brasil, nesta semana, com apoio do Sistema OCB. O grupo veio conferir a atuação das coops na produção de rações animais e amendoim, bem como identificar as boas práticas adotadas na gestão e governança das atividades. Na agenda da delegação constou ainda visita à Agrishow – evento referência em feiras do agro na América Latina, em Ribeirão Preto, São Paulo.

“Com muita alegria recebemos esta delegação, porque o cooperativismo tem como princípio o desenvolvimento e bem-estar de todas as pessoas do mundo. Sabemos da nossa expressiva contribuição nacional na produção agropecuária e almejamos repassar nossos conhecimentos e práticas para que outras nações avancem neste e em outros segmentos. Nesta semana eles puderam conhecer não apenas as práticas cooperativistas, como também puderam acompanhar de perto uma das maiores feiras de agronegócio do mundo. Certamente retornarão ao Senegal munidos de informações para impulsionar o agro daquele país”, ressaltou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.

A delegação teve a oportunidade de conhecer a planta de processamento de amendoim da Coplana, em Jaboticabal. A cooperativa é uma das maiores exportadoras brasileiras do produto. Na sequência, o grupo foi recebido pela Coopercitrus, uma das maiores cooperativas paulistas, em sua área de produção de ração na cidade de Colina, considerada a mais moderna do Brasil. A comitiva conheceu ainda o processo de produção de ração da Coplacana, em Piracicaba. Os senegaleses puderam avaliar de perto, a estrutura de captação e distribuição da cooperativa.

Na Agrishow, a delegação foi recebida no estande do Sistema Ocesp e teve acesso a detalhes sobre as cooperativas paulistas. A comitiva manteve, ainda, reuniões com empresas de tecnologia no segmento da produção de ração.

 

Parceria entre OCB e ABC

A recepção da comitiva foi um pedido da Agência de Cooperação (ABC) – órgão vinculado ao Itamaraty, para organizar as visitas. Junto ao Senegal, a ABC tem mais de 40 projetos desenvolvidos sob a alçada da Cooperação Sul-Sul e, atualmente, executa seis projetos nas áreas de alimentação escolar, produtividade agrícola e treinamento militar.

A relação diplomática entre Brasil e Senegal é ampla e tem mais de 60 anos. Os países se apoiam em assentos de representação internacional e regional, assim como em acordos de cooperação técnica.

O intercâmbio comercial alcançou, em 2019, USD 140 milhões, com saldo positivo para o Brasil de USD 135 milhões. Entre os principais produtos exportados estão arroz trincado, açúcar refinado, ovos para encubação, óleo combustível e papel e cartão.

 

Coop no Senegal

O país conta com o Escritório para Observação das Organizações de Autopromoção - órgão de registro e controle estatal das cooperativas – e com a Rede das Organizações Camponesas e Pastorais do Senegal, que é a união de cooperativas rurais senegalesas.

O agro é expressivo e 70% dos agricultores são cooperados. Embora sem membros na Aliança Cooperativa Internacional (ACI), o Senegal recebe apoio de diversas organizações de fomento ao cooperativismo, como o Programa de Parceria Cooperativa e Mútua da Sociedade de Cooperação para o Desenvolvimento Internacional, do Canadá.

Participaram da missão, os conselheiros técnicos do Ministério da Agricultura, do Equipamento Rural e da Soberania Alimentar de Senegal, Ed Hadji Mamadou As Thane e Amadou Balde; o diretor-geral da Empresa Sahelliana de Distribuição e do Agronegócio (SEDAB/SARL), Moulaye Kande; o vice-presidente do Conselho Departamental de Kolda, Younoussa Mballo; e o diretor de Produção da Sodefitex, Oumar Karass Sall.

Representando o Brasil estavam a oficial de Chancelaria da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), Myriam Thereza Casemiro Sotto Mayor Abitam e o coordenador de Relações Internacionais do Sistema OCB, João Marcos Silva Martins.

Fundo do Clima: Inclusão das coops de crédito na operação segue para sanção

O Senado Federal confirmou, nesta terça-feira (2), a inclusão das cooperativas de crédito no rol de instituições financeiras autorizadas a operacionalizar os recursos do Fundo Nacional sobre Mudanças do Clima (FNMC). A participação já estava prevista no relatório da Medida Provisória 1.151/22, quando foi analisada pela Câmara. Como não recebeu alterações no Senado, o texto segue para sanção presidencial.

“Certamente a capilaridade das nossas cooperativas de crédito vai contribuir de forma significativa com os projetos de sustentabilidade em todo o país. Esta é mais uma resposta do Parlamento em defesa do cooperativismo e do que ele pode fazer pelo bem de todos. A medida também fortalece nosso programa ESGCoop, que busca promover as boas práticas de respeito ambiental, cuidado social e boa gestão”, declarou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), responsável por gerir o Fundo do Clima, fará a habilitação das instituições para atuar nas operações de financiamento. Antes da medida, apenas agentes financeiros públicos, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, tinham acesso ao fundo.

A matéria altera as Leis de Gestão de Florestas Públicas (11.284/06), para que a comercialização de créditos decorrentes da emissão evitada de carbono em florestas naturais seja parte integrante da concessão, tornando-a mais atrativa; do Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (11.516/07), para prever mecanismos de desenvolvimento e comercialização dos créditos de carbono e serviços ambientais de forma ampla; e do Fundo Nacional sobre Mudanças Climáticas (12.114/09), para permitir a ampliação do número de agentes financeiros, além do BNDES, para o financiamento com recursos do Fundo Nacional sobre Mudanças do Clima.

O senador Jorge Kajuru (GO) relator da proposta, defendeu que “ela permite ainda o acesso ao patrimônio científico, para fins de pesquisa e desenvolvimento, bioprospecção e comercialização de créditos de carbono enviados em florestas naturais. Essa lei é um instrumento econômico ambiental, para promover a exploração sustentável das florestas públicas”.

Na Câmara, o relator da MP foi o coordenador de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), deputado Zé Vitor (MG). Ele reforçou que a medida está diretamente ligada ao compromisso mundial de reduzir, até 2030, as emissões de carbono em 50% e, até 2050, em 100%.

Para o parlamentar, esta é mais uma forma de fortalecer o desenvolvimento sustentável. “O texto tem o aval de líderes partidários, órgãos de gestão ambiental do Poder Executivo e de diversos representantes da iniciativa privada e da sociedade civil organizada. Ele leva em consideração as perspectivas dos setores produtivos, financeiros e da academia. A habilitação de novos agentes financeiros para operar o fundo também traz nova conceituação de ativos ambientais”.

Cooperativas de reciclagem do Pará querem reproduzir boas práticas adotadas no DF

O processo de gestão e comercialização de resíduos sólidos coletados por cooperativas de reciclagem do Distrito Federal foi o ponto focal da visita de um grupo de 28 catadores e catadoras que atuam em mais de 10 cooperativas de reciclagem no Pará. O intercâmbio de conhecimentos aconteceu entre os dias 8 a 10 de maio e, além da troca de experiências, a comitiva acompanhou apresentações sobre o cenário coop e as atividades de reciclagem proferidas pelo Sistema OCB, pela OCDF e pela Central das Cooperativas de Trabalho de Catadores do Distrito Federal (Rede Alternativa).

Grupo de catadores e catadores em visita ao Sistema OCB
Catadores e catadores em visita ao Sistema OCB

A comitiva visitou ainda as coops Recicle Vida, CentCoop, Ecolimpo, Recicla Mais Brasil, a Usina de Tratamento Mecânico Biológico do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e aterro sanitário localizado em Samambaia. Os principais pontos turísticos da capital também foram percorridos em um city tour preparado especialmente para o grupo.

A partir da observação, acesso a informações e dados relevantes destas organizações, o grupo pode construir ativos de comparação suficientes e necessários para posterior análise crítica e promoção da melhoria da atividade no Pará. Questionamentos sobre perfil de cooperados; processo de formação das coops; perfil das coops que integram as centrais; processo gerencial e produtivo; impactos positivos ao meio ambiente; sistema de coleta, tratamento e destinação de resíduos; entre outros fizeram parte do intercâmbio.

Recepção e Boas-Vindas do Sistema OCB às Cooperativas de Reciclagem do Pará
Recepção do Sistema OCB às coops de reciclagem do Pará

A visita foi solicitada pelo presidente e pelo superintendente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol e Júnior Serra. Segundo Raiol, as adversidades para sensibilizar o cooperado em relação à gestão, às necessidades de atuação no mercado e as melhorias na atividade são algumas das deficiências do coop de reciclagem no estado. “Essas deficiências precisam ser sanadas e com esse intercâmbio buscamos soluções do que vem sendo desenvolvido para que fiquemos atentos e preparados para rever nosso desempenho e nos manter competitivos no mercado”.

Ainda de acordo com o presidente, após o apanhado de conhecimentos, o segmento no Pará pretende provocar e despertar o setor, qualificando os dirigentes com exemplos reconhecidos e inspiradores de modo que as estratégias bem-sucedidas e práticas de gestão, produção e condução dos negócios possam se tornar realidade. “O desdobramento deste intercâmbio fortalecerá nossas articulações político-institucionais de incentivo fiscal e tributário. Isso beneficiará todas as pessoas envolvidas no processo de reciclagem realizado pelas coops do Pará”, complementou Raiol.

Para Wesley Faustino, presidente da Cooperativa dos Catadores de Recicláveis na cidade de Marabá (Corema), o intercâmbio foi muito produtivo. “Temos agora mais bagagem para gerir melhor nosso negócio. Aprendemos muito sobre gestão e governança e que sem esses pilares a cooperativa não prospera. Também aprendemos sobre a importância de atuar em rede porque juntos somos mais fortes e podemos ir mais longe. Esses dias em Brasília nos proporcionou um conhecimento que não tínhamos até então. Foi um grande aprendizado”, afirmou.

Maria do Socorro Ribeiro, presidente da Associação de Catadores da Coleta Seletiva de Belém (ACCSB), se emocionou ao descrever o resultado das visitas. “Trabalhar em rede é extraordinário. Só aprendi coisas boas e que podem nos ajudar muito a aprimorar nosso trabalho na cooperativa. Volto levando uma mala de conhecimentos e aprendizados”, ressaltou.

Visita ao Aterro Sanitário localizado em Samambaia/DF
Visita ao Aterro Sanitário localizado em Samambaia/DF

Participaram do encontro a Cooperativa de Trabalho dos Profissionais do Aurá (Cootpa);  Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis Visão Pioneira de Icoaraci (Cocavip); Cooperativa de Reciclagem Concaves;  Cooperativa de Trabalho de Catadores de Resíduos Sólidos da Amazônia (Coopersam); Associação de Catadores da Coleta Seletiva de Belém (ACCSB); Cooperativa de Trabalho dos Catadores de Materiais Recicláveis das Aguas Lindas (Cootaral); Cooperativa Filhos do Sol; Cooperativa dos Catadores de Material Reciclável de Vigia de Nazaré (Recicron); Cooperativa Recicla Ourilândia (Reciclaourilandia); Cooperativa de Materiais Recicláveis Árvore da Vida (Árvore da vida); Cooperativa dos Catadores de Recicláveis na cidade de Marabá (Corema); Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis (Cooperlimpa).

Elói Corrêa/GOVBA   Fonte: Agência Câmara de Notícias
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Política Nacional de Saúde Bucal é sancionada

A Presidência da República sancionou nessa segunda-feira (8), a Lei 14.572, que institui a Política Nacional de Saúde Bucal no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). A norma integra a lista prioritária da Agenda Institucional do Cooperativismo e vem beneficiando 3,5 milhões de pessoas com os serviços prestados pelas coop odontológicas, segundo o último Anuário Coop.

De acordo com o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, a definição de uma política nacional para prevenção e tratamento bucal são fundamentais para transformar realidades que prejudicam, inclusive, o pleno exercício da cidadania brasileira. “Estudo realizado pelo Ministério da Saúde e a Universidade de São Paulo (USP) aponta que metade dos brasileiros entre 35 e 45 anos já perderam ao menos 12 dentes. A pesquisa revela ainda que 80% dos idosos têm menos de 20 dentes na boca. Essa lei representa um comprometimento com o bem-estar das pessoas, em especial, as mais vulneráveis”, destacou.

Márcio Freitas lembrou ainda que o cooperativismo pode ser um parceiro estratégico do Estado para consolidar um atendimento de qualidade em estruturas que podem ser compartilhadas, expertise natural para o movimento. “Para nós, cooperativistas, é fundamental que nossos cidadãos possam ter uma saúde bucal perene, garantida legalmente e que contribua para fortalecer ainda mais o trabalho que nossas coops desenvolvem”.

A nova norma altera a Lei Orgânica de Saúde (8.080/90) para tornar a Política Nacional de Saúde Bucal, conhecida como Brasil Sorridente, em uma política de Estado, inserida de forma explícita na legislação. As principais linhas de ação preveem a reorganização da Atenção Básica em Saúde e a ampliação e qualificação da atenção especializada, em especial com a implantação de Centros de Especialidades Odontológicas e Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias; além de facilitar e ampliar o acesso da população ao tratamento odontológico gratuito por meio do SUS.

Cooperativas são finalistas do Prêmio Qualidade Aneel

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), comunicou, por meio de ofício, nessa quinta-feira (4), as distribuidoras de energia elétrica finalistas do Prêmio Aneel de Qualidade 2022. Entre elas, dez cooperativas que atuam nos estados de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul concorrem em quatro diferentes categorias: Permissionárias até 10 mil unidades consumidoras; Permissionárias acima de dez mil unidades consumidoras; Prêmio Brasil Permissionárias 2022; e Maior crescimento permissionárias 2022/2021.

A divulgação dos vencedores será no dia 25 de maio em cerimônia no dia 25 de maio, em Brasília. “Estar entre as finalistas já é um reconhecimento mais que merecido às cooperativas que atuam na geração e distribuição de energia. Elas são referência na prestação desse serviço tão essencial em áreas urbanas e rurais. Esses resultados são muito importantes para continuarmos trabalhando para a melhoria contínua dos nossos produtos e serviços”, comemorou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.

A premiação é resultado do Índice Aneel de Satisfação do Consumidor (Iasc), que conta com avaliações, por meio de entrevistas, que consideram cinco variáveis: qualidade percebida; valor percebido (relação custo-benefício); satisfação global; confiança no fornecedor; e fidelidade. Os resultados também são utilizados para o aprimoramento das normas em vigor e para ações de fiscalização.

Confira quais são as cooperativas finalistas:

Permissionárias até 10 mil unidades consumidoras

  • Cooperativa de Eletricidade de São Ludgero - Cegero / SC
  • Cooperativa de Distribuição de Energia Elétrica de Santa Maria – Codesam /SC
  • Cooperativa de Eletrificação Lauro Müller – Coopermila /SC
  • Cooperativa de Distribuição e Geração de Energia das Missões Ltda – Cermissões /RS

Permissionárias acima de 10 mil unidades consumidoras

  • Cooperativa Distribuição de Energia Teutônia Ltda. – Certel Energia /RS
  • Cooperativa Energética Cocal – Coopercocal /SC
  • Cooperativa de Distribuição e Geração de Energia das Missões Ltda – Cermissões /SC

Prêmio Brasil Permissionárias 2022

  • Todas as finalistas até 10 mil e acima de 10 mil unidades consumidoras concorrem a este prêmio.

Maior crescimento permissionárias 2022/2021

  • Cooperativa de Eletricidade de Paulo Lopes – Cerpalo / SC
  • Cooperativa de Energização e Desenvolvimento do Vale do Mogi – Cervam / SP
  • Cooperativa Regional de Distribuição de Energia do Litoral Norte Ltda – Coopernorte/ RS

Sistema OCB participa de encontro com ex-ministros da Agricultura

O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, participou nessa quinta-feira (27) do encontro com ex-ministros da Agricultura, promovido por iniciativa do ministro Carlos Fávaro. O objetivo do encontro foi debater os desafios e as oportunidades para o agro no país. “O ministro Fávaro quer a colaboração de todos porque considera que o setor chegou ao importante patamar em que se encontra por consequência do trabalho desenvolvido também por todos os ministros que já estiveram à frente da pasta antes dele”, destacou o presidente Márcio.

Para o presidente, a iniciativa se mostrou muito positiva. “Parabenizei o ministro Fávaro por essa oportunidade de termos um resgate histórico da trajetória das ações do governo voltadas para o agronegócio brasileiro e também pelo reconhecimento de todos esses homens e mulheres que trabalharam para garantir os avanços que já alcançamos. Foi um ato de reconhecimento e grandeza pessoal. Tecnicamente, também foi riquíssimo”, acrescentou. 

Participaram do encontro e receberam as homenagens os ex-ministros Cirne Lima, Luis Carlos Guedes Pinto, Francisco Turra, Antonio Cabrera, Arlindo Porto, Roberto Rodrigues, Neri Geller, Tereza Cristina e Marcos Montes. Alysson Paolinelli e Blairo Maggi participaram do encontro por videoconferência. Cada um deles teve a oportunidade de falar um pouco sobre a realidade em seu tempo como ministro e todos receberam uma placa em reconhecimento aos relevantes serviços prestados à agropecuária nacional.

"Esse agronegócio tão pujante na economia brasileira não é fruto de uma pessoa só, muitos trabalharam juntos com os produtores rurais para fazer esse agro tão forte. Eu quero ter os ex-ministros como conselheiros com toda sua experiência para fazermos do agro esse grande orgulho do Brasil", afirmou o ministro Fávaro em sua fala.

O ex-ministro cooperativista Roberto Rodrigues esteve no comando da pasta entre 2003 e 2006 e destacou que “os próximos desafios da humanidade estão relacionados com segurança alimentar, energética e as mudanças climáticas. Desafios que são resolvidos pela agricultura", enfatizou.

Rodrigues atualmente é Embaixador Especial da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Entre os órgãos internacionais que presidiu está a Organização Internacional de Cooperativas Agrícolas (1992-1997).

Os ex-ministros foram unânimes na defesa da segurança jurídica do produtor, com o direito à propriedade privada resguardado. Sustentabilidade, segurança alimentar, crédito rural e inovações também foram temas abordados. Os ex-ministros  defendem incentivos à agroindustrialização, para que possa agregar valor à produção interna e deixar de ser exportador de produtos primários;  manter relação próxima com o Congresso Nacional e fazer viagens ao exterior e ao interior do Brasil.

Além do presidente do Sistema OCB também foram convidados a participar do evento, dirigentes de diversas entidades ligadas ao agro e políticos que defendem o setor.

CNCoop discute relações trabalhistas e sindicais diante de novo cenário político

O Comitê de Relações Trabalhistas e Sindicais do Sistema OCB realizou sua primeira reunião, nesta terça-feira (25). O colegiado, que reúne representantes de sindicatos e federações vinculados à Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop) discutiu, entre outros temas, a nova estrutura do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), os grupos de trabalhos criados pela pasta e o Centro de Serviços Compartilhados Trabalhista e Sindical (CSC) da confederação.

O coordenador da Gerência Sindical da CNCoop, Bruno Vasconcelos, explanou sobre a nova composição do governo federal e do Congresso Nacional juntamente com os desafios para o coop. “Diante deste novo cenário, vamos contribuir para uma agenda colaborativa na formulação de políticas públicas para que as especificidades do nosso modelo de negócios sejam consideradas”, afirmou.

Ainda segundo ele, o Sistema OCB e a CNCoop têm atuado para garantir assentos nos colegiados que estão sendo criados ou regulamentados pelo governo. “Queremos participar especialmente dos grupos que debatam matérias que envolvam alterações na legislação trabalhista e sindical e sobre implementação de políticas nestas temáticas”, explicou.

Sobre o CSC, foi evidenciado o apoio às organizações estaduais (OEs) em suas demandas e no fortalecimento das suas estruturas, por meio de uma assessoria jurídica especializada que fica à disposição dos sindicatos e federações para sanar as principais dúvidas. “Já temos disponível, inclusive, o curso específico de Práticas Sindicais, que foi idealizado para colaboradores e dirigentes das OEs se aperfeiçoarem acerca dos principais aspectos sindicais para que tenham condições de atuar com segurança e autonomia no dia a dia”, relembrou o coordenador.

A gerente-geral do Sistema OCB, Fabíola Nader Motta, fez o encerramento do encontro e salientou a importância do colegiado para o aperfeiçoamento do movimento cooperativista nas searas trabalhista e sindical.

O comitê é formado por assessores jurídicos e técnicos indicados pelos Sindicatos e Organizações pelas Federações de Sindicatos de Cooperativas. Participaram da reunião representantes dos estados de Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Produtores de trigo recebem capacitação do Sistema OCB e Embrapa

Para obter melhores resultados na produção de grãos em todo o país, o Sistema OCB e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) mantém parceria, por meio de convênio, desde 2015. Este ano, a 8ª edição do programa de Capacitação na Cadeia Produtiva de Cereais de Inverno, que teve início nesta quinta-feira (20), está direcionada à cultura do trigo e capacitará 36 associados de 20 cooperativas.

A programação conta com encontros virtuais e presenciais, com um total de 97 horas de capacitação em temas como cooperativismo, manejo do solo, zoneamento agrícola, controle de plantas daninhas, doenças, implantação da lavoura e forrageiras, Integração Lavoura-Pecuária, qualidade tecnológica e mercados potenciais. Também estão previstas visitas ao campo para ampliar a interlocução e o conhecimento entre os técnicos que cursam a capacitação e agricultores cooperados.

O programa segue até outubro e tem como objetivo atualizar e qualificar a assistência técnica das cooperativas C.Vale, Caal, Camnpal, Coasa, Coopatrigo, Auriverde, Cotribá, Cotrirosa, Cotrisel, Cotrisoja, Cotrisul, Coolacer, Cooperitaipu, Copercampos, Copérdia, Coamo, Cocamar, Coopavel, Coopercitrus e Máxima.

Nas edições anteriores, o programa treinou 284 profissionais de 46 cooperativas dos estados de Alagoas, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina.

Soja

Outra capacitação fruto da parceria é a de Atualização no Cultivo da Soja, em formato híbrido com módulos virtuais e presenciais. A plataforma CapacitaCoop foi adotada para a realização da aprendizagem. O grão é a principal pauta de exportação agropecuária e gerou R$ 387 bilhões em Valor Bruto da Produção (VBP). A iniciativa visa gerar resultados que podem ser utilizados pelos profissionais que repassarão os conhecimentos para os agricultores. A integração entre a Embrapa e o cooperativismo permitirá que as experiências da equipe técnica das cooperativas sejam incorporadas no setor produtivo e à pesquisa nacional.

A turma 2023 é composta por 48 participantes de 21 coops de diferentes estados: Coamo, Cocamar, Copavel, Cooperante, Coopertradição, Integrada, Coasa, Coopatrigo, Cotrirosa, Cotrisoja, Cotrisul, Cooperauriverde, Coopercampos, Cooperdia, Pedrinhas, Coopercitrus, Coplana, Coapa, Copeavi e Máxima.

Cooperativismo expõe no 5º Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano

O Sistema OCB e o Sistema Ocepar, acompanhado das cooperativas C.Vale, Castrolanda, Copacol, Copagril, Frísia, Frimesa e Lar Industrial, participaram do 5º Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano, em Foz do Iguaçu (PR). O evento aconteceu entre os dias 17 e 20 de abril com um conjunto de palestras, rodadas de negócios e visitas técnicas em unidades que já atuam na produção do biogás a partir de tratamento de esgoto, de dejetos e resíduos orgânicos. O objetivo do evento foi identificar as tendências e as novas oportunidades de mercado para o biogás e o biometano.

O coordenador de Meio Ambiente e Energia do Sistema OCB, Marco Morato, destacou que o cooperativismo terá sucesso neste novo mercado, uma vez que já reaproveita os dejetos e resíduos, transformando-os em energia. “O cooperativismo é referência na produção de proteína animal e vegetal, e também na transformação e agregação de valor na agroindústria das cooperativas, e estas atividades geram dejetos e resíduos, e o correto tratamento destes pode transformar os passivos ambientais em ativos, por meio do biogás. Essa iniciativa possibilita o aumento na escala de produção de forma eficiente.

Morato explicou que, ao aumentar a escala, aumenta também o volume de dejetos e resíduos que são a matéria prima para a geração do biogás, do biometano e que, em um futuro próximo, podem ser fundamentais para a biossíntese de combustíveis renováveis. “O aproveitamento do biogás acelera também nossa capacidade de alcançar a neutralidade de carbono. Pois, o biogás substitui os combustíveis fósseis”.

O analista da Ocepar, Leonardo Silvestre, destacou que a atividade está sendo fortalecida no agro do Paraná. “A Ocepar junto com a OCB têm promovido discussões para a melhoria no processo de produção do biogás e de energias renováveis, bem como sobre o desenvolvimento área técnica voltada para questões de logística e desenvolvimento junto as cooperativas. Além disso, a Ocepar tem buscado novos recursos e investimentos para o financiamento e fortalecimento de projetos direcionados ao biogás e a biodigestão. A participação neste evento é parte desse conjunto de ações”.

Durante o evento, a supervisora ambiental da cooperativa Frimesa, Andrieli Schulz, falou sobre os indicadores e monitoramento do Complexo de Geração de Biogás da cooperativa, em Medianeira, na região Oeste do estado. “Temos dois reatores que geram biogás que utilizamos para substituir combustíveis fósseis em processos como a chamuscagem de suíno. A estratégia de utilizar o biogás proveniente do tratamento de dejetos pode e deve ser considerada para o produtor e cabe a nós, cooperativa, levar esse conhecimento a ele”.

O assessor de suinocultura da Aurora, Sandro Treméa, também falou sobre os programas coordenados pela cooperativa. “A correta utilização do ativo ambiental biogás é um dos focos do Programa Propriedade Rural Sustentável que aborda toda a cadeia produtiva agropecuária das cooperativas e atua na padronização de produção de suinocultura”. Para ele, o evento foi importante para balizar os cenários e perspectivas deste novo mercado.

imagem site coop

Ato tributário é principal destaque da Agenda Institucional do Cooperativismo

O Sistema OCB divulgou ontem (18), a Agenda Institucional do Cooperativismo, documento que apresenta as políticas públicas, projetos de leis e decisões judiciais mais relevantes para impulsionar o desenvolvimento do movimento no país. O evento contou com a participação de autoridades como o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin; o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira; o diretor de Fiscalização do Banco Central, Paulo Souza e o presidente da Embrapa, Celso Moretti. A diretoria da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), também tomou posse durante o evento. O colegiado já reúne mais de 300 parlamentares entre deputados e senadores.

Em seu discurso, o presidente Márcio Lopes de Freitas trouxe uma reflexão global sobre as características do cooperativismo que fazem dele uma alternativa que alia ganho econômico, desenvolvimento social e prosperidade para todos. “Onde tem a presença do cooperativismo as polarizações e insatisfações estão sendo mitigadas. Os países que melhor resistem as dificuldades são os que têm o modelo de negócios bem implantado. No Brasil também temos avançado porque organizamos e geramos a mercadoria mais escassa da modernidade que é a confiança. Reunimos pessoas que acreditam na mesma ideia”, declarou.

E salientou a importância da agenda institucional para que o movimento alcance suas metas, principalmente a estabelecida para 2027 que prevê o aumento da movimentação financeira para R$ 1 trilhão e do número de cooperados para 30 milhões. “Para atingirmos nossa meta precisamos de um ambiente político e regulatório favorável. Por isso, nosso marco zero entre as prioridades é a inclusão do adequado tratamento tributário ao ato cooperativo no escopo do texto da Reforma Tributária em discussão no Congresso”, relatou. Ele também agradeceu aos parlamentares da Frencoop pelo apoio contínuo ao movimento e aos representantes do governo federal pela abertura ao diálogo que o Sistema OCB tem encontrado nas tratativas com ministros, secretários e outros dirigentes.

Para o vice-presidente Geraldo Ackmin, a meta de R$ 1 trilhão será atingida e superada. “Tenho certeza que o cooperativismo vai ultrapassar a sua ambiciosa meta em geração de emprego e faturamento do cooperativismo. Quem ganha é o povo brasileiro. Notei a preocupação para que não haja bitributação em relação ao ato cooperativo. Me somo a essa frente do desenvolvimento através do cooperativismo para trabalharmos juntos. O cooperativismo é uma alternativa importante para o ganho de escala e agregação de valor a produtos e serviços e, por isso, precisa ser incentivada”, destacou. 

Já o ministro Paulo Teixeira destacou a importância das cooperativas na agricultura familiar. E declarou que o governo está atuando para o fortalecimento do movimento com o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), com a destinação de R$ 500 mil para compra e doação destes alimentos para pessoas em situação de insegurança alimentar; e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), que recebeu aporte de R$ 1,5 milhão para corrigir em 37% o valor para alimentação de crianças e adolescentes. “Muitas cooperativas participam destes programas e quero destacar o papel delas também na difusão de tecnologias e agregação de valores e modernização da agricultura brasileira”.

O ministro acrescentou que as cooperativas são essenciais para a modernizar a agricultura com equipamentos e ferramentas tecnológicas. “Para manter nossa juventude no campo, precisamos ampliar a conectividade e avançar na implementação da energia solar. Tenho certeza que as cooperativas têm muito a contribuir nessas áreas, pois esta é a forma mais elevada de difundir essa cultura”, concluiu.

Paulo Souza, por sua vez, evidenciou a expressiva contribuição do cooperativismo de crédito. “O cooperativismo integra a agenda estratégica do Banco Central em sua dimensão e inclusão financeira, mas também contribui fortemente para outras dimensões presentes na nossa vida como a competitividade, a educação e a sustentabilidade. Nos últimos quatro anos o ativo total do sistema cooperativo saltou de R$ 250 bilhões para R$ 600 bilhões, um crescimento de 140%. Neste mesmo período, os ativos do sistema financeiro aumentaram cerca de 57%. O cooperativismo tem um percentual de inadimplência bem abaixo da média do mercado e tem relevância crescente na oferta de créditos para as empresas de menor porte”, avaliou.

O diretor salientou outros números estimulantes do cooperativismo que beneficia, por consequência, o sistema financeiro com o um todo. “A carteira de crédito das cooperativas encerrou dezembro de 2022 com a marca de R$ 370 milhões, crescendo 22%. A título de comparação, o restante do sistema financeiro foi inferior a 14%. O cooperativismo de crédito representa 21% dos créditos concedidos a micro e pequenas empresas. Atualmente as cooperativas estão presentes em 55% dos municípios e em 331 desses são as únicas instituições financeiras da região. O número de cooperados alcançou 15,6 milhões de pessoas, em 2022. Um crescimento de 43%, em apenas três anos”.

O evento contou ainda com a participação do secretário de Inclusão Socioeconômica do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Gilberto Carvalho; do secretário executivo do MDIC, Márcio Rosa; e do secretário de Abastecimento, Cooperativismo e Soberania Alimentar do MDA, Milton Fornazieri.

Demandas

Além da inclusão do adequado tratamento tributário ao Ato Cooperativo no texto da Reforma Tributária (PEC 45/19), a Agenda Institucional prioriza, entre outros temas, a regulamentação da Lei Complementar 196/22, que atualizou o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC); a aprovação da proposta que amplia a participação das cooperativas no mercado de seguros (PL 519/18); maior segurança jurídica para as cooperativas participarem de processos de licitação; melhores condições no acesso ao crédito rural a produtores rurais e cooperativas; e valorização das cooperativas na política de conectividade no campo (PL 1.303/22).

Câmara do leite debate impactos da Reforma Tributária no mercado de lácteos

Na terça-feira (25), a Câmara do Leite do Sistema OCB realizou reunião para repassar às cooperativas entendimentos sobre o mercado de lácteos e o cenário político atual. O encontro foi mediado pelo coordenador do grupo, Vicente Nogueira – que também é presidente da Cotreal (MG).

A superintendente Tania Zanella falou sobre o atual cenário político, desafios e oportunidades. A gerente-geral Fabíola Nader Motta debateu com as cooperativas a Reforma Tributária em análise (PEC 45/19).

O pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Glauco Carvalho, participou do encontro e fez uma análise macroeconômica do mercado de lácteos, ouviu as considerações das cooperativas do segmento e esclareceu dúvidas.

Sistema OCB prestigia lançamento da Frente Parlamentar de Apoio ao Produtor de Leite

O presidente do Sistema OCB), Márcio Lopes de Freitas e o coordenador da Câmara Setorial do Leite, Vicente Nogueira, participaram nesta quarta-feira (26) do evento de lançamento da Frente Parlamentar em Apoio ao Produtor de Leite (FPPL), em Brasília.

Em entrevista, Márcio Freitas lembrou que existe mais de um milhão de produtores de leite no Brasil. Segundo ele, a cadeia tem um peso importante na economia do país e, por isso, o trabalho da frente com o apoio do setor cooperativista será fundamental para contribuir com as ações do setor. “Essa frente vem para juntar os grandes, pequenos, médios e até aqueles que trabalham na subsistência, e ajudar no desenvolvimento de políticas públicas para toda a cadeia produtiva”.

Vicente Nogueira lembrou que o setor emprega direta e indiretamente 20 milhões de brasileiros. “Com essa iniciativa os produtores de leite ficam mais fortalecidos e quem ganha com isso é o povo, com mais emprego e renda. O lançamento dessa frente representa um momento único para a cadeia. Acreditamos que, com esse apoio, ficará mais fácil caminhar em direção aos avanços que o setor precisa alcançar”.

A nova frente recebeu a adesão de 198 parlamentares e será coordenada pela deputada Ana Paula Leão (MG). Segundo ela, a missão da bancada é dar voz ao produtor de leite no Congresso Nacional. “O leite também é agro. Precisamos cuidar dos nossos produtores e do país. Queremos de fato que a nossa luta seja reconhecida. Produtor de leite não tem sábado, nem domingo, nem feriado e nem férias. Acordamos junto com o sol, o trabalho é árduo, mas no fim do dia a sensação de dever cumprido é a melhor coisa que existe”.

Números:

  • 1,171 milhão de estabelecimentos produtores de leite, desde o pequeno da agricultura familiar, passando por médios e grandes produtores;
  • 92% dos bovinocultores do leite produzem até 200 litros por dia, caracterizados como pequenos produtores;
  • 99% dos municípios brasileiros atuam na pecuária do leite
  • 4,5 postos de trabalho direto na produção por propriedade;
  • Mais de 5,2 milhões de famílias vivem da produção (no setor primário) do leite;
  • 20 milhões de pessoas estão na cadeia produtiva do leite em empregos no transporte, industrialização e comercialização;
  • O Brasil é o 5º maior produtor do mundo de leite, e o alimento é o sexto em importância na cadeia do agro brasileiro.

Ato Cooperativo: entenda as características societárias das coops

O Sistema OCB tem reforçado a importância da definição do adequado tratamento tributário ao Ato Cooperativo no escopo do texto da Reforma Tributária, em análise na Câmara dos Deputados (PEC 45/19). Nesta semana, quem esclarece as particularidades do modelo de negócios cooperativista é a assessora jurídica da instituição, Ana Paula Andrade Ramos.  

“Quando a Constituição Federal fala em adequado tratamento tributário ao ato cooperativo ela claramente aponta para o reconhecimento das especificidades do cooperativas no momento de se definir a correta tributação das operações que realiza. E isso passa por entender que se trata de uma sociedade de pessoas, constituídas exclusivamente para atender ao interesse de seus cooperados, que se unem em torno de um objetivo comum e partilham os resultados positivos ou negativos do negócio”, explica Ana Paula. 

Desde 1988, o dispositivo está garantido na Constituição Federal (Artigo 146, inciso III, alínea “c”). No Artigo 174 (§ 2º) é reforçado o dever do Estado em apoiar e estimular o cooperativismo. No entanto, sem a regulamentação do ato cooperativo, esses artigos ficam sujeitos a interpretações equivocadas. Segundo a assessora, é preciso ter entendimento claro e objetivo sobre o modelo de negócios do movimento e o papel de uma cooperativa.  

“Para além de atender ao interesse comum de seus associados, que pode ser, por exemplo, disponibilizar seus bens e serviços a potenciais adquirentes ou tomadores, acessar crédito em melhores condições que as do mercado bancário tradicional ou mesmo adquirir bens de consumo, as cooperativas também servem às comunidades em que se inserem, gerando mais crescimento econômico para seus associados e prosperidade para as regiões onde estão presentes. Daí porque o legislador constituinte também determinou que o Estado, ao legislar, deve apoiar e estimular o cooperativismo”, complementou. 

Ana Paula frisa ainda que “as cooperativas não têm finalidade lucrativa em si e todo o resultado das operações que ela realiza em nome de seus associados é integralmente transferido aos seus próprios cooperados. Por isso, é importante que qualquer reforma tributária que se estabeleça no país respeite essa sistemática e não implique na incidência de tributos tanto no cooperado quanto na cooperativa por uma mesma operação, penalizando ou até mesmo inviabilizando o modelo”.  

 Atuação Sistema OCB 

A organização tem reforçado a importância do Ato Cooperativo com atores-chaves do Executivo, do Legislativo e da Receita Federal em série de reuniões técnicas que vem acontecendo desde 2019, quando a medida estava prevista em outra proposta (PEC 110/19). A atuação institucional tem gerado bons resultados, uma vez que, dos diversos segmentos econômicos, poucos foram acionados a contribuir com o relatório da PEC 45/19 e o Sistema OCB já marcou posição, aó neste ano, em duas audiências públicas no colegiado que analisa a medida, além de reunião individual com o relator na matéria no colegiado, deputado Aguinaldo Ribeiro (PB). 

Recentemente, o Ato Cooperativo também foi tema de conversa com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin que, por coincidência, foi um dos atores-chaves da emenda do Ato Cooperativo na época da Assembleia Constituinte (1987). O Sistema OCB disponibiliza ainda informações no site do Ato Cooperativo, para livre utilização das lideranças cooperativistas nas mobilizações com parlamentares de cada estado.

Coop de artesanato do Tocantins recebe plano de ação para ampliar mercados

O Programa de Negócios do Sistema OCB tem como foco, em 2023, as cooperativas do agro e de artesanato da região Norte. Na última semana foi aplicado, com apoio do Sistema OCB/TO, o Diagnóstico de Negócios na cooperativa Xambiart. O objetivo é aumentar as possibilidades de acesso a novos mercados. Colaboradores do Sistema OCB e da Organização Estadual promoveram treinamento teórico-prático sobre o programa. Foram abordados temas como organização do quadro social, produção, governança e gestão para ganho de mercado.

 “O diagnóstico é aplicado a partir dos pilares de mercado; verticalização de cadeia e agregação de valor; gestão; produção; e organização do quadro social. É uma oportunidade imersiva para reflexão acerca do cenário atual da cooperativa, levantando não somente os desafios a serem solucionados, como as potencialidades da cooperativa e oportunidades que a cercam”, frisou a gerente de Desenvolvimento de Cooperativas, Débora Ingrisano.

O Plano de Ação proposto à Xambiart será executado com o acompanhamento da OCB/TO com foco em organização interna para gerar oportunidades de negócios e sustentabilidade financeira. Para a presidente da cooperativa, Santana Barreto Silva, a oportunidade é muito significativa. “Depois da pandemia a Xambiart quase parou e agora estamos engatinhando novamente. Com essa proposta, ficamos mais confiantes. É muito gratificante essa parceria e, por isso, agradecemos profundamente por acreditarem e confiarem no nosso trabalho”, destacou.

Confira a notícia completa em: https://conexao.coop.br/mercado-nacional/tocantins-programa-de-negocios-quer-ampliar-mercados-para-coops-artesanais

Sistemas OCB e Ocemg lançam Dia de Cooperar 2023

“O cooperativismo faz muita coisa boa – pelas pessoas, pelo nosso Brasil – e pode fazer muito mais. Nosso movimento une negócio com propósito. Propósito de fazer bem feito e não só para alguns, mas para muitos. Quando você decide ser um cooperado, você decide empreender junto com outras pessoas. Você escolhe fazer parte de um movimento que tem como princípio compartilhar objetivos, desafios, conquistas e, por consequência, transformar realidades.”

A colocação do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, foi proferida durante o lançamento do Dia de Cooperar 2023, nesta quinta-feira (27), em Minas Gerais. O Dia C, como é carinhosamente chamado, representa o momento em que o cooperativismo brasileiro celebra seus projetos de responsabilidade socioambiental desenvolvidos pelas coops e compartilha com a comunidade. As ações estão alinhadas para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), como a proteção ao meio ambiente, a educação, a saúde e o bem-estar, a redução das desigualdades e o trabalho decente, por exemplo.

“As cooperativas se preocupam muito com o país. Elas se dedicam a transformar a realidade das famílias nas regiões onde estão presentes. E o Dia C é a ferramenta para auxiliar nesse processo. Nosso modelo de negócios é focado na geração de emprego, trabalho e renda, pois o cooperativismo sabe que uma sociedade forte é aquela na qual todos têm importância, direitos iguais e possiblidades de empreender de forma coletiva. Nossas cooperativas entendem que precisam fazer a parte delas para que o mundo seja melhor”, acrescentou o presidente.

O Dia C é comemorado sempre no primeiro sábado de julho. As ações das cooperativas em prol de suas comunidades, no entanto, acontecem o ano todo com a recuperação de nascentes, oferta de crédito para os mais variados negócios, serviços de saúde mais acessíveis, cursos e capacitações, entre outras. Em 2022, o Dia C contou com a participação de 1.397 cooperativas, que beneficiaram mais de 2 milhões de pessoas.

Ocemg

O Dia C teve início em 2009, em iniciativa coordenada pelo Sistema Ocemg e foi ampliado para todo o país em 2015. A entidade mineira preparou uma série de workshops pelo estado para apoiar as coops em seus projetos para este ano. A ideia é pensar soluções para cuidar das pessoas, do meio ambiente e realizar ações de voluntariado e solidariedade em benefício de todos. Desta forma, o coop acredita que as benesses que as cooperativas promovem para a sociedade serão mapeadas com mais facilidade.

Delegação angolana quer conhecer mais sobre o coop agro e cursos do Sistema OCB

A Casa do Cooperativismo recebeu uma delegação angolana, nesta quarta-feira (26), para conhecer melhor a participação das cooperativas brasileiras na produção agropecuária nacional e as contribuições dos cursos e formações ofertados pelo Serviço de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) para o desenvolvimento e profissionalização dos negócios das coops do setor. O grupo, que é liderado pelo governo do país africano, pretende realizar diversos encontros bilaterais e visitar a feira Agrishow, em Ribeirão Preto. 

O cooperativismo brasileiro já interagiu com o angolano em algumas oportunidades, como quando o Brasil recebeu, por meio da Organização Cooperativista dos Países de Língua Portuguesa (OCPLP), representantes da Confederação Nacional de Associação de Camponeses (Unaca), em 2014. Em outra oportunidade, por intermédio da Organização das Nações Unidas (ONU), o movimento angolano participou de workshops internacionais nos quais o Brasil estava presente.

A cooperação se adaptou as limitações do período da pandemia. A pedido do Banco Central do Brasil, em 2022, foi facilitada a cooperação à distância entre dirigentes da brasileira COOPERFORTE e funcionários do Banco Central de Angola, o que resultou na fundação, em janeiro deste ano, de uma cooperativa de crédito na modelagem da CooperForte entre os funcionários do banco angolano.

Integraram a comitiva o presidente da Associação Agropecuária de Angola e agricultor, Wanderley Ribeiro; e o representante da Associação Agropecuária de Angola, João Saraiva. A entidade representa os empresários rurais do país africano e equivale à Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A instituição, ainda modesta, contribui com apenas 0,03% do PIB Angolano, mas, por outro lado, emprega 37% da população.

“Angola tem uma responsabilidade muito grande no continente Africano, com disponibilidade de áreas para produção que não estão sendo exploradas. Observamos aqui muitas lições sobre estruturação do sistema, profissionalização, mecanismos de investimentos e de apoio. Nosso governo aprovou recentemente dois programas estruturais para o desenvolvimento da agricultura e da pecuária com montantes de US$ 5 milhões e US$ 300 milhões, respectivamente. Esta nossa visita é uma forma de nos prepararmos melhor e articular nossas parcerias para a execução destes programas. Saímos daqui convencidos de que encontramos o parceiro certo”, afirmou Wanderley Ribeiro.

O Banco de Desenvolvimento de Angola foi representado por Carla Barros e Bonifácio Sessa. O órgão governamental foi criado em 2006 e equivale ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no financiamento de projetos de infraestrutura, desenvolvimento de tecnologias e importação de alimentos para o país.

Estiveram presentes também o diretor-geral do Gabinete de Estudos e Estatística do Ministério da Agricultura e Florestas da República de Angola, Anderson Gerónimo e a representante do Ministério da Economia e Planejamento, Elizabeth Antônio.

Coop na Angola: o país se tornou membro da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) em 2017, junto com Fiji, Gana e Marrocos e é representado na entidade pela Cooperativa de Crédito para os Funcionários da Presidência (COOCREFP), criada em 2014. O cooperativismo angolano conta ainda com representantes de órgãos do governo, com o Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA), e da sociedade civil, com a Confederação das Associações de Camponeses e Cooperativas Agropecuárias da Angola (Unaca).

De acordo com relatório da Campanha Agrícola 2019/2020, país reúne 1.096 cooperativas, sendo a maior concentração na província de Bié. Apenas 24% das coops estão alinhadas com a jurisdição do país, ou seja, estão em situação legal.

Sescoop e Faculdade Unimed forma novo grupo em modelo DRG

A superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, participou da terceira formatura das capacitações baseadas no modelo Diagnosis Related Group (DRG), sistema desenvolvido para classificar casos hospitalares. A iniciativa é fruto do Convênio 10/19, firmado entre o Sescoop Nacional, a Unimed Brasil e a Faculdade Unimed para capacitar as cooperativas do Sistema Unimed na mudança do modelo assistencial e remuneratório de hospitais e cooperados. A nova diretriz adota um modelo de governança centrado no paciente, na melhoria de resultados assistenciais e no controle do desperdício.

Tania destacou a importância da iniciativa. “A formação é essencial para a manutenção do trabalho de excelência das nossas cooperativas médicas. Quero parabenizar os formandos e toda a equipe envolvida nessa importante capacitação em nome do Helton, presidente do conselho de curadores da Fundação e diretor geral da Faculdade Unimed e também do Fabio Gastal, diretor acadêmico da Faculdade, pela parceria de longa data com o Sistema OCB. Essa sólida cooperação tem possibilitado ao longo dos anos o desenvolvimento de projetos, missões e convênios para capacitar e atender mais pessoas”.

O convênio agrega dois cursos: Formação de Codificadores DRG e Capacitação no Modelo DRG (EaD), direcionados a médicos, enfermeiros, colaboradores graduados que atuam nas áreas de regulação em saúde, gestão da rede, intercâmbio, recursos, gestão assistencial e departamentos correlatos. Os cursos são ofertados para as 129 cooperativas do Sistema Unimed e conta com 935 alunos matriculados e 698 já certificados. Na terceira turma, concluíram os cursos 112 alunos de 46 cooperativas.

Aos formandos, Tania lembrou que “o coop faz muita coisa boa pelas pessoas, pelo país e pode fazer muito mais. Quando você decide ser cooperado e empreender com outras pessoas, escolhe também ser parte de um movimento que tem como princípio compartilhar objetivos, desafios e conquistas. O Sistema OCB quer promover cada vez mais a filosofia de gestão e governança com desenvolvimento econômico e social. Esse jeito humanizado de gerir os negócios é uma vantagem competitiva que temos”.

A parceria entre as duas entidades para melhorar as competências dos colaboradores da saúde existe desde 2017, quando foi firmado convênio entre o Sescoop Nacional e a Faculdade Unimed para ofertar o curso de pós-graduação em Gestão de Cooperativas Odontológicas. O curso ofereceu conhecimento crítico de informações, experiências teóricas e práticas, além da reflexão quanto aos desafios da gestão de uma coop para gestores e colaboradores em cargos de chefia ou gerência do Sistema Uniodonto.

Cooperativismo quer contribuir para o fortalecimento e estímulo à agricultura familiar

Em nome das 1.170 cooperativas do Ramo Agro, de seus 1 milhão de associados e de seus 239 mil empregados, o Sistema OCB apresentou as principais demandas do segmento que estão sob a alçada do Ministério de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA). Nesta quarta-feira (26), a reunião foi realizada com o secretário de Abastecimento, Cooperativismo e Soberania Alimentar do MDA, Milton Fornazieri. Entre os temas abordados estão o estímulo à agricultura familiar e ao cooperativismo; o fortalecimento da política de crédito agrícola; e a participação do cooperativismo nas compras públicas.

A gerente-geral do Sistema OCB, Fabíola Nader Motta, iniciou destacando o fomento à produção sustentável, ao processamento e industrialização de alimentos e na valorização do papel das coops como instrumentos de geração de economia de escala, de agregação de valor à produção de pequenos produtores e acesso as novas tecnologias, assistência técnica e extensão rural. Ela apresentou números que reforçam a importância do coop para o setor.

“Os produtores de cooperativas com perfil da agricultura familiar correspondem a 71,2% e mais de 9 mil empregados destas coops são dedicados à assistência técnica e extensão rural. Outro dado é que metade (53%) da produção agropecuária brasileira passa por um cooperado. Para se ter uma ideia, somos responsáveis por 75% do trigo, 52% da soja, 55% do café, 46% do leite, 53% do milho, 35% do arroz, 43% do feijão e 50% da proteína suína são produzidos por cooperativas. Outro ganho que os produtores cooperados têm é que 64% deles podem contar com assistência técnica, sendo que apenas 20,2% dos produtores não-associados são assistidos”, ponderou a gerente.

A garantia de recursos e taxas de juros compatíveis com as atividades do meio rural foi outro tema levantado pela gerente-geral. “Para que nosso modelo de negócios continue contribuindo para a economia e segurança alimentar, como vem fazendo, é preciso fortalecer também, mecanismos de proteção como o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro). Temos participado das discussões para a construção da política de financiamento rural, visando a adequada inserção e fomento do cooperativismo”.

Assegurar a continuidade das políticas de compras públicas governamentais da agricultura familiar, por meio de regulamentações e previsão na Lei Orçamentária Anual (LOA), foi outro ponto tratado na reunião. O cooperativismo quer contribuir ainda mais com o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), com o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e demais modalidades de contratação pública com foco no fomento à produção sustentável, ao processamento e industrialização de alimentos e na valorização do papel das cooperativas como instrumentos de operacionalização das políticas públicas.

Diante da nova estrutura ministerial, Fabíola ressaltou a necessidade de construir entendimento sobre temas relacionados aos cadastros da agricultura familiar como a Declaração de Aptidão ao Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP) e o Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF). “O cooperativismo pode atuar como instrumento para disseminar estes mecanismos, assim como colaborar com desafios do presente e do futuro em relação ao tema”, disse a gerente-geral.

A regularidade do abastecimento também se faz necessária, segundo a gerente-geral, para garantir recursos suficientes para operacionalizar a Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) e, consequentemente, o Programa de Garantia de Preço para a Agricultura Familiar (PGPAF). Além disso, aprimorar por regulamentação os mecanismos adotados na comercialização da produção agrícola por intermédio do poder público.

O secretário que, entre outros cargos, já presidiu a Confederação das Cooperativas de Reforma Agrária do Brasil se mostrou sensível às demandas e disse que gostaria de aprofundar na discussão sobre agricultura familiar e cooperativismo. Ressaltou ainda que a pasta está elaborando o Plano de Fortalecimento de Cooperativas da Agricultura e gostaria de receber as contribuições do Sistema OCB.

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